Poema de Inverno
Frio cortante que bate
Inverno que vem
O som da rua é o cachorro que late
pedindo ajuda aos que mais tem
Respire na primavera
Caminhe ao outono
Refresque no verão
Aqueça no inverno.
Viva a vida pelos alentos da vida;
Almeje, e busque alcançar.
O carro preto um dia fará o cortejo para todos;
Mas que este não deixe rastros
de decepção
Mas sim, os de honra.
Busque amar aqueles te injurie
Que a injuria apagada!
Seja triplica em amor.
tempestade
Uma chuva de verão
no princípio do inverno
E a sã superstição
diz que vaga no Eterno
um espírito pagão
implorando por perdão
na entrada do inferno...
Adeus junho
Junho, despede-se
Agasalhado no inverno
Vai-se tão terno
Brindado com vinho
Bem de mansinho
Um novo recomeçar
Doce é poder estar
Dádiva da vida a girar
Vivificando a cada manhã
Em um novo amanhã
Adeus junho das festas
Das madrugadas em serestas
Na despedida a evidência
De dia vencidos, reverência
Sai junho, mortulho...
Vem julho...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho, 2016
Cerrado goiano
Bolero de inverno no cerrado
No cerrado, seco, o sol da manhã
Nos tortos galhos, o ipê, a cortesã
De um inverno, em uma festa pagã
Desperta o capricho do deus tupã
Degustando a aurora tal um leviatã
E numa angústia, o orvalho, num afã
Do céu azul, num infinito, de malsã
Craquela o dia no seu tão árido divã
Do duro fado, tão pouco gentleman
E tão árido, tal uma agridoce romã
E vem o alvor, com o frígido de hortelã
Bafejando poeira cheia de balangandã
Tintando a flora em um rubro poncã
Zunindo o vento tal um som de tantã
Num bolero ávido por um outro amanhã...
São gemidos, uivos, sofreguidão
Correndo pelo sulco do cascalhado chão
Emergindo desse pântano, ressequida solidão.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 27 julho 2018
Brasília, DF
O HORIZONTE se afasta mais e mais
A cada passo que eu dou
Como um pássaro fugindo do inverno
Sem pestanejar, bateu asas e voou
Como um jogo de conquista
Onde conquistado e conquistador
Se misturam freneticamente
Ao passo que não podem se opor
As suas linhas curvas
Pelo Sol são banhadas
Onde céu e terra se encontram
Resplandecente e indomável
Jaz entre os montes
Um desejo implacável
Como meu algoz.
ARTESANATO 1
O artesanato é a primavera,
O artesanato é o inverno e outono,
O artesanato é o verão,
O artesanato é o dia e a noite.
Com o artesanato esqueço as tristezas e mágoas.
A minha vida fica a cada dia,
Mais repleta de alegria,
O artesanato é o dia,
O artesanato é o sonho,
O artesanato é o amor
O artesanato me enche do amor de Deus.
Registrado na Biblioteca Nacional.
O Inverno D'alma
Já perceberam que as nossas vidas são parecidas com as árvores, que vivem diferentes estações? Já percebeu que não podemos fugir delas? Temos que vivê-las, por mais triste que pareçam... No inverno as folhas murcham e caem completamente, os frutos não existem mais... As rajadas de vento derrubam as folhas secas e os galhos fracos e quebrados. Talvez nos pareça ser a estação mais triste do ano...
Então, recordamos das muitas vezes que Deus tem permitido que nossas vidas sejam sacudidas e golpeadas pelos vendavais, nos agitando e sacudindo para lançar fora as coisas inúteis. Parece ser uma grande perda, mas é o modo de Deus lançar fora de nossas vidas todo galho seco e fraco que já não nos serve mais.
Nos invernos de nossas vidas, nossos sonhos parecem não se realizar, nossas vontades parecem que não são as vontades de Deus e tudo nos remete a desconsolos e desesperanças. Muitos se perdem em invernos fortes, principalmente quando a neve cai para impedir que busquemos caminhos diferentes. Quando deixamos o nosso “eu” morrer é que renascemos para novas vidas e sentimos realmente o poder celeste.
Neste tempo em que vivemos O NOSSO INVERNO, tudo o que precisamos e temos que fazer é ESPERAR, tendo esperança na próxima estação que virá. Quando a primavera chegar, as árvores e a natureza sofrerão grandes transformações, voltando a dar lindas flores e frutos. Nós poderemos tocar nas flores, comer os frutos e desfrutar da nossa espera, vivendo a ação das promessas Divinas.
O inverno nos agasalha em volto das lareiras e eggnogs natalícios, bourbon com músicas de natal e filmes de halloween, envolvendo flocos de neve em cima das taças cheias de vinho.
A sabedoria aliada à simplicidade de um poeta romancista e visionário .
De todas as perdas o tempo é o mais irrecuperável porque nunca se pode reaver. O esplendor das manhãs sentido a neblina e o cheiro único do café e a noites apaixonantes olhando para o universo em expansão até aos seus confins.
Montanha ao longe
Neve cai suavemente
Inverno silencioso
Fogo crepita na lareira
Paz em meu coração
Solstício de inverno
Alvorada tardou e seu brilho logo cessará
A noite mais longa do ano se aproxima
Celebrando mais uma estação com vida
A vasta noite inerente à escuridão, espanta, mas o brilho das estrelas estão aí para justificar que a luz existe e que do outro lado do mundo o sol brilha
Que valor teria
O dia sem a noite
A noite sem o dia
A natureza mostra
Tudo se inicia e nada tem fim
Apenas o fim
INVERNO
estação de recolhimento. de quietude. das chuvas abundantes que expurgam as feridas do passado. os céus pálidos e translúcidos se despem de aurora, e o solstício traz um sol tímido que aparece de mansinho, deixando o protagonismo para as noites, pra nos lembrar que é um período de introspecção, e que ás vezes é preciso diminuir o ritmo para olharmos pro nosso mundo interno.
inverno é a época da respiração aquecida nos lábios entorpecidos.
das mãos gélidas dentro de um abraço abrigo.
de descalçarmos os sentimentos para dar alento a quem precisa,
pesando o que se foi e o que ficou.
que suas névoas surjam para ofuscar os sentimentos negativos, te lembrando que a melhor maneira de encarar um dia frio
é ainda mantendo um coração aquecido. e que mesmo cansados, consigamos sempre encontrar a paz na varanda mais calma da nossa mente.
inverno marca a superação pelas adversidades. de hibernar para recarregarmos nossas energias e ressurgirmos mais fortes.
A MULHER
(A C…)
A mulher sem amor é como o inverno,
Como a luz das antélias no deserto,
Como espinheiro de isoladas fragas,
Como das ondas o caminho incerto.
A mulher sem amor é mancenilha
Das ermas plagas sobre o chão crescida,
Basta-lhe à sombra repousar um’hora
Que seu veneno nos corrompe a vida.
De eivado seio no profundo abismo
Paixões repousam num sudário eterno…
Não há canto nem flor, não há perfumes,
A mulher sem amor é como o inverno.
Su’alma é um alaúde desmontado
Onde embalde o cantor procura um hino;
Flor sem aromas, sensitiva morta,
Batel nas ondas a vagar sem tino.
Mas, se um raio do sol tremendo deixa
Do céu nublado a condensada treva,
A mulher amorosa é mais que um anjo,
É um sopro de Deus que tudo eleva!
Como o árabe ardente e sequioso
Que a tenda deixa pela noite escura
E vai no seio de orvalhado lírio
Lamber a medo a divinal frescura,
O poeta a venera no silêncio,
Bebe o pranto celeste que ela chora,
Ouve-lhe os cantos, lhe perfuma a vida…
– A mulher amorosa é como a aurora.
S. Paulo – 1861
O doce sabor do inverno
Os ventos fortes prenúncios...
De um inverno rigoroso copioso...
Outrora também foi assim, aí de mim.
Cheia de paixão pulsou meu coração
Esperando por ti, que demonstrou...
Sentimento afim, mas logo partiu
Após um momento de pura emoção
Beijos calorosos frente à lareira com,
O maior fulgor puro amor? De repente!
Rumo à realidade perdeu-se o sabor.
Depois de tudo, nem um adeus...
O frio permaneceu sem teu regaço.
In memória: Uma história inacabada
Na verdade causos de um passado
Vivido guardado no baú da saudade
Espelhado no reflexo do meu olhar
Revivendo hoje aqui, diante do espelho.
Na retina ele mora e quando eu quero
Olho para sala preservada a recordação !
Mary Jun
AÑÃ’GWEA
Enquanto sinto o meu coração palpitar, observo a beleza dos raios de um sol de inverno afagar minha pele suja de terra, meus olhos pesam, apago.
Lá no alto da colina, por entre árvores criaturas fantasmagóricas dançam envoltas na brisa suave do vento.
Agora o vento sopra lentamente uma doce canção.
Será esta a canção das criaturas que habitam os céus ou daquelas nas profundezas dos mares?
Acordo desse sonho pesado algum tempo depois, a canção ainda ecoa como um grito que se sufoca
Agora posso ouvir o som da minha alma;
“Voe filha de Iamandu;
Voe bem alto e faça das nuvens um véu;
Espere pela noite e suas estrelas brilhantes;
Voe e dance como o vento no céu.”
Um amor de inverno:
A primeira vez que te vi
Senti um tremor no corpo
uma fisgada no coração
e borboletas no estomago
ali percebi que era o tão famoso
amor à primeira vista
você e tão primorosa
que pensei estar sonhando
E em primeiro momento
não tive coragem de falar contigo
Mas logo percebi que deveria
E quando criei coragem
Parecia que já nos conhecíamos de vidas passadas
Naquele momento em diante
percebi que te amaria até o fim
Mas infelizmente o destino não quis
e como um castigo cruel
fui obrigado a viver sem ti
Espero te rever além daqui em outras vidas
E espero te reencontrar algum dia
É inverno!
Celebremos,
Não é eterno,
Sempiterno.
- momento
Não recusemos.
É eterno!
Não recuemos,
- é extremo
Enfrentemos,
- o tempo
E o eternizaremos.
É sempiterno!
Como um afeto,
Reconhecemos,
É terno,
Intenso,
Logo, o passaremos.
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Não sinto mais frio
Você me tem na sua mão
Faça o quê quiser comigo
Sou tua brisa perfumada
- e encantada...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Não corro mais perigo
Encontrei o meu abrigo
Tenho o seu coração
Morando nele
- estou protegida...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Ele nos aproxima
Sempre me manterei pequena
Para ser grande nos teus braços
A minh'alma nos serena
- nos determina ...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Eternamente enamorado
Ele nos encaixa,
e nos intensifica
Vou te provocando
com os meu versos de menina
Para sermos imensos
nos sentidos e delírios...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Guardo-o sob minha proteção
Perdoe-me por às vezes ser grande
E também por também muito insegura,
É o jeito que encontrei
de ser tua, e toda doçura...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Sob a guarda da paixão
Não sinto mais frio
Só sinto os carinhos
dos teus arrepios
Tenho a sua pulsação
- sou a dona do teu coração...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração, sou pura devoção
Vou te provocando silenciosamente com poesias
Sei com certeza que você sempre volta
Você pode me deixar falando sozinha
Mas nunca na condição de nunca
estar te amando sozinha.
O inverno chegou
em véspera tonta
de eclipse anular,
é contigo que quero
constelações tocar.
Ainda não tenho
você aqui ao lado
para me abraçar
e eu te acarinhar
na tua cidade
das sete colinas.
Do mundo doido
para me proteger
e nada nos deter,
aqui cedo ou tarde
comigo vai estar
além das estrelas
e da noites de luar.
Na verdade o quê
importa é que te
trago e exalto
como quem leva
um escapulário,
és minha rima,
sutil planetário
e grã inspiração.
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