Poema de Amor entre Amigos
“” Te esperarei
Até você entender
Que o tempo pouco importa
Mas não vá se demorar
A rebeldia dele é aos poucos,
Nos fazer passar...””
“” Quando recebermos mais do que precisarmos
E isso nos indignar, nos constranger
Saberemos que existe algo maior a ser buscado
E essa essência será nossa maior virtude...””
“” A paciência é virtude de um bom pescador
O peixe, seu objetivo
Peixes melhor ainda
Por isso o 8 é um peixe em pé...””
Ai de ti
Suma da conveniência
Se ao forjares retumbantes práticas
Não se abster de julgar
O inquieto miscível pensar
Ai de mim
Pacato observador
Que não vi curvas
E me perdi
Passei reto no holocausto
Incerto que foi
Tua ida...
“” Só eu, a noite e uma bala de anis
Sem pensamentos, paciência.
É madrugada
Estarás acordada
Vem a brisa fria, as três.
Coberto de plásticos me aqueço.
Arquiteturas de plano angelical
É o sol querendo nascer
Só eu e a noite, todo dia.
Só a certeza desse cheiro de pizza
No café da manhã
Só eu e essa vontade...””
"" Então veio o tempo e foi levando tudo
Como o vento varreu a casa, limpou o quintal
e sacudiu o coração...""
De onde vejo o mundo vejo o imundo aflorar
Não flores, mas resíduos a perpetuar.
O que outrora era vida
Advinha...
Teimosa renasce
Nos pântanos de sujeira
Que a asneira humana
Foi buscar...
Essa gente tem coração tão pequeno, que quando coloca alguém ali dentro tem que tirar outra pessoa.
Tem tão pouco espaço que o amor é limitado. Pobres coitados que perdem o grande barato da vida: amar e ser amado.
Vem pra cá, junte-se a nós! Aqui estão os exagerados, de coração grande, imenso, trasbordante! Do grupo que ama demais e cada vez mais. O espaço aqui dentro só aumenta e se por acaso estourar a gente até remenda.
Os jovens que desistem de viver para não sofrer, são zumbis no vazio que criam em seu entorno.
...
..
.
Pessoas vem e vão a todo momento
mas somente eu continuo aqui.
Odeio me culpar por nunca ir junto..
A receita da felicidade!
Uma pessoa queria ser feliz, mais os problemas do cotidiano fazia ela se sentir infeliz.
Um certo dia em oração, ela fez a seguinte pergunta:
" Por que eu vivo assim?"
A sua consciência lhe respondeu:
- Por que foi esta vida que você planejou viver...
Agora se você quer a receita da felicidade, é preciso temperar estes sentimentos:
- Paciência, bondade, delicadeza, gentileza, tolerância, sinceridade, companheirismo, compreensão, amizade, reflexão, arrependimento, gratidão, respeito, simplicidade, alegria e amor, são os ingredientes necessários para a felicidade.
'QUANDO EU PARAR DE SONHAR...'
Quando eu parar de sonhar,
serei um hipócrita simulando poesias.
Praguejando dias irreais.
Sem cordilheiras,
fingirei a presença de verbos...
A caminhada será insensata,
abstrata com sua burca espalhando negrume.
O novo Oriente implorará complacência.
Pretenso,
não mais falará de religião...
Quando eu parar de sonhar,
Não terei os abraços convencionais,
desleais/egoístas.
A casa não terá crianças para avivar os dias fúteis.
O ar exalará despedidas misturada à escassez de utopias...
O coração arrítmico confessará segredos não mais sonhados.
Medos terão descansos promíscuos.
Ao lado a realidade verídica,
tão implícita,
agonizando os dias reais...
'VELHO ANO...'
Mais um Velho Ano que se aproxima. Menos saúde para comemorarmos. Milhares de células morrendo. Nunca entendi, por exemplo, algumas das comemorações. Para quê tal, se um Velho Ano não faz tanto sentido, faz tão mal para um velho bocado de pessoas...
Quem conquistou, quem não conquistou não interessa! Interessa nos reconhecemos. Sermos mais irmãos! Se bem que essas frases de Ano Velho não surtem mais efeito na vida das pessoas. Elas continuam as mesmas. Do modo como vieram ao mundo. Talvez não!
Dia dos Namorados, Natal, Ano Velho e Outros tem cara de Segunda-Feira. As pessoas vêm e vão. Outras com fé, outras com sentimentalismo. É aquele famoso rodízio melancolizando os dias que virão...
Que venha o proximo ano parecido com o que se foi. Talvez a grande diferença seja o fato de termos menos tempo. Sabe Deus o quanto! Apesar dos pesares, quero agradecer por ainda estar preso nele, comemorando a minha forma velha de vê-lo...
''NÃO HÁ...'
Não há fases para predizer o presente.
Sequer liberdade para abraçar o infinito derramado sob a terra em avesso.
Nada cíclico!
Para quê infância,
mistérios,
míseros sonhos exalando pelas mãos...
Inerte cenário!
Não há fotografias antigas para matar a saudade!
Nem pinceladas atuais tratando um novo destino.
Sem fotoperíodos para o crescimento do caule na alma.
Só evidencias regressivas estilhaçando desígnios...
Não há imaginário,
fantasias.
Apenas corridas contra o tempo.
Tudo opaco e vazio,
tal qual o eco de um desconhecido falando de razão.
Suspirando um novo espírito nos órgãos.
Sob a janela amarroada,
amparando vaga-lumes,
ausentes de lumes nas seguidas noites sem canções...
'QUANDO EU CRESCER...'
Abarcarei montanhas e mares de ausências, turbulência e poeira nos olhos tornar-se-ão verdadeiras. Ficará a saudade dos abrolhos nas plantas rasteiras exalando o que realmente seria a vida...
As lágrimas cor de sangue ficarão mais impetuosas e perceptíveis. Não haverá mais lugar para elas caírem ou mãos para agarrarem-nas nas pontas. O sol agora em ruínas tornar-se-á mais avassalador, dissecando dores e as poucas esperanças nas tempestades e dias sombrios...
Quando eu crescer, quero ter olhos de criança. Não o ser sem bonança que fizeram de mim: sem identidade própria e lugar no mundo, trancafiado numa caixa de pandora, respirando desvairados acasos e um amotinado de questões sem respostas ...
Tudo acontece lentamente quando se vai espichando o espírito. A coleta de sorrisos esparramados tornam-se resquícios, sem arco-íris. Quer-se acalanto, um mundo menos profano e de todos, sem metafísica...
Quando eu crescer, quero ser um casebre de palha, sem retratos pendurados nas janelas. Sem sequelas ou falas para reproduzir a harmonia passada. Tudo sem dualidades, sem metáforas que fazem da vida uma repetição desastrosa e colapsada. Eu nunca pedi para crescer! ...
