Poema Azul

Cerca de 2607 poema Azul

African Syle

Roxo luxo pra começar
Trás o ouro pra embelezar
seja fio ou seja colar
e a seda azul como o mar
enfeite com sementes
ou cate o marfim
deixado indiretamente
natureza contribuindo relativamente
África mãe
African style
fabricando recordações
quebrando padrões
procura o veludo branco paz
guerra, jamais
só quero achar o linho com estampa
abastrato, prateado
meio usado, mas muito bem conservado
e a onção não pode faltar
vá buscar que vou usar
e a zebra onde vou botá?
falta uma lã
pra esquentar
meu turbante é de cânhamo
fibra boa de se relacionar
o cetim rosa pelucia chegou
estilizando o lugar
trazendo a feminilidade
que faltava na gala.

Inserida por tgralha

Em tardes de céus azuis que acabam cinzentos
Um silêncio alienado ecoa nos pensamentos,
É eleição mascarada, manipulação e banquete,
Moinhos de vento capturados em um tapete,
A farsa enganada por uma realidade atualizada
Encoberta de lama e sangue de encruzilhada.

Inserida por RubensAlan

João e o Oceano

Nasci com o sorriso do meu pai
E nos braços da minha mãe.
Ela teve que ir embora cedo,
Disseram que foi cuidar de uns anjos lá no céu.

Quando criança, aprendi a trabáia,
Aprendi a ser forte até quando o corpo não aguenta o peso do esforço.
Parei de contar as gotas do meu suor
Quando toda aquela água represô e virô um rio.

Meu pai não se demorô pra ir embora
Fiquei triste, mas aliviado em saber que minha mãe tinha uma companhia.
Não aprendi a ler porque não tive tempo,
E o pouco que me restava mal dava pra descansar à noite.

Ai, quando tudo pareceu ficar sem sentido
Apareceu uma companheira, trabalhadeira igual eu.
Não tinha medo de pegar pesado
E o rio dela se encontro com o meu.

A gente era jovem quando arrumamos um emprego
Na fazenda de um sinhô.
Tínha casa e trabaio não faltava.
A pele da cara tava tão grossa que nem o sol a gente sentia mais.
Eu fui feliz e sabia.

A dignidade me deu filhos
E ao contrário dos pais, eles foram para escola,
Depois para a universidade.
Nuunca tiveram que trabaiá até então.
Eu acostumei a dormir pouco e fazer o dinheiro render.

Nas férias dos estudos, eles nem vinham nos visitar
Colocavam a culpa no tédio
Dizem que roça num tem festa
Ficô eu e minha muié, de novo, sozinhos.

Tenho medo do tempo passar
E às vezes penso que meu pai e minha mãe
Estão em algum lugar a me esperar.

Mas sabe de uma coisa?
Nessa altura, juntando todo o meu suor com o da minha muié
Já dá pra fazer um oceano
Que deixo pros meus filhos
E o azul é tão bonito
Que dá até vontade chorar.§

Inserida por geradotinoco

A memória
É a coisa mais linda
Quando guardada e relida
Pelo coração

Sobre o passado
É depositado um sentimento

Quando olho para os olhos da memória
Vejo um amor que já foi vivo,
Fisicamente,
E hoje é vivo eternamente.

Quando olho novamente para seus olhos
Sinto saudade e gratidão,
Qual é o preço para recompor um segundo?
O que a memória faz de graça,
O universo não faz gastando mil estrelas.§

Inserida por geradotinoco

Meu casamento veio com as águas de Março
Escondido dos ventos de Abril
Protegeu-me do frio de Maio
Velou-me pelo solstício de Junho
Meu casamento se desfez na secura de Julho

Sofri pelo azar de Agosto
Ensaiei meu primeiro sorriso com os brotos de Setembro
Dancei com as primeiras gotas de chuva de Outubro
Renovei minhas esperanças em Novembro
Rezei todo Dezembro

Em Janeiro renasci
Em Fevereiro encontrei um novo amor
Meu casamento veio com as águas de Março.§

Inserida por geradotinoco

Falou: (...)Deve ser porque a gente é tão parecida(...)

Quando algo te surpreende, que te envolve e te lapeia,
Ao teu ouvido te sussurra que é mágico...
Quando algo te faz tornar e retornar a acreditar
No que é o amor, sem dor, sem rancor...

Sendo de verdade com a espontaneidade
E o brilho no olhar, como no luar
É algo que te lapeia a alma, te mapeia o corpo
Traçando um ar de pureza, azul e leveza

Dos cheiros que pairam, é o mais doce e singelo
Dos olhares que olharam, o mais sincero
Por instantes enlaçou todo o elo

Invadindo minhas retinas olho a olho
Esboçando alacridade numa obra de arte
Ao olhar e olhar e os olhares, se olharem.

Inserida por HiastLiz

Você está voando e não quer descer.
Mas sabe que vai ter que pousar.
Então você pousa e transforma tudo em
Nuvens e céu azul.

Inserida por Andremafra

AS FACES DO MAR

De tudo o que poderia falar,
Resolvi falar do mar.
São tantas emoções quando nos encontramos...
Que me fogem as justificativas desse amor.
Só o que resta são adjetivos que exprimem o sentimento:
Azul.
Tranquilo.
Imenso.
Inexplorável.
Admirável.
Misterioso.
Tudo isso, e ao mesmo tempo um reflexo de meu próprio ser:
Em alguns momentos, turbulento.
Em outros, cinzento.
E em outros até furioso.
Mas mudam-se as estações, e ele se torna calmo.
Manso.
E até aconchegável.
Possui tantos segredos, que poderia eu passar uma vida,
E não desvendá-lo completamente.

E talvez, é assim mesmo que deva ser.
A natureza não deve ser compreendida pelo homem,
Mas respeitada.
E, bem lá no fundo, o mínimo:
Mantida.

Inserida por djulianojacques

Eu, que tantas vezes arrumei as malas e parti em busca do amor, fui surpreendido quando a campainha tocou e, pelo olho mágico, eu vi o amor sorrindo. Trazia uma mochila azul nas costas; esperança no olhar; e, nos braços, a paz que me faltava.

Abri a porta e ele perguntou:
_ Posso entrar?
Respondi, sorrindo:
_ Eu te esperei a vida inteira...

Inserida por GuilhermeGivisiez

#Vento #que #varre #minha #alma...


Que em campos floridos espalha meus sonhos...

Coração ora alegre...

Coração ora tristonho...



Abrindo os véus de ilusões...

Assim eleva meu espírito....

Ao céu cheio de azul...

Faz da vida ter mais sentido...



Me traga de volta à cidade...

Onde nasci...

Aonde mais rápido que ela...

Envelheci...



Aonde o menestrel canta à lua...

Pelas pedras azuis a caminhar...

Dos que partiram...

Da saudade aqui a ficar...



Na lembrança do abismo de mim....

Em pegada sem caminhada...

Só posso encontrar...

Estrela brilhante a me guiar...

Suave melodia a me encantar...

Mão a outra encontrar...

Outra alma para amar...



Sandro Paschoal Nogueira

— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.

sou inteira recordações
somos
aromas, palavras, toques
passeio por esses caminhos
passeamos
encontros, acasos, desencontros
o céu todinho em meu olhar
no nosso
estrelas, nuvens, aquele luar
o que faço com tanto azul?
o que fazemos...

Inserida por elisangelabankersen

Saudade em cores


Se quiser me ver, espere pelo alaranjado do pôr do sol
Se quiser me ouvir, dance com o verde das folhagens
Se quiser me abraçar, repouse no branco das nuvens
Se quiser me sentir, toque no vermelho das rosas

Se ainda assim a saudade persistir, voe no azul do horizonte

Inserida por PriscilaMurad

levo junto a mim
lá no fundo do peito
o verso costurado
o olhar encantado
o amor encarnado
o brilho do luar
cartão-postal ilustrando
a noite que de azul
se banha ...

Inserida por elisangelabankersen

Tentar é preciso… mas desistir
Também faz parte do pacote
De quem por algum motivo já
foi forte o suficiênte, e suportou
Grandes tentativas em vão.

Inserida por VANTUILO

QUINTA JUSTA


Quinta justa
Perfeita dominante
Quinto grau, santo e imaculado graal
Sexto do Outubro, feminino Outubro
Seis horas, vinte e três segundos

Luz ciana, rósea menina
Clarificando dúvidas até então existentes
Acerca – e acima – da realidade gélida e intermitente das saturações necessárias para o aprendizado da vida...Sua vida...Nossa vida....

Vede, filha inocente! O quão esplendorosa é a vida, mesmo que às vezes penitente.
Vede, Ciana Luz, o quanto somos nada ante o significado do teu nome.

E num júbilo de pai presente como a justa quinta de um acorde maior
Acordo que sejas dominante da saúde nos próximos sextos dias dos décimos mês do infinito do tempo que és.

Quinta justa
Justo ser
Justa causa
Do vicejar e do querer.

À Luciana Nader Calazans.

Inserida por Maestroazul

JUSTO E FICO

Não que sejas injusta
É da alma, do amo, da natureza
Não que eu seja vão
Não que que sejas não
É que em versos sãos
Impossível é traduzir
O meu querer, o meu sentir
Embora palavras não bastem
Bastardas palavras que escrevo
Saramago, Galileu ou Rimbaud
Também hesitariam o tentar
A tentação que são suas galáxias
Suas luzes, em vários pontos
Exclamação, continuar
Contínuo ar dos seus pulmões
Veja, ó menina...
Como sofro em uma explicação
Sinta, ó menina
O que sou é transição
Perpétua amplidão de sonhos
Toque, ó menina
A minha alma como um violão
Não nascemos para a perfeição
Mas de que adianta a perfeição
Sem o amor quente e puro?
De que adianta a solidão
Em seu vazio obscuro
Sejamos brisa e vento
Chão e firmamento
Amor exato, humano
Veja, ó menina
Simplesmente amo você
Ponto de exclamação.

Luciano Calazans. Serrinha,Bahia, 22/12/2017

Inserida por Maestroazul

AGÁ, DOIS...Ó?



Qual um anjo...ou drone? Vejo o algo a mais
Que os reles pensamentos dos homens;
Vejo os algodões de outrora
Supérfluo luxo da agora.

Qual a mais célere...ou célebre?
Ave de rapina, que plana acima da biosfera
Acima dos agás, dos dois, dos ós
Sinto àquela criança franzina e curiosa

Que transformava qualquer espécie de nuvem
Em brincadeira, em prosa
Em assunto profundo de roda
Em contos sobre Dumont, Zeus, Deus

O sideral não era espaço, o tempo não tinha compasso, o azul mais que uma cor.
Os meninos gargalhavam às custas dos
Devaneios.
As meninas, não.

Algodão do doce azul do céu
Que agora vejo por cima
Qual uma ave de rapina
Qual uma nave espacial
Qual o próprio tempo em si

Me trague,
Me traga o menino, sempre.
O franzino que até hoje é deslumbre
Em suas silhuetas — formas, cumes, patos, gumes
Do cirros à quase cirrose do poeta
Dos cúmulos dissimulados dos falsos profetas
Do nimbo Argento
Do ninho,

Do chão, onde o vôo é mais alto.

Luciano Calazans, Céu Brasileiro, 27/08/2018.

Inserida por Maestroazul

CASO VOCÊ NÃO SAIBA.

Não! Não ouvirei o sussurro da sanha
De temer a luta — e não ser temido
De temer o luto — sem ao menos lutar!
De temer sanhas, façanhas e artimanhas
De uma vez por todas, daqueles que tentam amiúde fazer o auriverde, pendão auriverde, brado auriverde sangrar.

Não sou Aquiles tampouco Heitor
E Não serei o fígado de Prometeu...
Quero Atena atenuando a quase calefação do meu sangue, vermelho sangue, suado sangue — enquanto párias jogam xadrez

Macabras aritméticas
Tenebrosas equações
Quinhentos e treze é morte, é monturo e azar
Malfadado português falado por quem desconhece os verbos, incluindo o SER!
Preferem à revelia de milhões,
E em milhões o verbo Ter...

Poder? O que é poder?
Onde começa? Onde termina
Poder é não querer e poder não sucumbir à besta e suas quinhentas e treze cabeças

Línguas bifurcadas, perdidas, enroladas, perdidas e ensimesmadas.

Poder?

Prefiro não discorrer sobre tal verbo
Tão procurado da mais vil forma subsidiado pelo mais vil metal.

Quero o sonho, o pão e a arte
Quero a vida comungada em qualquer parte
Quero a lucidez da comunhão
Quero a loucura do sim e do não
Quero abrigo para os meninos
Quero abrigo para as meninas
Quero água do sertão
E a brisa beira-mar
Quero o rio doce em minha língua
Quero minha pátria
Tabaréus, cafuzos, mamelucos, mulatos – nação vira-lata!
Sim! Vira-lata!

Prestem atenção! A besta jamais dirá sim
Sem algo em troca.
Quinhentos e treze cabeças
Bilhões de Aves Marias

Amém .

Luciano Calazans. Salvador, Bahia.
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Inserida por Maestroazul

DÁ NÃO DÁ

A cidade quer a noite
A cidade quer o dia
As baladas querem ritmo
Não importa a harmonia

O menino quer poder
A menina também quer
O sagrado é profano
Bem me quer ou mal me quer?

Somos sós quando queremos
Somos brasa em pleno inverno
E no verão quase Dezembro
A alegria é eterna, terna!

"Vamos a la praia"
É o refrão mais que mais se ouve
Bichos e bichas num só grito:

Queremos mais amor
Seja como for
Seja o que for
Sentimento não se mede

Queremos mais calor
Queremos sol e mar
Sentimento não se pede
Queremos celebrar
Um segundo é importante
Depois vemos no que dá

Luciano Calazans, 10/08/2017

Inserida por Maestroazul

TRÊS

Três palavras, três suspiros
Três estrelas, cinturão de Órion
Três vidas, três canções
Três amores, vastidão
Três por quatro, três, quatro, cinco, seis, sete...
Nu quarto...
Três motivos, três centelhas
Três divinos, "trés bien"
Tríade perfeita, do sim, do não e do ser
Três quatros estações
Três letras : AMO!
Três anos de homogêneos pensamentos
De alguns poucos tormentos
De azul no firmamento.
Feliz sou por ser seu
Três mil vezes, três mil cantos
Três anos luz!

À Tais Nader, com todo amor que há em meus nada quietos, corações e mentes!

Inserida por Maestroazul

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