Poema Concreto sobre Rios e Mares
Ela é menina,
ela é mulher,
ela cresceu assim, sem querer,
em empurrões e solavancos da vida.
Ela olha com fé,
colore e admira,
não é ingênua,
mas o amor é seu respirar.
Queria escrever um poema sobre dias livres,
mas são tempos difíceis para a liberdade…
Até quem luta por ela quer ser dono de alguém.
De tudo extraio o melhor
E mesmo que sobre dissabor...
Junto então toda a cena
E faço um poema de amor....
Sobre um Poema
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
- a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Poema sobre a recusa
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda.
Há cinco possibilidades. Primeira: Adão caiu.
Segunda: foi empurrado. Terceira: saltou. Quarta:
ao debruçar-se sobre o parapeito perdeu o equilíbrio.
Quinta: nada digno de nota aconteceu a Adão.
A primeira, de que caiu, é precária demais. A quarta, medo, foi examinada e revelou-se inútil. A quinta, de que nada aconteceu, não interessa. A solução é a alternativa:
saltou ou foi empurrado. E a diferença está apenas
na questão de saber se o demônio
age de dentro para fora ou de fora para
dentro: aí está
o verdadeiro problema teológico.
Clausewitz menciona a resolução como a segunda qualidade indispensável ao general, depois do golpe de vista. Fala também de firmeza, força de caráter, autocontrole, qualidades, todas elas, evocadas por Napoleão:
[...] a vontade, o caráter, o empenho e a audácia é que me fizeram ser o que sou.
É através do vigor e da energia que salvamos nossas tropas, que conquistamos sua estima, que conseguimos nos impor aos malvados.
A qualidade essencial de um general é a firmeza de caráter, que além do mais é um dom celestial.
O General Murat precisava diariamente de "luxo, mulheres, uma mesa de Epícuro:
É um grande erro para um comandante de exército não saber controlar suas paixões os seus gostos; desse modo, é possível pôr a perder a vida de milhares de homens".
DA PRIMEIRA VEZ ELA CHOROU....
...mas resolveu ficar.
É que os momentos felizes tinham deixado raízes no seu penar.
Depois perdeu a esperança, porque o perdão também cansa de perdoar.
Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos
Traduzidos em palavras
Pra que você possa entender
O que eu também não entendo.
Amar não é ter que ter
Sempre certeza
É aceitar que ninguém
É perfeito pra ninguém
É poder ser você mesmo
E não precisar fingir
É tentar esquecer
E não conseguir fugir, fugir...
Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém
É por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito
Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo
Que você vai entender...
Posso brincar de descobrir
Desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos
E até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você
Eu tô tranquilo, tranquilo...
Agora o que vamos fazer
Eu também não sei
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Tô aprendendo também...
Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém
É por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito
Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo
Que você vai entender...
Posso brincar de descobrir
Desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos
E até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você
Eu tô tranquilo, tranquilo...
Agora o que vamos fazer?
Eu também não sei!
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Estou aprendendo também...
Essa é a minha família
Eu achei. Sozinho. Eu achei.
É pequena e incompleta.
Mas é boa. É, é boa.
Ohana quer dizer familia,
familia quer dizer NUNCA mais abandonar. ou esquecer.
Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo cuidado, meu amor
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo, viver a teu lado
Com o arco da promessa
No azul pintado pra durar
Abelha fazendo o mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for e ser tudo
Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor
Lembra que o sol é sagrado
E alimenta de ouro horizontes
O tempo acordado de viver
No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir teu calor e ser tudo
Sim, todo amor é sagrado, sim.
– O.k. – falei.
– O.k. – ele disse.
Eu ri e repeti:
– O.k.
Aí a linha ficou silenciosa, mas não
completamente muda. Era quase como
se ele estivesse no meu quarto comigo,
mas de um jeito ainda melhor – como
se eu não estivesse no meu quarto e ele,
não no dele, mas, em vez disso,
estivéssemos juntos numa invisível e
tênue terceira dimensão até onde só
podíamos ir pelo telefone.
– O.k. – ele disse, depois do que
pareceu ser uma eternidade. – Talvez
o.k. venha a ser o nosso sempre.
– O.k. – falei.
E foi o Augustus quem desligou.
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, e no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.
Bela: Esse castelo pertence a quem?
Fera: Tudo aqui me pertence.
Bela: Você fala como qualquer outro homem. É uma certa desilusão.
Bela: Você leu mesmo todos esses livros?
Fera: Não, não li todos. Alguns estão em grego.
Bela: [rindo] Isso foi uma piada? Você está fazendo piadas agora?
Soneto de despedida
De repente, do sol fez-se tempestade
A serenidade do dia ensolarado tornou-se vento violento
E da mesma forma a felicidade se converteu em sofrimento,
Como a segurança de ter-se um amor ao lado, saudade.
De repente, a bondade transformou-se em maldade,
E toda história de amor, não passou de um romance de cinema
E tudo isto virou saudade,
E a saudade virou verso, rima e poema.
E de repente o verdadeiro amor acaba num dilema
Os dois amantes separam-se como a clara da gema
E transforma-se em poema.
Fez-se da proximidade, a distância
Fez-se de um romance, um amor sem importância
De repente, tudo de acaba como a infância.
(interpretação de "Soneto de separação", de Vinícius de Moraes).
Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso porque já chorei demais.
Hoje me sinto mais forte mais feliz, quem sabe?
Só levo a certeza de que muito pouco sei, ou nada sei...
A Viagem
...E quando eu partir,
quero ir com dignidade.
Assim,
sem louça suja na pia,
o banheiro e o quarto,
todos bem arrumadinhos.
Na sala, porém,
que deixem a TV ligada,
e que seja num Telejornal,
porque a vida segue.
Nada acabou.
Sou eu apenas que vou passear,
alí, naquele outro mundo,
sem mala, nem passaporte,
levando só comigo
o cheiro infinito do nosso amor...
(Dinho Kamers)
Muro de lágrimas
Renato Nova– 05/12/2007
Não vejo mais a beleza do luar pela janela
O coração já não bate mais contente
Tudo esta frio, insano, frágil, diferente!
A chuva molha o concreto da parede
Muro de minha prisão, minha única visão.
Momentos belos estão sendo esquecidos
Apenas sombras estão ao meu lado,
Sinto-me só, triste, vazio, abandonado.
Mesmo não havendo mais motivo
Neste quarto escuro, pela janela, só o muro...
Tento ser forte, escondo minha dor.
Uso falsas máscaras de felicidade
Porém este sofrimento não tem piedade...
Olho pela janela, não há luar, apenas um muro!
Molhado pela chuva e por minhas lágrimas.......
Renato Nova
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