Poema Concreto sobre Rios e Mares
Soneto do desejo
Às linhas azuis a quem escrevo
desejo uma curta vida de aventuras
desejo o medo de não temer as alturas
desejo o desejo de ser imatura
Desejo que reveja a assinatura
desejo que misture sua loucura
desejo que mate e descubra a cura
desejo que releia as escrituras
Desejo paz a pele escura
desejo vida a quem é pura
desejo fruta que esteja madura
Desejo mais de mais cultura
desejo curvas as esculturas
desejo amor a esta jura
É inevitável não olhar para suas mãos
E pensar em seus carinhosos afagos
Ou afáveis carinhos
É desonesto eu dizer que não sinto
Porque se te encontro
Meu coração dispara
Porque se te toco
Meu corpo esquenta
Porque se te beijo
Meus olhos mudam de cor
Uma cor que só eu e você
Só a gente consegue enxergar
E essa cor possui um cheiro também
Que só a gente consegue sentir
Mas agora, nada passam de belas palavras
São elas que me restam
Porque embora esteja no presente
Tudo isso não passa de um pretérito
Mais que perfeito...
Nem as mais formosas teorias éticas compreenderiam minha cautelosa assertividade diante de suas ações, suas falas, seus olhares.
Nem mesmo os mais vistosos astros poderiam resplandecer a luminosidade do seu olhar, a grandiosidade do seu existir, e a maravilhosidade do seu estar.
E para completar minhas incontextuais e infames comparações Até acho desprezível te comparar, mas é só para você entender melhor. Enfim, nem mesmo o divino conseguiria criar um ser com tanta formosura quanto você.
A única coisa que talvez definiria sua beleza seria VOCÊ MESMA. Porque VOCÊ MESMA é indefinível.
tua pele
um echarpe que aquece-me como quero
teu olhar
um par de estrelas que refulge tao fero
tudo é um statique
e neste transe reconheço tua fala
boca
sede
ocupando dimensões
todas as escalas
e não porque me falas
mas porque me abalas
como abalos que são amparos
no gatilho que me trago
sou também o alvo
que imoto me disparo
Medo
Medo da chuva,
Medo da curva
Medo da água turva.
Medo da estrada,
Medo da escada
Medo da voz calada.
Medo do dia,
Medo da pia
Medo da noite que esfria.
Medo da dor,
Medo do amor
Medo do coração que guarda rancor.
se desculpar
não desculpa a culpa
não alivia a culpa
mas não pedir desculpa
porque a culpa não desculpa
também não é desculpa
pedir desculpa
é só admitir a culpa
e desculpar é entender
que culpa seria
primeiro a si não desculpar
ODE AOS APAIXONADOS
a paixão é tudo aquilo que você desejou e não aconteceu
é o sonho interrompido
a conquista que não cedeu
o beijo não ocorrido
tudo que nasceu e não sobreviveu
é feito droga nociva que satisfaz um momento
é o medo
a adrenalinaem pequenos fragmentos
é o prazer pela dor
todos os sete pecados com uma pitada de sofrimento
a versão da história que gostaria de contar
a palavra não dita numa discussão
a pergunta sem resposta
o que sempre quis dizer
o não que quis dizer sim
o que faltou acontecer
o que sequer deixou ser
é o clímax
é o suspense
é o mistério
aquilo que não se sabe
aquilo que não se abre
é a criança perdida numa loja de brinquedos
egoísta feito um segredo
é o sorvete que derramou
o gol que não marcou
é tudo que não houve
é tudo que não coube
é o que deixou subentendido
o que deixou sua essência
e por não ter havido ponto final
se fará para sempre reticências
Soneto nº 4 - Química
É quando duas almas se reconhecem
dois ímãs se magnetizam
o santo e o beijo bate
e a poesia rima
é quando a pele esquenta
os nervos tentam
as peças encaixam
e dois corpos se inquietam
olhares na mesma direção
entram em ação
palavras se calam
telepatias falam
é quando o sentido dorme
e o sentir levanta
sai para trabalhar a razão
e nos deixa sozinhos com o coração
quando dois átomos se chocam
e duas forças se atraem
a gente sabe que isso é física
mas a gente diz que é química.
Magnólias acima da onde
nós nos encontramos,
Pétalas de magnólias
sendo suspensas pelo vento.
Sob o Sol, a Lua, os astros
e as cinco luas de Urano,
Estou escrevendo poemas
para te amar sem engano.
Magnólias e suas pétalas
suspensas pelo ar,
E eu olhando as estrelas
querendo te alcançar.
Não há nada de errado
te desejar em silêncio,
E planejar mil rotas longe
deste mundo em desespero.
Magnólias acima de nós
constelando o campo,
E enfeitando a visão
serão um bouquet na mão.
Titânia, Oberon, Miranda
Ariel e Umbriel dançam,
Como ciganas na órbita
sob a regência mística.
Magnólias falam muito
a respeito do que será feito,
E por nós será perfeito
e sem hipótese de regresso.
Como selvagem assumida
não preciso de jóias na vida,
Apenas preciso de gente
de verdade e paz para ser feliz.
Vão te fazer desacreditar do seu potencial,
Te cobrar até você acreditar que não é o suficiente,
Fazer você querer buscar encaixar
Eles não sabe das noites mal dormidas,
Das inseguranças e cobrança constantes,
Eles não sabem que seu grande amor é quem você encontra na frente do espelho
Ou que curte ser naturalmente quem você é.
Eles nunca saberão o quanto lutou pra chegar até aí,
E não deixem criticar seu caminhar, seu jeito e manias
Saiba que você é seu próprio lar
Que você é seu melhor sonho
A melhor versão de si.
Oisas i Euros
Céu azul tem cheiro de meio
Não existe céu azul mais lindo que o móvel
(Livro: Bhuiiric Poemas)
pandemia
é o contágio em massa
dos vazios de coração
enquanto uns se entregam
ao álcool
para se prevenir do vírus da dor
outros se isolam
por temer o amor
mas a pior parte
é ter que identificar
quem é quem
por trás das máscaras
mãe é mão que rega o amor
no coração da gente
coração que ama e doa infinitamente
abraço que cura
ternura que dura
cuidado que se faz presente
ela deu luz ao mundo
e o mundo nos deu ela de presente
para nos ensinar a amar
e com seu amor nos fazer semente
DISSE-ME O CAPITÃO DO BARCO
Disse-me o capitão do barco Que eu navegasse
Sem a afoiteza dos que amam Mais do que
Intensamente.
Disse-me o capitão do barco
Que na direção ajuizada
Eu chego ao Mediterrâneo que tem ondas Que não batem tão
Intensamente.
Disse-me o capitão do barco
Que no mar do Japão
Não existe a salinidade exacerbada
Tal qual a desilusão que, indigesta, queima tão Intensamente.
Disse-me o capitão do barco
Que na escuridão do oceano
O farol se torna invisível
Aos que teimam em amar sozinhos e Intensamente
Disse-me o capitão do barco
Que a perda do amor eterno
Eterniza igualmente flutuada melancolia
Do marinheiro que embriagado há de afogar-se
Intensamente
O QUE FAÇO COM ESSA MENINA?
O que faço com essa menina que se acha feia?
O que faço com essa menina que, timidamente, diz aos quatro ventos que se encontra acima de seu peso?
O que faço com essa menina que disfarça o próprio corpo vestindo camisas largas e calças folgadas?
O que faço com essa menina que esconde o rosto porque acha que está demasiado flácido?
Devo eu dizer a ela que o seu sorriso é a maior das alegrias dessa minha vida?
Devo eu dizer a ela que apenas a sua sutil lembrança me aflige em desejo incontrolável?
Devo eu dizer a ela que a sua perspicácia transforma o planeta em um lugar mais habitável, mais inteligente e mais esperançoso?
Devo eu dizer a ela que o seu humor não apenas contagia a todos, mas vicia e entorpece o mais reticente dos humanos?
Como devo convencê-la de que é perfeita?
Como devo convencê-la de que é a cada dia mais apaixonante?
Como devo convencê-la de que hei de amar intensamente cada gesto e cada uma das palavras suas até o final dos tempos?
Como devo convencê-la de que morreria pleno e confiante ao seu lado?
Será mesmo que essa moça notará que jamais foi escrava de modismos de consumo e de estética?
Será mesmo que essa moça notará que ela é una e que intimida aqueles que se auto- denominam como audazes Casanovas?
Será mesmo que essa moça notará que tem o dom de arrebatar aquilo que deseja a todo tempo e a todo modo?
Será mesmo que essa moça notará que eu renegaria tudo para repousar silente e em calmaria, por entre as suas pernas?
Abra os olhos.
Eu lhe aguardo ansioso.
PERIPÉCIAS Nº2 - VIDA
nem sempre quem com você convive
quer você com vida
e nem sempre que te convida
quer que você envida
em vida, muita gente grita "viva!"
hora dizem-se suas amigas
hora dizem-se comovidas
mas tudo isso sem vida
na dúvida, não revida
apenas viva
PERIPÉCIAS Nº3 - A(COR)DAR
acordei as 6:00
e as 12:00 fiz um acordo
acordo que fiz de preto
a cor que dei como decreto
tentei um acorde as 14:00
e as 16:00 tentei um lorde
acorde que dei em lá
lá antes que ele acorde
o dia já dormia
e logo tinha que outra vez acordar
antes de tentar quem concorde
irei me contentar com mais uma dose de "orde"
as 5:00 Mi despertou
mas esqueceu de me despertar
o despertador despertou a dor
e me encarregou do dia eu a cor dar
a vida é uma estação
pessoas vêm e vão
mas nada é em vão
alma partida
a cada partida
metade de nós fica
e a outra se vai
dentre os vagões
carregamos no peito
lembranças
que não acabam mais
nos restando
apenas vestígios
do que ficou para trás
PERIPÉCIAS Nº4 - CAUSOS
já emergi de cabeça
e vitorioso no final imergi
já cedi meu no lugar no trem
pra cedo sair
já cacei lobos
e feito um corrupto fui cassado
e já tive tanto caso
que por acaso terminei casado
mas como todoocaso há uma condição
já cedi meu coração
como sede de visitação
e com sede fiquei de validação
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