Poema de Anjos

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Eu Sobrevivo

Pois e...
Eu nao sou diferente de muitas milhares de almas viventes
Sou exactamente aquele tipo de ser que acorda
Olha para vida sorri e diz:Bom dia
Esse e um dos poucos momentos que sorrio mesmo
Porque e a unica hora em que vivo
O resto do dia eu sobrevivo
Eu sobrevivo, as vontades do mundo que me rodeia
Sobrevivo a necessidade de busca pela paz interior
Sobrevivo a frustracao de nao ser amada
Sobrevivo a constante vontade de amar alguem
Sobrevivo ao amor, e todos os sentimentos que o compoem
Sobrevivo a boca dos meus vizinhos que parecem
Viver para matar a necessidade de falar do alheio
Sobrevivo a fome de justica que nunca sessa
Sobrevivo a mudancas inesperadas de temperaturas
Sobrevivo ao mau humor a que estou exposta assim que saio de casa
Sobrevivo a distancia que tenho de percorrer para me deslocar entre os locais
Sobrevivo a minha mania de pensar alem da conta
Sobrevivo ate a minha existencia...
Eu, sim eu nao mais que eu igual a muitos outros eu
Sobrevivo acima de tudo a condicao de mortal lutando pela sobrevivencia.

Ave dolorosa

Ave perdida para sempre - crença
Perdida - segue a trilha que te traça
O Destino, ave negra da Desgraça,
Gêmea da Mágoa e núncia da Descrença!

Dos sonhos meus na Catedral imensa
Que nunca pouses. Lá, na névoa baça
Onde o teu vulto lúrido esvoaça,
Seja-te a vida uma agonia intensa!

Vives de crenças mortas e te nutres,
Empenhada na sanha dos abutres,
Num desespero rábido, assassino...

E hás de tombar um dia em mágoas lentas,
Negrejadas das asas lutulentas
Que te emprestar o corvo do Destino!

Contrastes

A antítese do novo e do obsoleto,
O Amor e a Paz, o ódio e a Carnificina,
O que o homem ama e o que o homem abomina,
Tudo convém para o homem ser completo!

O ângulo obtuso, pois, e o ângulo reto,
Uma feição humana e outra divina
São como a eximenina e a endimenina
Que servem ambas para o mesmo feto!

Eu sei tudo isto mais do que o Eclesiastes!
Por justaposição destes contrastes,
junta-se um hemisfério a outro hemisfério,

As alegrias juntam-se as tristezas,
E o carpinteiro que fabrica as mesas
Faz também os caixões do cemitério!

O Primeiro Olhar

Resolvi pedir a DEUS pra que eu possa te guardar
Ser teu ANJO protetor te velar e te cuidar
Quando eu precisei pôs tua vida em mim
DEUS permita-me ser teu ANJO aqui.

Eu pedi pra DEUS gravar o teu nome em minha mão
DEUS foi muito mais além te gravou em meu coração
Já não posso mais esquecer de ti
Tua vida DEUS transplantou em mim.

Há um ANJO aqui que intercede por ti
Trago um pedaço do céu num olhar pra te dar
Há um ANJO aqui bem pertinho de ti
Basta acreditar SOU TEU ANJO aqui.

O teu nome DEUS escreveu em mim.

Sonetos

I

A meu pai doente

Para onde fores, Pai, para onde fores,
Irei também, trilhando as mesmas ruas...
Tu, para amenizar as dores tuas,
Eu, para amenizar as minhas dores!

Que coisa triste! O campo tão sem flores,
E eu tão sem crença e as árvores tão nuas
E tu, gemendo, e o horror de nossas duas
Mágoas crescendo e se fazendo horrores!

Magoaram-te, meu Pai?! Que mão sombria,
Indiferente aos mil tormentos teus
De assim magoar-te sem pesar havia?!

— Seria a mão de Deus?! Mas Deus enfim
É bom, é justo, e sendo justo, Deus,
Deus não havia de magoar-te assim!

II

A meu pai morto

Madrugada de Treze de Janeiro.
Rezo, sonhando, o ofício da agonia.
Meu Pai nessa hora junto a mim morria
Sem um gemido, assim como um cordeiro!

E eu nem lhe ouvi o alento derradeiro!
Quando acordei, cuidei que ele dormia,
E disse à minha Mãe que me dizia:
"Acorda-o!" deixa-o, Mãe, dormir primeiro!

E saí para ver a Natureza!
Em tudo o mesmo abismo de beleza,
Nem uma névoa no estrelado véu...

Mas pareceu-me, entre as estrelas flóreas,
Como Elias, num carro azul de glórias,
Ver a alma de meu Pai subindo ao Céu!

III

A meu pai depois de morto

Podre meu Pai! A morte o olhar lhe vidra.
Em seus lábios que os meus lábios osculam
Micro-organismos fúnebres pululam
Numa fermentação gorda de cidra.

Duras leis as que os homens e a hórrida hidra
A uma só lei biológica vinculam,
E a marcha das moléculas regulam,
Com a invariabilidade da clepsidra!...

Podre meu Pai! E a mão que enchi de beijos
Roída toda de bichos, como os queijos
Sobre a mesa de orgíacos festins!...

Amo meu Pai na atômica desordem
Entre as bocas necrófagas que o mordem
E a terra infecta que lhe cobre os rins!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

Tempos idos

Não enterres, coveiro, o meu Passado,
Tem pena dessas cinzas que ficaram;
Eu vivo dessas crenças que passaram,
e quero sempre tê-las ao meu lado!

Não, não quero o meu sonho sepultado
No cemitério da Desilusão,
Que não se enterra assim sem compaixão
Os escombros benditos de um Passado!

Ai! Não me arranques d’alma este conforto!
- Quero abraçar o meu passado morto,
- Dizer adeus aos sonhos meus perdidos!

Deixa ao menos que eu suba à Eternidade
Velado pelo círio da Saudade,
Ao dobre funeral dos tempos idos!

⁠Quando nasci, num mês de tantas flores,
Todas murcharam, tristes, langorosas,
Tristes fanaram redolentes rosas,
Morreram todas, todas sem olores.
Mais tarde da existência nos verdores
Da infância nunca tive as venturosas
Alegrias que passam bonançosas,
Oh! Minha infância nunca teve flores!
Volvendo à quadra azul da mocidade,
Minh’alma levo aflita à Eternidade,
Quando a morte matar meus dissabores.
Cansado de chorar pelas estradas,
Exausto de pisar mágoas pisadas,
Hoje eu carrego a cruz das minhas dores!

- Oh! Bom e honrado solo de Paris! Maldita essa escada que cansaria até os anjos!

Que os anjos construam hospitais para as almas sofredoras. Enquanto não o fazem, construirei para elas um palácio de sonhos.

Amor e crença

Sabes que é Deus?! Esse infinito e santo
Ser que preside e rege os outros seres,
Que os encantos e a força dos poderes
Reúne tudo em si, num só encanto?

Esse mistério eterno e sacrossanto,
Essa sublime adoração do crente,
Esse manto de amor doce e clemente
Que lava as dores e que enxuga o pranto?!

Ah! Se queres saber a sua grandeza,
Estende o teu olhar à Natureza,
Fita a cúp’la do Céu santa e infinita!

Deus é o templo do Bem. Na altura Imensa,
O amor é a hóstia que bendiz a Crença,
ama, pois, crê em Deus, e... sê bendita!

O Lamento das Coisas

Triste, a escutar, pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos,
Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos
O choro da Energia abandonada!

É a dor da Força desaproveitada
- O cantochão dos dínamos profundos,
Que, podendo mover milhões de mundos,
Jazem ainda na estática do Nada!

É o soluço da forma ainda imprecisa...
Da transcendência que se não realiza....
Da luz que não chegou a ser lampejo...

E é em suma, o subconsciente aí formidando
Da Natureza que parou, chorando,
No rudimentarismo do Desejo!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

Vozes da morte

Agora, sim! Vamos morrer, reunidos,
Tamarindo de minha desventura,
Tu, com o envelhecimento da nervura,
Eu, com o envelhecimento dos tecidos!

Ah! Esta noite é a noite dos Vencidos!
E a podridão, meu velho! E essa futura
Ultrafatalidade de ossatura,
A que nos acharemos reduzidos!

Não morrerão, porém, tuas sementes!
E assim, para o Futuro, em diferentes
Florestas, vales, selvas, glebas, trilhos,

Na multiplicidade dos teus ramos,
Pelo muito que em vida nos amamos,
Depois da morte inda teremos filhos!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

Vencedor

Toma as espadas rútilas, guerreiro,
E à rutilância das espadas, toma
A adaga de aço, o gládio de aço, e doma
Meu coração — estranho carniceiro!

Não podes?! Chama então presto o primeiro
E o mais possante gladiador de Roma.
E qual mais pronto, e qual mais presto assoma,
Nenhum pôde domar o prisioneiro.

Meu coração triunfava nas arenas.
Veio depois de um domador de hienas
E outro mais, e, por fim, veio um atleta,

Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem...
E não pôde domá-lo, enfim, ninguém,
Que ninguém doma um coração de poeta!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

⁠Aproveite sorrir comigo, pois, o dia que chorar por mim, não poderei te acompanhar.

Impossivel é uma palavra criada pelas pessoas para se sentirem melhor ao desistirem de algo

Feliz Semana!_______________________

Uma nova semana está se iniciando , vamos começar bem, com muita fé, otimismo e alegria.
Que coisas boas aconteçam.
Que as alegrias floresçam e permaneçam.
Que a rotina do dia a dia não venha nos desanimar e que sempre tenhamos aquela esperança bonita para com os dias melhores e a fé que nos fortalece, para continuar a superar nossos desafios._________________

Que não nos falte hoje, amanhã, depois e em todos os dias, muitos motivos
para agradecer e ser feliz.

Desejo a você uma semana repleta de realizações , iluminada de muita paz e infinitamente abençoado com todo amor de Deus!

"Eu gostaria de ter estado aqui", ele disse, sua voz inesperadamente gentil quando você estava crescendo. "Eu teria visto a verdade em seu rosto, Jace Lightwood, e conhecido quem você era."
Jace pareceu confuso, mas não se moveu para se afastar.
Zacarias se virou para os outros." Nós não podemos e nem devemos ferir o garoto. Laços antigos existem entre os Herondales e os Irmãos. Nós devemos ajudá-lo."

══╭🍃🌸╯════╗
╭🍃🌸╯Boa Noite!
╚══╭🍃🌸╯════
Tenha uma linda noite de perfeita paz e iluminada de amor.
Despertando-te para um sono tranquilo e cheio de bons sonhos.

Uma noite perfeita
O céu aos poucos vai cobrindo-se por um véu escuro e sombreado,.despertando a noite e revelando a imensidão do universo encandecido por astros celestes.
Tudo parece querer adormecer, deixando à noite abranger-se no silêncio. para alvorecer a paz.
E da mesma forma nos rendemos a este momento buscando um bom descanso e uma paz aconchegante.
O sono chega e acordamos os nossos sonhos dentro de nós.
É uma noite perfeita.

Magali dos Anjos

Poetas e poesias
Quero ouvir Vinicius,
Sentir Castro Alves,
Pensar, Augusto dos Anjos e Tomé Varela,
Quero ver Camões, Márcio Catunda,
Ver pensamento ouvir sentimentos.
Poetas anônimos, poetas sem pseudônimos,
Quero ver o coração e a razão.
Eloquente indecente.
Quero ouvir, quero sentir.
Poetas consagrados, poetas desolados.
Quero ouvir seu coração.
Onde está a literatura?
Fernando Pessoa, Francisco Carvalho.
Onde esta o cordel?
Poetas desolados por falta de poetas.
Anônimos e sem pseudônimos.
Falta poesia para a falta de poeta.

Anjos querendo ação
Demônios, o perdão
Humanos querem ter razão
Deuses querendo atenção

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