Poema Bobo
FUTURO INCERTO
Eu gostaria de ter me
Esforçado mais.
Eu gostaria de ter
Aproveitado mais.
Eu gostaria de ter
Aprendido mais.
Eu gostaria de ter
Uma segunda chance
Para tentar de novo.
Mas principalmente,
Eu gostaria de não
Prender-me tanto ao passado.
Meu futuro é incerto,
Mas meu fim, eu sei,
É a morte.
Quando te chamei, ansiava por algo
que me era precioso: o nada.
Não pensava na sua voz, no seu corpo,
o brilho do seu olhar, queria o nada.
Não queria seu amor, sua alegria ou
sua tristeza, seu riso ou seu choro.
Somente o nada.
Não pensava na sua alma ou na minha.
Queria sua presença somente para nada.
Precisava de você apenas por você.
Poderia ser no nada, eu não me importaria.
Naquele momento só tinha um pensamento:
Você. Por quê? Não sei, era para nada.
Não queria minhas desculpas nem ouvir suas desculpas.
Era o seu nome na minha cabeça e mais nada.
Como posso dizer por que te procurava?
Se eu queria você sem motivo
Se não consigo dizer o que era sentido
e qual era o sentido, não consigo dizer
Então cheguei à conclusão que esse nada
em você é mais que tudo e mais que todos.
ATRAÇÃO FATAL
O tempo me assusta.
A alguns anos o que
Eu mais queria era,
Meu brinquedo favorito.
hoje, eu gostaria de abraçar
Mais uma vez meu avô.
A morte me assusta.
Porém, ao olhar para o chão
Me lembro que estou pisando
Em mortos.
Aí por um instante,
A morte não me parece
Algo que eu deveria temer.
A morte me atrai.
As vezes ela me parece a
Mulher mais atraente.
Assustadoramente atraente.
Velha embalagem
Embalagens luxuosas fazem do insensato um soberano intocável. Uma cobertura deliciosa e delicada, com data de validade. Consumidor final iludido, disposto a pagar caro pela embalagem desprezando o produto essencial interno. O ritmo do jogo faz parte de uma nova partida entre os bons e os melhores. É na ilusão da embalagem que se perde a essência e o valor da razoável dignidade.
Seu desejo atendido foi mera coincidência passageira da moda , do gosto , da ilusão que agora não passa de uma velha embalagem...
Autor: Gilson de Paula Pires
Reza a Lenda da Rede da Lucci
Reza a lenda que numa varanda esquecida,
Balançava o tempo na rede estendida.
Era da Lucci.... Mulher de mil passos,
Que bordava saudades entre os seus laços.
O pano era velho, mas firme e sagrado,
Guardava memórias de um tempo encantado.
Ali se deitava, entre sonho e luar,
E o mundo parava só pra escutar.
Saudade chegava de mansinho, em silêncio,
Com cheiro de infância e gosto de incenso.
O tempo, curioso, sentava ao seu lado,
E juntos choravam o que foi passado.
A rede contava histórias no vento,
De amores, partidas e renascimentos.
Cada fio trançado, um pedaço de vida,
Da alma da Lucci... forte, sofrida.
Reza a lenda que quem nela deita,
Sente o pulsar da paixão mais perfeita.
E mesmo que o tempo tente esquecer,
A rede da Lucci faz tudo renascer.
Pois onde há rede, há colo e calor,
E onde há Lucci, há tempo e amor.
Saudade ali dança, leve e serena...
Na rede encantada, a vida é um poema
🧡
A ESCALADA
Antes olhava pra cima
E via uma grande montanha.
A curiosidade me fez
Explorá-la.
Após anos tentando
A escalá-la, finalmente
Cheguei ao topo.
Aquela montanha que me
Parecia tão gigante.
Finalmente a conquistei.
Achei que ia encontrar
O que tanto me faltava,
Mas aqui não tem nada.
Nada além do silêncio
Sufocante e dessa falta de ar
Que aos poucos me consome.
Que triste.
Tão solitário, mas me sinto
Em paz.
Sinto que aos poucos estou
Me perdendo.
Salmo do Que Sobrou
Pai,
fui abandonado pelos que me chamavam de lar.
Fui traído pelas promessas que fiz a mim mesmo.
Chamei de amor aquilo que me devorava
e ainda assim ofereci o pão.
Me disseram:
homem que chora é fraco.
homem que parte, é culpado.
homem que sente, não serve.
Então calei.
Por anos calei.
Enterrei meu grito sob pneus e porcas,
numa oficina que cheirava mais a passado que a graxa.
Mas nem o barulho das engrenagens
conseguia abafar o ruído do que eu não dizia.
Na bancada, deixei as chaves.
Foi sem querer —
mas nada é por acaso quando o mundo está desabando.
Vi minha amada me olhar como um estranho.
Vi a verdade sobre meu filho me atravessar como espada.
Vi minha família me virar o rosto
como se eu fosse o próprio erro.
E eu?
Eu só queria um pouco de verdade,
um pouco de chão
onde meu coração coubesse.
Gritei para o céu,
mas só ouvi o eco da minha fé ferida.
“Pai… nas tuas mãos entrego o que sobrou de mim.”
Não era mais súplica.
Era rendição.
De mim restou apenas isso:
um suspiro com nome.
Um corpo em estilhaços
que ainda crê no vento.
Explodi por dentro.
Morri sem coroa.
Mas, como o meu Mestre,
fui enterrado na injustiça
e renasci no invisível.
Se até os anjos
merecem morrer,
quem sou eu para não cair?
E no entanto,
olha para mim —
ainda aqui.
Ainda verbo.
Ainda caminho.
Não vim para ser exemplo.
Vim para ser espelho.
Para que os que sofrem
saibam que a dor também
pode ser oração.
Este é o salmo do que sobrou.
Do homem que perdeu tudo,
menos a centelha que o fez de novo.
E se este corpo já não cabe na velha vida,
que seja templo
de uma fé que arde
sem pedir plateia.
Coro das Sombras
Meu suspiro ergue-se como bruma sobre o berço daquele que parte.
Filho da dor, fruto do meu sangue,
ainda lutarás contra o fio que já foi cortado.
Volta, olhos que um dia foram estrelas nos meus,
Volta ao ventre que não dorme —
pois não há sono para quem viu o abismo abrir-se em flor.
VIAGEM
Sempre que eu te olho,
quando está comigo,
seu corpo está aqui.
Sua mente e sua alma
me parecem distantes.
Você está aqui mesmo?
Esta tempestade turbulenta
Que iremos enfrentar me
assusta.
Nós iremos?
Ou eu irei?
Ou só você?
Depois de tanto tempo nessa
tempestade, finalmente
entendi.
O quebra cabeça se encaixou.
Sempre soube que o amor
era uma viagem, mas
nunca imaginei que
seria o seu passageiro.
Que pena.
A viagem foi boa.
A paisagem era linda.
MEU PARAÍSO
Aqui é paz.
Aqui é lindo.
Silencioso do jeito que eu sonhei.
Eles não sabem do
Porquê de eu abandonar
aquele lugar.
Mas eu sempre imaginei que,
Fora de lá, tudo seria melhor
Para mim.
Eu saí de lá do jeito que eu
quis.
Eu que decidi sair.
Não me tiraram.
Não tentaram me tirar.
Não fui expulsa.
Eu sai.
Há quem julgue minha decisão,
Mas, eu morri do jeito mais
humano que alguém poderia.
Eu escolhi o jeito que eu
Iria partir.
Eu mesmo dei o meu próprio fim.
A MENTIRA
Nós tentamos preencher
esse vazio dentro de nós,
Tentando se completar.
Em busca de algo que não
existe.
Agindo como seres irracionais.
Mas eu sei, eu sinto,
Eu e você somos mais que isso.
Sua alma é radiante e cheia de
sonhos, apesar das cicatrizes.
Temos muito o que fazer.
Não podemos continuar juntos...
Eu sei.
Mas eu sinto que ninguém
Pode me salvar, além de você.
Eu não quero ir.
Mas eu posso ficar com você.
Você merece mais do que
eu tenho a lhe oferecer.
"Não quero ficar com VOCÊ".
Estou me enganando.
Eu não consigo ficar sem você,
Porém não lhe mereço.
Perdão pelas coisas que eu
lhe disse.
Me odeio por isso.
IRRELEVANTE
Eu não me importo se você
me tratar mal...
contanto me abrace,
Me beije, e me ame.
Eu sei que você olha pra mim
E enxerga outra pessoa,
Por isso EU SEI que não
posso competir.
Então faça que nossa última
noite juntos, seja como o
Big Bang, inesquecível.
Faça essa mentira valer
a pena para mim,
Faça meu sofrimento valer
a pena.
Me dê seu amor sincero,
Por mais que não seja a pessoa
que você queria.
Minta para mim e
Principalmente, minta para
Você mesma.
Me dê seu amor irrelevante.
O Porão
No fundo do poço tem um porão,
com paredes pintadas de frustração,
onde o medo sussurra um grito,
e um trauma vira manuscrito,
com gotas de sangue e suor,
cada linha descreve um terror,
uma lágrima marca o papel,
o choro pedindo socorro pro céu,
rimas de dores, nas nuvens escuras,
implorando respostas tão duras,
vozes perdidas, na calada elas vem,
trazendo memórias que fere também,
verdades malditas, rasgam o peito,
ecoam saudades, um vazio sem jeito,
riscar, apagar, deletar, já não é possível,
por mais previsível, um arquivo invisível,
tatuado na pele, realismo sem cor,
sombreado que marca, hà rumor,
se eu pudesse, amassar essa folha,
reiniciar, começar, faria outra escolha,
No fundo do posso tem um porão,
quadros, retratam passos sem chão,
meu corpo levita, e não sinto leveza,
me deixo levar, pela correnteza,
gelada, escura e lodo, exala o terror,
a fé se dissolve, enriquece o pavor,
arregalo os olhos, parece uma luz,
se apaga na grade, eu vejo o capuz.
Minha Vida Seguir
Passeando pelas ruas eu vejo
Me dá desespero
Quero acreditar que isso possa mudar
Mas pra isso , precisamos protestar
Quem nos colocou a essa crueldade
Seres usurpadores e colonizadores
Ali na esquina é bem assustador
Usam farda e pegam o dinheiro
É quase o dia inteiro
Essa política os constituiu
Isso se chama , " Brasil "
O Pobre abaixa a cabeça
Trabalha honesto e com pouco sobrevive
Eu insisto , quero um mundo diferente daqui
Quero minha vida seguir
Esse País pode melhorar
Mas , só basta acreditar ?
Não , esse seu jeito de pensar
Os prende no dinheiro
E eu não sou maloqueiro
Um jovem branco a seguir
Respeitado , é diferenciado
Já esse irmão aqui do lado
O olhar é diferente
Não tem fortuna , é uma vida dura
Esse eu dou muito valor
Carrega com sigo a dor
Mas é sobrevivente
Quero minha vida seguir
Esse é o meu País
Vamos pensar igual nossos irmãos
Com paz no coração
Mudar essa sociedade
Praticar a caridade
E você ? De que lado está ?
Vem aqui também protestar
Quero minha vida seguir
E jamais desistir .
Me entregando?
Eu não gosto de pensar,
Mas eu penso o tempo inteiro
em você.
Eu odeio esperar,
Mas eu espero o tempo que
for preciso por você.
Oh Deus...
Estou tão apaixonada,
Tão apaixonada.
Talvez pela primeira vez,
Eu esteja me entregando a
alguém.
Oh, garoto, você tem
poder sobre mim.
Impossível isso ser normal.
Há milhares de coisas que
eu gostaria de falar sobre você,
Mas seria como citar todas
as estrelas que existem.
Saindo dessa escuridão pela
primeira vez.
Seja minha luz.
Avalanche
Não me dê motivos para
lhe odiar, deixe-me ir sem
remorso de ti, amor.
Suas ações não me deixam
Irritada, Mas sim decepcionada.
Seu amor é um veneno
para mim.
Com o tempo, me afastando
de você, Não quero sofrer
mais.
Quero ser feliz.
Amar a ti é como uma adaga
com duas lanças, a qualquer
momento eu posso me
cortar.
Tentando escapar desta
avalanche, á qual tu me
colocasse.
Quero ser feliz.
Isso, se conseguir fugir
dessa viva.
Adaga de dois gumes
Parar de ser eu, para ser o que
a sociedade quer que eu seja,
Eu prefiro a morte.
Você me disse isso, sinceramente
eu não entendia.
Mas quanto mais eu te conheço,
mais eu te entendo.
Esse teu amor que te protege,
É o mesmo que te prende.
É como uma cela cheia de
espinhos, não deixa que
ninguém se aproxime, porém,
Você também não consegue sair.
Não fazia sentido para mim
esse teu jeito rebelde,
Agora eu entendo, sua maneira de se expressar.
Você é forte, a cada dia que
se passa eu te admiro mais.
Quero mais tempo ao teu lado.
Máscaras
Eu te olho e sei que você não
é verdadeiro comigo.
Mas, tudo bem.
Todos nós escondemos nossos
verdadeiros eu, tampando
tanta fraqueza e insegurança
através de máscaras.
Seria hipocrisia lhe pedir para
tirar esta tua máscara, até
porque, eu não sei se te
mostraria a ti meu verdadeiro rosto.
Tenho medo de que você me
conheça e não goste de mim.
Na verdade, eu tenho medo
de que eu não seja essa
mentira que eu inventei.
Então continuaremos neste
baile de máscaras, pelo resto
de nossas vidas.
Dançar pra sempre.
Segure minha mão...
e voaremos tão rápido que luz nenhuma,
inventada pelo homem, poderá nos alcançar.
Quando a Última Luz se Apaga
No silêncio que resta após a voz,
Ouço apenas o eco do que fui.
A saudade não fala — ela dói,
Como o peso de um mundo sem rui.
O tempo, esse traidor sem rosto,
Levou tudo o que me fazia viver.
E deixou um coração exposto
A lembrar sem poder esquecer.
Os risos morreram nos cantos da casa,
E os quadros, sem cor, me acusam em vão.
Cada passo é um corte que atrasa
A cura de tanta desilusão.
Eu amei com a força de um naufrago,
Gritei teu nome ao vento surdo.
Mas a vida, com seu verbo frágil,
Sussurrou: "você chegou tarde, é o absurdo".
Já não sei o que sou — sombra, poeira,
Ou só alguém que o mundo esqueceu.
Só sei que tudo que era bandeira
Hoje é trapo que o tempo comeu.
E quando a última luz se apagar,
Que não chorem, que não digam meu nome.
Pois quem morre sem mais esperar
Já morreu bem antes da fome.
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