Poema Concreto sobre Rock

Cerca de 840 poema Concreto sobre Rock

Já sambei com velha guarda, descalço no calçadão
Ouvi fita, gravei fita, já fiz fita sem intenção
Fitas, discos e cds sempre foram minha paixão

Inserida por alkamuzy

De domingo na tv, vi o Senna campeão
Lembro almoço de família com final do Coringão
Brasileiro verdadeiro, me orgulha minha criação
Raça mista, descendente, sangue índio em ebulição
Patriota, idiota, sonho repatriação

Inserida por alkamuzy

País sem gestão e ladrões sem punição
Esse é nosso Brasil, sem saúde e educação
Brasil pátria amada, sobrenome exploração
Impunidade engravatada, adepta a corrupção!

Inserida por alkamuzy

Percepção dentro do compasso
Honro a missão, com rimas em aço
Microfone na mão, buumm, estardalhaço
O riso e o choro do nobre palhaço
Meu suficiente são rimas no pente
Assim represento toda minha gente!

Inserida por alkamuzy

Quem me guia é Ogum, Exu, Iemanjá
Nossa senhora vem abençoar
Minha quebrada, um bom lugar, nunca vou eu parar!

Inserida por alkamuzy

Minha barriga ronca, a fome me apetece
Já jantei a tua mente, enquanto a minha amortece
Dom da palavra e atitude só tem quem merece
Manda quem pode, e que pode mais desobedece

Inserida por alkamuzy

A situação aperta, a gente faz uma prece
Minha mandinga amiga ela que me esclarece
O pensamento positivo sempre fortalece
Quem tá comigo e fecha nossa firma reconhece

Inserida por alkamuzy

Eu sou do Sul do Norte, Nordeste cabra da peste
Do Centro-Oeste ao Sudeste em um corpo celeste
Se vale a pena pode crer que a gente investe
Molestadores do senado ao povo não moleste

Inserida por alkamuzy

Isso não é um treinamento, muito menos um teste
É a peneira que separa o bom do cafajeste
Cuide da sua alma, honre a calça que veste
Cuidado com o xerife, bem-vindo ao faroeste!

Inserida por alkamuzy

ADÁGIO

Um carro verde avança o sinal vermelho
Um viaduto espera o suicida chegar
Trazendo no seu bolso um ás de espadas afiadas
O naipe é de metais e sustenta as notas no ar
É um adágio tenso e desgovernado
Seu riso de partida dilacera a cidade
Como um palhaço louco que há pouco incendiara seu circo
E agora a recompensa vale mais que o vilão
Agora um erro fez prevalecer a razão
Agora a sombra se faz aurora e senhora da luz
E aqui um desconhecido foi assassinado
por outro desconhecido.

LABIRINTO EM LINHA RETA
Estou perdido nesse imenso e insano poema sem fim
Nesse mar furioso, esse grande deserto, essa constelação
Sou um beduíno, um velho marujo, surfista dos céus
Navegando a esmo, buscando faróis, naufragando no cais
São teses, hipóteses, temas, teoremas
Conceitos, preconceitos, catedrais e cinemas
Homem x Vírus, Q.I. x poema, escalas de valores
Labirinto em linha reta

Eu viajo atento nessa rodovia de areia movediça
Sigo a canção do vento, caio junto com a chuva numa vila esquecida
Sou meu próprio risco, sou meu próprio templo , miragem de Deus
Com o coração em prantos, despedaçando meu colar de contas
São teses, hipóteses, temas, teoremas
Conceitos, preconceitos, catedrais e cinemas
Homem x vírus, Q.I. x poema, estou perdendo sangue
Labirinto em linha reta

Inserida por dantassolo

⁠Drive In

A noite brilha quando ela deixa seu habitat
Nada natural para quem vive em qualquer lugar
Está sozinha esta noite à meia noite num drive-in
Numa trip enluarada um beijo nunca tem fim
E a noite despe e deflora
Eu finjo estar indo embora
Espero em qualquer esquina
A tempestade

São princípios, precipícios, príncipes da sedução
São navalhas e estiletes a cortar um coração
São imagens que se movem, são memórias num museu
E mentiras absurdas num romance que ela leu.
E a noite despe e deflora
Eu finjo estar indo embora
Espero em qualquer esquina
A tempestade
Drive-in.

Inserida por dantassolo

⁠Kaspar Hauser

Quem é você e quem somos nós
Entre as dálias e os girassóis
Espera a praça com as nossas dores
Os chafarizes, as luzes e as flores
Um viajante nunca espera a noite chegar
Mas descansa o nobre descanso dos nômades
Ciganos

Vim te buscar, com sede e suor
Não chora Kaspar

Esse brilho frio de guilhotina suspensa em segredo no ar
Qual segredo estaria entre nós, cigano

E o que você esperava encontrar, campos verdes ao sol
Verdes mares ao sul,
Mas a paisagem mudou a paisagem, a paisagem mudou..
a paisagem

Aprendemos tecer nossas teias sem fim,
nossas celas escuras e os olhos assim, tão brilhantes
tão frios, vazios e ausentes

E o que eu vou enxergar e o que você vai ver
O que vou enxergar e o que você vai ver, lá fora
Arco-íris distante na tarde cinzenta e a sombra de um muro
Caindo bem devagar, cigano
Vim te buscar, com sede e suor
Não chora Kaspar

I´m lonesome boy
I´m lonesome boy in your city

Inserida por dantassolo

⁠ASFALTO

Hoje eu acordei com os pensamentos fora de ordem
Cruzei a rua com os braços cruzados e os olhos cansados
Entre vitrines confusas & coloridas
”Borboletas num caleidoscópio”
Um bêbado tropeça num tijolo invisível
Cheio de riso de dança e de dor
Gotas de luz caindo no meu rosto
Diluindo sombras
Inaugurando a manhã
Motores bocejam rosnando como cães
Desafiando a nudez dos semáforos
E eu voo Pégaso
Alado, em círculos,
Meus sapatos de ferro pisando o asfalto em flor.
Desconhecida é a tarde no parque
Estilhaçando poesia no ar
Embriagando o bronze das esculturas
Antecipando o que está por chegar
Hoje eu não quero envelhecer
Já calculei a idade do tempo
Hoje eu me recuso a envelhecer
Hoje eu tenho a idade do tempo
Eu vou regar os rios
Acender velas ao Sol
Soprar a rosa dos ventos que me diz: pétalas

Inserida por dantassolo

⁠Pra esquecer

Às vezes eu me lembro sinto falta
E até chamo teu nome
Acordo e tudo gira tão distante
Tão distante de tudo
Preciso esquecer que é madrugada
Estou em outra cidade
Às 03:15 e as horas ao meu lado passando alucinadas
São fotos, filmes, livros discos, cartas
Que não dizem mais nada
Vestígios espalhados como minas
Num campo de batalha
Há luz em toda parte
Janelas e cortinas fechadas
Valsas, violinos e casais
Dançando embriagados

Pra esquecer...

Inserida por dantassolo

⁠Sobre as capitais

Um louco vem, com seus olhos de cristal
Com seu pijama e suas meias de algodão
Trás sua lira e seu sorriso de mulher
E uma tragédia num recorte de jornal e diz:
“O céu já não é mais, dos anjos e dos pardais,
azul incinerado, e um trovoar pesado sobre as capitais”

Na praia no ar mora um velho pescador
Que tem escamas de mil peixes em suas mãos
Diz que conhece os mistérios das águas
Das mais profundas, às mais sagradas, olha o céu e me diz:
“São sereias e cartas navais, incensos, naves, carnavais,
e o sol se põe mais cedo filho e a noite já não é segredo sobre as capitais”

Vem o eclipse, um negro cego e trovador
Me diz que sabe tudo sobre essa noite, a morte e o amor
Diz que sonhou ser Sal Mineo em Hollywood
Que roubou beijos de Natalie Wood, o amigo de James Dean me diz:
“São filmes que não assisti, sorrisos que nunca sorri
Já me perdi de vista, seguindo a longa pista que me trouxe aqui”

Inserida por dantassolo

⁠Aves nas Antenas

Há um certo desespero
E você tenta disfarçar
E através da persiana
Do 20º andar
Eu sigo seus passos
Eu sigo seus passos
É uma fuga felina
Um desprezo que me fascina
Deslizando pelas calçadas
Sob a mira da retina
Dos meus olhos vermelhos

“O lago é negro, e a pele é branca
Como é estranho o lago negro
Como é frio o lago negro
Como é encantador o lago negro
Porque será que é tão sereno o lago negro
Será a libélula que pousa
A guardiã da serenidade do lago negro
Ou será que aquela rocha
É a rocha onde um dia meditou
Durante um século, um monge
E desfaleceu em êxtase
Te vejo em um campo de flores
Mas porque me esconde a mais perfeita
E imaculada flor?”

Inserida por dantassolo

⁠Se você pode segurar as estrelas no lugar, você pode segurar meu coração também.
Sempre que eu cair.
Sempre que eu começar a quebrar.

Skillet

Nota: Trecho da canção Stars.

Inserida por Mael_Tavares

⁠E de mim só se vai
O que os erros deixam pra trás
O que resta é o melhor de mim

Inserida por ArtnoK

Amor demais vai te matar
Tão certo como mais nada
Isso esgotará a força que há em você
Faz você implorar e gritar e rastejar
E a dor o enlouquecerá
Você será a vítima de seu crime
Amor demais vai te matar
Sempre

Inserida por PequenaBorboleta

Das partituras aos corações partidos.

Cada letra de música de um compositor mais antigo reunia desejos, sentimentos e pensamentos de diferentes pensadores. Era como se um só ser canalizasse todo a memória coletiva de uma sociedade. Quando ouvíamos um som conseguíamos ver várias facetas do pensar humano. Desde a alegria até a tristeza. Desde a saudade até a esperança. Desde o vazio até o transbordante. Politicamente foram incontestáveis. A dualidade do fazer ouvir e pensar nos instigava. Nos espelhávamos nos gênios da música popular brasileira e do rock dos anos 80/90 e logicamente havia grande identificação e sinergia. Eram músicas com viés sócio-educacional, cultural e de exploração de várias possibilidades existenciais. Ficávamos fortes ouvindo essas músicas que eram verdadeiros hinos de consciência. Nisso eu insisto. Foi um tempo bom. A boa música e a poesia aliadas à reflexão das letras de antigamente nos elevavam para outros patamares. Infelizmente não se escrevem mais letras como antigamente. Felizmente ainda guardamos no vinil as melhores reflexões poéticas desse Brasil varonil. Algumas podemos encontrar até no youtube. Viva a Música Popular Brasileira. Viva essa gente que escreveu e cantou nossa história. Viva os compositores musicais brasileiros. E fez com que deixássemos de seguir sem lenço e sem documento. Mesmo hoje estando com o coração partido. Afinal, por que não se faz mais tanta música nobre como antigamente?

Inserida por Todeschi

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