Poema de Giacomo Balla
Por acaso fui no embalo
convidada pela sua vizinhança
para o coco alagoano,
Na tua casa chegamos
um pouco atrasados
e todos batiam com os pés
fazendo o ritmo
no chão de barro
como manda o figurino,
Foi quando o teu olhar
inesperado cruzou
tão bonito com o meu
e fez o meu coração apaixonado:
Você é o presente que a vida me deu.
Fui ver como sempre
se havia chegado
uma correspondência,
A rua estava ainda
mais sem movimento,
Não havia nenhum
sinal dos vizinhos,
Havia pairado
um silêncio abissal.
Na caixa de correios
ele estava lá olhando
para mim e fiquei
olhando para o grilo,
e pensei que não
só existe deste tipo.
Rir foi inevitável
e pude entender por
um instante o quê se tratava
realmente de uma
[correspondência grilante].

Desta vez fui
eu que balancei
a sua estrutura
com certeza sei
dançar zabumba,
Te fiz você seguir
no ritmo certo,
Você girou para lá
e girei para lá,
Desde o dia que
descobri que sou
poeta o seu coração
toca tão alto que
não consegue disfarçar.
Resolvi espalhar
o meu perfume no ar,
A minha poesia
está por todo o lugar,
O teu coração está
igual a um tambor,
E a ideia de ser meu
te coloca requebrando
no Coco de Zambê,
Para retribuir você
só falta mesmo
é uma atitude sua
para tudo acontecer.
Você foi transformado por mim
em Poemário Nacional
sem a expectativa de que
tu haverá de ser meu no final.
Porque algo me diz que você
é o próprio Boto-Cor-de-Rosa
que brinca com as moças
durante a festa e depois
sempre acaba voltando para o rio.
A última coisa que quero é
me preocupar se um dia você
volta porque obrigar alguém
a amar na vida não compensa.
Perto da beira do Rio sou o Pau-Rosa
que não tem espinhos que fico
muda e quieta a espera de que você
perceba que eu sempre ali estive enquanto passava como um cometa.
Meu bonito Boto-Cor-de-Rosa
conforme a lenda com o rosto encoberto e Poemário Nacional
feito por mim para que se renda
e na vida tenha uma mulher-poema.
É óbvio que te quero
deliciado, e como quero!
Dá para perceber
que entre nós não tem
nenhum mistério;
Se você está certo
de ser meu, que venha!
Desde que você venha
e me leve com o respeito
de um Samba de Gafieira,
Sejamos um para o outro
como um amoroso poema,
E quando estivermos juntos
desliguemos os telefones
para que do mundo a gente
se esqueça e a paixão nos aqueça.
Estamos no mesmo auto,
és o meu Rei e sou a sua Rainha,
Nós entre os Reis de Congo
nos conhecemos sem conto,
e nos queremos sem historinha.
Desta vez somos os inevitáveis
Reis de Bamba nesta batalha
que dança até um Reinado
derrotar o outro e agradecer
a São Benedito por tudo isso.
Só sei que o Ticumbi nos compete,
e não há nada que dele nos repele;
É desta força e tradição que
nos impele a preservar com todo
o amor tudo o quê merece.
Só sei que no final não devemos
satisfação a quem quer que seja,
Porque o amor dá conta de tudo
trazendo para nós recompensa
de ignorar tudo aquilo na vida
que só esquenta a nossa cabeça.
#Ticumbi
#poetisabrasileira
As lágrimas de Iaçã
pela dor que não
tem reparação foram
notadas por Tupã,
Ele a levou para perto
d'Ele e para a tribo
trouxe a solução.
Tupã e Iaçã olham
e protegem a todos
o tempo todo,
Chorar não seja mais
permitido aos filhos
desta nossa Nação.
(Quando faltar doçura,
não pode faltar
a recordação que uma
tigela de Açaí sempre
faz bem ao coração).
Ultimamente você anda
sorrindo do nada,
Eu sei que ando mexendo
contigo por dentro,
A sua vida não tem
sido mais a mesma,
eu mudei a sua rotina.
Imagino quando provar
o sabor do Damurida Poético,
Aprender comigo a receber
amor gostoso todo o dia,
e continuar querendo
receber sempre muito mais.
Meu Uirapuru bonito
que com seu canto tem
feito o meu coração
todos os dias rendido,
Não há ninguém que
se compare contigo,
Por premonição
vejo você comigo.
Sonhei com você esta noite,
eu sei que ainda está distante,
Você junto comigo no cortejo
do Catumbi do Itapocu,
Não sei se é aviso ou seu desejo,
só sei que penso o tempo
todo como deve ser o seu beijo,
Só sei que se este sonho
se realizar é certo que
contigo encontrei o meu lugar.
Separei um pouco
de cheiro verde,
O quê eu queria
mesmo é te dar
um cheiro bem gostoso,
É Costelinha de Tambaqui
que estou fazendo
só para ver a alegria
nos olhos do mais lindo moço,
Como quero que ele
me ame como eu o amo,
Trazer sabor, carinho
e poesia faz parte do meu plano.
Um acordeão com detalhes
feitos de prata que veio
da Itália junto com o seu
dono cruzou o Atlântico
para viver um destino triste
e ao mesmo tempo romântico
aqui em Rodeio no nosso
sublime Médio Vale do Itajaí.
Não é segredo para ninguém
que a freira amada pelo italiano
partiu por causa de uma
enfermidade desconhecida,
e sem saber do amor dele em vida.
Quando a freira se foi
para junto do Pai,
não demorou muito para o italiano partir em seguida sem ter
declarado o amor dele em vida.
Há quem diga que o acordeão
desapareceu e outros
dizem que foi roubado,
Um dizem ver e outros dizem
escutar a voz do italiano
indignado pedindo
o acordeão ser colocado
em cima do túmulo dele
para não ser amaldiçoado.
Sei de uns que dizem
que além do acordeão veem
a freira voando em busca
dele para restituir a paz
para a alma do amigo
italiano que foi furtado.
Desta história de amor
mal resolvido,
do destino incógnito
deste acordeão,
alguém deve ter escutado
ao menos uma única vez:
Só sei que não existe
quem não fique abismado.
Para cada Cobra Grande
de duas pernas
vivendo fora d'água
eu respondo
com silêncio e oração,
Tenho mesmo é que
me preparar para receber
o amor no coração:
Deus é meu guardião,
E não vou viver
para alimentar a maldição.
A festa que você faz
todos os dias no meu
coração merece ser
retribuída com "pato,
tucupi, jambu"
e toda a maravilha.
(Porque o quê eu
vejo nos teus olhos
só a poesia explica).
Rodeio das Mamães
Aqui em Rodeio
no nosso lindo
Médio Vale do Itajaí
vai ter Festa
do Dia das Mães
no Salão Cristo Rei
Cada um amar
a sua Mãe e respeitar
as Mães dos outros
é a nossa lei
Vai ter churrasco
e prato típico
Sabor da Terra
a ser desfrutado
No final deste
poema acabei
de ganhar pinhão
bem quentinho:
Demonstração
de amor e carinho
da minha Mãe
que está aqui
do meu ladinho.
Todo o dia vejo a dança
que você tem feito
para me pegar no laço,
Já sei no que isso vai
acabar dando entre nós,
Vou te agradar preparo
churrasco, galeto
e arroz carreteiro,
E você vai me dar
o seu mimo e de sobremesa
o seu delicioso beijo.
Todo o dia será dia
de poético desejo,
No aconchego dos teus
braços eu me vejo.
Navegantes Poética
Minha Navegantes poética
que me acolhe
quando decolo e pouso,
Em ti tenho o meu afeto
e o amoroso conforto
que me leva de volta para casa.
Na Pedra Miraguaia aprecio
a pesca de arremesso
e medito que na vida sempre
há um término e um começo.
Do Morro da Pedra, do Pier
a Gruta Nossa Sra. de Guadalupe
com o quê há de mais profundo
sempre me encontro
com tudo aquilo que
me leva ao mais alto ponto.
Na Ilha do Gravatá é ali
que busco com a minha
poesia me refugiar
e nas suas praias
sou sereia a me entregar.
No Memorial, no Barco
da História e no Santuário
de Nossa Senhora dos Navegantes
que é a sua Padroeira,
sou eu a poetisa de joelhos
na certeza da graça perfeita
entrego a minha oração,
e para toda esta cidade
dedico o meu poema.
Rodeio no Frio
É noite e Rodeio
no frio é um convite,
A poesia não tem
nenhum limite.
Por aqui não há
estrela que não
se enamore
do Médio Vale do Itajaí.
O chimarrão está
feito e a panela
esparge o aroma
do melhor pinhão.
(Não consigo tirar
o teu amor do meu coração).
Sinto saudades da época
que eu fazia bonecas
de palha de milho,
não sei se o amor está
escrito no meu destino,
só sei que quando ele
chegar nós vamos namorar.
Farei a magia do sabor,
vou colocar com certeza
no Pastel de Berbigão
todo o meu amor
e na Tainha Soberana
ele há de provar o quê é poesia.