Poema de Entrega

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Dai à obra de Marta um pouco de Maria,
Dai um beijo de sol ao descuidado arbusto;
Vereis neste florir o tronco erecto e adusto,
E mais gosto achareis naquela e mais valia.
A doce mãe não perde o seu papel augusto,
Nem o lar conjugal a perfeita harmonia.
Viverão dous aonde um até ‘qui vivia,
E o trabalho haverá menos difícil custo.
Urge a vida encarar sem a mole apatia,
Ó mulher! Urge pôr no gracioso busto,
Sob o tépido seio, um coração robusto.
Nem erma escuridão, nem mal-aceso dia.
Basta um jorro de sol ao descuidado arbusto,
Basta à obra de Marta um Pouco de Maria.

Machado de Assis
Machado de Assis: obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2021.
Inserida por laurenmatta

⁠Buscando a Cristo
A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
A vós, divinos olhos, eclipsados
De tanto sangue e lágrimas abertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.
A vós, pregados pés, por não deixar-me,
A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa pra chamar-me.
A vós, lado patente, quero unir-me,
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme

Inserida por laurenmatta

Os maiores vêm a frente
trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Trecho do poema A arca de Noé.

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Inserida por viviane_1

Quando a vida enfim me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar
No derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar
Num acalanto de adeus
Dorme, meu pai sem cuidado
Dorme, que ao entardecer
Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer ter.

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Trecho do poema O filho que eu quero ter.

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Inserida por viviane_1

⁠Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão.

Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim e você
Vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Teu bicho-papão.

Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
Também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei.

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Poema Menininha.

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Inserida por viviane_1

⁠Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac...

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Poema O relógio.

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Inserida por viviane_1

⁠Corujinha, corujinha
Que peninha de você
Fica toda encolhidinha
Sempre olhando, não sei o quê.

O seu canto de repente
Faz a gente estremecer
corujinha, pobrezinha
Todo mundo que te vê
Diz assim, ah! coitadinha
Que feinha que é você.

Quando a noite vem chegando
Chega o teu amanhecer
E se o sol vem despontando
Vais voando te esconder.

Hoje em dia andas vaidosa
Orgulhosa como quê
Toda noite tua carinha
Aparece na TV.

Corujinha coitadinha
Que feinha que é você!

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Poema A corujinha.

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Inserida por viviane_1

⁠As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenininha
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina.

A gota d'água, um manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar.

O bico de pão, o Corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados,
Ovelhinhas pelo monte.

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Poema A formiga.

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Inserida por viviane_1

⁠Não teve flores
Não teve velas
Não teve missa
Caixão também...
Foi enterrado
Junto à maré
Por operários
Mesmos do trem...

A flor de orvalho
Pendeu da nuvem
E pelo chão
Despetalou...
O céu ergueu
A hóstia do sol
E o mar em ondas
Se ajoelhou...

Cortejo lindo
Maior não houve
Do que o da morte
Desse amiguinho:
Iam vestidas
Com a lã das nuvens
Todas as almas
Dos carneirinhos!

Os gaturamos
Trinaram hinos
No altar esplêndido
Da madrugada;
E o vento brando
Desfeito em rimas
Foi badalando
Pelas estradas!

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Poema A morte de meu carneirinho.

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Inserida por viviane_1

“Canto à Aurora de Delfos”
( Gilson de Paula Pires)

Nas montanhas sagradas de Delfos ergui-me,
Ao som do sopro do oráculo em brumas,
Ecos de Apolo, com lira em chamas,
Despertam a alma em antigas plumas.

Na pedra o fogo dança em silêncio,
O templo canta verdades ao vento,
As sacerdotisas, de olhos fechados,
Revelam o fado em sutil movimento.

Oh musa Calíope, guia minha voz,
Nos versos que tocam o tempo dos deuses.
Que minha palavra seja como o bronze,
Ecoando firme entre os altos penhascos.

Nascemos do caos, moldados por mitos,
Homens e heróis em lutas eternas,
Mas cada cicatriz é um poema vivo,
Inscrito no peito das almas modernas.

Que Zeus me escute lá do Olimpo,
E Poseidon acalme os mares do ser.
Sou filho do barro, irmão das estrelas,
Mas canto, e por isso, me torno poder.

GILSON DE PAULA PIRES.

Inserida por gilsondepaulapires

⁠“Te Encontrar Foi Meu Milagre”

(GILSON DE PAULA PIRES)


Eu andava tão perdido, coração sem direção
Como chuva no deserto, sem abrigo, sem razão
Mas aí você chegou, como o sol depois da dor
Me ensinando devagar o que é o verdadeiro amor

E eu que nem acreditava mais
Que alguém podia me tocar assim

Te encontrar foi meu milagre, minha paz, meu farol
O silêncio fez sentido quando ouvi tua voz
Agora o mundo gira mais bonito com você aqui
Te amo mais do que pensei que um dia fosse sentir

Nos teus olhos vejo abrigo, vejo casa, vejo céu
Teu sorriso me desarma, tua alma é meu papel
Pra escrever mil poesias que eu nunca consegui
Mas que brotam quando encosto meu amor em ti

E cada passo seu ao lado meu
É promessa que eu quero cumprir

Te encontrar foi meu milagre, minha paz, meu farol
O silêncio fez sentido quando ouvi tua voz
Agora o mundo gira mais bonito com você aqui
Te amo mais do que pensei que um dia fosse sentir

E se um dia o tempo for cruel
Vou lembrar do que a gente escreveu no papel
Amor real, sincero e sem final
Que nem o tempo pode apagar

Te encontrar foi meu milagre, minha luz, meu sinal
A razão de eu ter esperado afinal
E mesmo que o mundo insista em nos dividir
Te amo mais do que pensei que um dia fosse sentir

Inserida por gilsondepaulapires

⁠“Coração Teimoso”
(Gilson de Paula Pires)

Eu jurei que nunca mais ia amar
Depois de tudo que a vida me fez passar
Fechei a porta, escondi a chave
Mas teu sorriso chegou feito tempestade

Você chegou sem pedir licença
Virou meu mundo, bagunçou minha crença
E esse meu jeito duro e desconfiado
Se derreteu só de ficar do teu lado

Coração teimoso, que não quis te ouvir
Agora chora quando cê sorri
Tá batendo forte, tá gritando o teu nome
Diz que é amor, não é mais costume

Coração teimoso, se entregou pra valer
Você virou razão pra eu viver
Agora eu só penso em te fazer feliz
Mesmo depois de tudo que eu já disse que eu não quis

Você virou verso nas minhas canções
Um beijo teu vale mil perdões
E aquele medo que eu tinha do amor
Virou coragem quando a gente se encontrou

Coração teimoso, que não quis te ouvir
Agora chora quando cê sorri
Tá batendo forte, tá gritando o teu nome
Diz que é amor, não é mais costume

Coração teimoso, se entregou pra valer
Você virou razão pra eu viver
Agora eu só penso em te fazer feliz
Mesmo depois de tudo que eu já disse que eu não quis

Quem diria que o amor ia me ganhar
Logo eu que só sabia me afastar
Hoje corro pra te abraçar

Coração teimoso, aprendeu com você
Que amar vale mais que se esconder
E agora eu te juro: não largo tua mão
Você é meu destino, minha direção

Inserida por gilsondepaulapires

Kay é uma menina
Muito Engraçada
Diverte o Leo
Só fazendo palhaçada

Na frente dos amigos
Ela é feliz
Mas por dentro
É triste até o nariz

A gente vai e ajuda
E ela aceita
Mas não dá
Huff,nem tenta

Não fique triste
Tenha felicidade
E por favor
Não encare a realidade

Inserida por leonardo_de_oliveira

Expande, contrai,
Liberta, aprisiona.
Consciente Onipresença,
Inconsciente presença.

Oh! Viajor, aqui estou
No seu: EU SOU UM com o TODO CRIADOR.

Que fazes de teu livre arbítrio? Em que te comprazes ainda?
Liberta-te dos apegos ilusórios que te cegam para o verdadeiro sentido da vida: o Incondicional e imortal Amor.

Inserida por francadenise

Solitário, solidário.
Eis a jornada luminosa e edificante do navegante.

Embarca só e
Desembarca só, em meio ao mar da vida,
Que o convida como tripulante à pilotar o veleiro ao destino certeiro da Luz, não olvidando de ser solidário aos que na nau conduz.

Solitário, solidário.
Eis a jornada luminosa e edificante do navegante.

Inserida por francadenise

No Ritmo do Passacale

Sou natureza
Tua presa
Com planícies e montanhas,
Cerrados, ilhas e lagoas.
Na sedução tu não me ganhas
Eu oferto e tu me doas
Escalas os picos, passeias no vale,
Mapeias no ritmo do passacale.
Descortinas o véu
Exibo meu céu
Nadas em mim
Exalo jasmim
Deitas nas pedras
A seiva medra
Sorves nas fontes
Gritas nos montes
Ecoa num rio de paz
Cavaleiro audaz
És minha presa
Sou tua natureza

Inserida por rozelenefurtado

Em meio a correria do dia, ainda há que se permitir meditar para a mente e o coração aquietar.
Em meio ao dia de labor,
ainda há que se ter olhos para ver o sol extraordinário nascer ou se pôr.
Em meio as atribulações da vida ainda há que se perceber as lições delas extraídas.
Em meio as alegrias inesperadas ainda há como se revigorar de energias qualificadas.

Inserida por francadenise

Faça do seu caminhar
o seu despertar.
Transforme-se no seu trilhar,
sem achar que deva se manter num trilho linear.

Faça do seu trabalho
parte do sentido de sua existência.
Tornando-o ancorado
no servir dedicado.

A passagem na orbe terrestre faz parte da missão à cumprir, que se estende no
por vir.

Trabalha, se instrua e ama com fulgor. A vida é uma viagem para descobridor, que ao iluminar seus recônditos sombrios com sapiência, íntima reforma consegue operar.

E assim, como um Cireneu possa auxiliar os que à ti recorrer no caminhar.

Inserida por francadenise

Poesia no ar,
Bem estar.

Poesia no astral,
Leveza sem igual.

Poesia no coração,
Avalanche de intuição.

Poesia no pensar,
Sentimentos revelar.

Poesia na alma,
Serena, calma.

Poesia no sonhar,
Amor desabrochar.

Bem estar,
Poesia no ar.

Leveza sem igual,
Poesia no astral.

Avalanche de intuição,
Poesia no coração.

Sentimentos revelar,
Poesia no pensar.

Serena, calma,
Poesia na alma.

Amor desabrochar,
Poesia no sonhar.

Inserida por francadenise

O rio e a flor

Eu sou o rio que passa
Que encantado se espanta
Com a beleza da flor
Que me observa e canta.
Oh não deixes, mim leva!
Não quero ser prisioneira
Do galho que me segura
E me mantém na ribanceira.

Tão livre e solto a passar
Tanto chão a percorrer
O vento te acariciando
E o sol a te aquecer.
E eu aqui vou ficando
De saudades definhando
Vou murchando até morrer.

E como rio que sou
Não posso parar meu curso
Não quero me estagnar
Para não perder o pulso
O meu destino é o mar
Contornar os obstáculos
E adiante passar.

Inserida por dalvany_alves_de_lima

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