Poema de Entrega
Imaginário
Caíste na armadilha
O ponto de interrogação
Brotou no céu do seu interior
Imaginar, criar o imaginário.
Perder o sono na calada da noite
E não encontrar a ponta do cordão
Do novelo com a raiva que restou
E a tal prisão que martela o pensamento
Como a dor solene da paixão
Ou como a armadilha que fez
Virar amor
Perdido
Desperto!
Frio,
escuridão e trevas ...
Ao longe
uma centelha,
esperança?
Talvez!
Cerro os olhos,
um brilho,
sonho,
fez-se luz,
calor.
Reencontro,
eu!
Para ti a pergunta foi porque
porque não fica comigo;
porque não estas do meu lado;
porque não me aceita como sou;
porque prefere viver milhões de dúvida se a resposta só eu.
Porque...
Porque talvez não vez as lágrimas que transbordam em meu rosto pois elas chamam por seu nome;
porque não me vez como um homem que é louco por você;
porque não consideras meus delírios que tem um nome o seu;
porque...
Porque os seus lábios não se juntam aos meu;
porque a sua alma não caminha junto a minia;
porque me deixas morrer de sede enquanto a salvação é você;
porque não posso dormir e acordar em seus braços.
Porque.....
A pergunta sempre terá seu nome.
A resposta sempre terá seu nome.
Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
“” Fui à poesia
Dizer o que queria
Na pressa de desvendá-la
Encontrei-a escondida
Nem meias palavras
Apenas vultos
Do sutil encontro de versos
No papel, as letras ousavam.
Zombavam de seu insano algoz
Driblavam-me para escapar do intento
E lento, coloquei-me a soletrar.
Até que olhei ao lado
E vi a sombra de um poeta.
Que ria
Cada vez que eu corrigia
O texto.
Num pretexto
De algo bom compor
Madruguei
E acordei
Com a folha indo embora levada pelo vento...””
Anos perdidos
Me agonia em saber
Que tantos anos se passaram
Eu não vi que estava errado
Tudo estava fora do lugar
Um paradoxo platônico
Eu não soube mudar
Porta errada, eu fui bater
Estraga-se nosso tempo
Sem razões ou porquês
A dor hoje é maior
Com vontade de consertar
Voltar no tempo e recomeçar
Parece impossível
Mas meu sangue darei
Pra este amor viver
Dê um fim agora
Indecisão, dilema, um problema para resolver
Vale a pena, talvez o tempo que vai dizer
Amor ou paixão, dois pesos e duas medidas
Decisão irônica, hora de ser definida
Isso não vai parar, é hora de atitude
Isso não vai parar, dê um fim agora
Dinheiro, trabalho, soluções para sobreviver
Luta árdua, todos temos que sofrer
Razão ou emoção, nunca se tem o melhor
Questão caótica, evite o pior
Isso não vai parar, é hora de atitude
Isso não vai parar, dê um fim agora
Mentiras ditas
Verdades cuspidas
Lagrimas em um rosto de uma menina
Que apenas se iludia
Branco era sua cor preferida
Chegava a usar todos os dias
Usou tanto que acabou com feridas
Ficou internada por sete dias
Perdeu uma vida
Quinze anos tinha
Infancia não teve morava sozinha
Teto, asfalto, chão, pontilhão sua moradia
Mais devia
A cor branca consumia
Fiado pedia
Em uma solução pensava ali aquela menina
Como pagar sua divida
No dia da cobrança pagou com sua vida.
Vivo em um mundo diferente.
Em um mundo que poucos compreendem e entendem.
No meu mundo há coisas inexplicáveis, mas sei que ainda vou descobrir.
Lá o tempo não envelhece, somente a minha pessoa.
Quando saio desse mundo, volto para outro, que não faz parte de mim, pois ele é igual á todos, e eu prefiro o diferente.
Se os meus suspiros pudessem
Aos teus ouvidos chegar
Veria que uma paixão
Tem o poder de curar
Não são de zelos
Os meus lamentos
Nem de ciúme abrasador
São das saudades
Que me atormentam
Na dura ausência
Do seu amor
ENTRE PONTES
Cá estou eu, do lado de cá da ponte.
O lado da triste vida
O lado sem fantasia
Do outro lado, o lado da alegria
Onde há grande felicidade
Lá se vive com vontade
É lá que eu quero chegar
Tenho uma rota a traçar
Estou eu a caminhar
Sem nunca conseguir chegar
Talvez eu tenha que mudar
Talvez os passos a dar
A velocidade de andar
Talvez o modo de tentar
Ou melhor, o de pensar
Talvez então o lado de cá
Fazendo esse lado melhor
E não mais esperar o pior
Fazendo deste, o melhor lado
O meu melhor estado
Ficando aqui
No ponto mais agradável
Onde o mau fica fraco
No lado mais aproveitável
É quarentena e um vírus voa lá fora, invisível! O mundo parou em 2020. Muitas frases de efeito filosóficas já circulavam pelas redes sociais antes disso, mas agora, as pessoas procuram compartilhar aquelas que propõem profundas reflexões e mudanças: nos outros.
Estamos sempre esperando que o mundo ao nosso redor fique perfeito mas não mudamos a nossa própria estrada torta.
Vivemos em trilhas improvisadas a benefício do imediato, do bem viver hedonista, da aparente vida perfeita separada pelas traças que mantemos por trás das cortinas que encobrem a nossa intimidade, a nossa verdade tão necessitada de reparos pessoais.
A asas da tecnologia nos permitem alcançar janelas espirituais e culturais com fortes apelos à transformações mas eu não sei se o ser humano está acordado ou vive em sonambulismo profundo. Talvez estamos recebendo apenas mais uma pressão a um sono turbulento que vivemos.
O que precisamos mesmo neste momento é acordar. Ninguém consegue realizar coisa alguma em sono profundo. Como poderíamos promover mudanças de qualidade?
Acordar torna-se neste século o ponto de partida. Inibir os passos que seguem as multidões em manadas de fúria, embaladas pelo vazio.
Acordemos!
Depois, quem sabe, conseguiremos alcançar alguma racionalidade.
ESPELHOS DA ALMA ACESOS
E hoje,
A luz das estrelas da constelação de gêmeos acenderão o brilho dos teus belos olhos castanhos...
...E não me hipnotizarão mais.
Já que preferiu
Me afastarei.
Atrás de você
Eu não correrei.
Pois com sua frieza
Eu me assustei.
O título de trouxa
Na minha testa eu estampei,
Nos alertas dos meu amigos
Eu não acreditei,
Já que a mão no fogo
Por você eu coloquei.
Me queimei.
Pois mais uma vez
Eu me enganei.
Foi tudo tão de repente
A paixão pelo seu olhar,
Pela sua forma cordial;
E seu jeito meigo de falar
Pura meiga e sidérea...
Gente fina, Bela e intelectual
De sorriso mais que exuberante;
E personalidade sensacional
Te compreender foi fácil
Pois você é inteligível,
O que é tão encantador;
O que te faz flexível
Se é a mais bela mulher
Eu ainda irei saber,
Mas só tenho uma certeza;
Que nunca vi como você
(Gyulia)
Blackbird
Acordo, olho para a janela
e na janela tem um pássaro,
um pássaro preto.
Seu canto é lindo,
e ele canta meus medos.
O chamei de:
"o canto da madrugada",
E hoje ele disse que eu não vivo,
que não tenho significado,
e que preciso escolher meu caminho.
Então tento me decidir,
Se escuto "o canto da madrugada"
que da significado ao silêncio.
Ou se saio e calo este canto,
com o barulho das mentes vazias
que a noite me trás.
Os dois caminhos me levam
a um único lugar.
Mas eu amo o canto
o canto do blackbird.
E mais uma vez ele
em minha janela vem e canta o amor,
um amor de mentiras, ilusões e decepções.
O blackbird,
hoje não cantou, hoje ele leu.
Leu o significado que eu tinha,
e lendo linhas brancas e vazias
ele escutou minha música.
E a letra dizia:
"Eu não posso ter um significado,
não posso me descrever, me limitar.
Pois eu não apenas existi,
eu fui a vida, e nem a morte dá fim a vida.
A vida é o amor, amargo
mas doce quando não se está só."
E após o último verso
o infinito blackbird voou,
Voou para baixo, e lá
me mostrou sua outra face.
Não sei por que tentam excluir nossa cor,
se uma mão branca e a outra negra juntas
fazem sombras iguais como uma poesia de amor!
Amigo é aquele que pede perdão,
que guarda segredos no coração.
Amigo sente saudades
e mesmo que o tempo passe
não muda a sua amizade.
Amigo é irmandade.
Amigo é como um jardineiro,
cuidando das flores.
Amigo é aquele que vê
nos seus olhos suas dores.
Que rega com carinho
para você voltar a dá flores.
Mãe também é como uma viola,
em sentir o abraço e os dedos do filho ela chora.
Mãinha é minha base de resistência,
minha guerreira, minha senhora.
Me amou antes mesmo de me ver.
Como não a Deus agradecer
por tê-la ao meu lado!
Ela achando que fui seu presente,
mas eu é que fui presenteado.
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