Poema Alegre
É pensando em você que começo o meu dia
Desejar-te para mim é uma tortura
Claramente sinônimo de loucura
O que faço? só contigo encontro alegria.
Acontece que ao decorrer do dia
Também penso em você
De tal forma invadiu o meu viver
Desde então vivo à teu bem querer
o que posso fazer?
E na hora que a noite vem levar
A tortura que no dia me imponho
Vós que outrora invadistes minha vida
Também invades o meu sonho.
A esperança há de sobreviver
A esperança não pode acabar
Seguirei com esperança
Pois ela há de perdurar.
É tarde
meu sono não me acompanha
escuto por entre os grilos da noite
o seu acinte resfolegar da solidão
O tempo perpassou por entre nós
e não nos demos conta do fugaz desejo que embebia nossos corpos
Nossa mente fora devassada por solilóquios assombrosos
que insistiam em negar o óbvio
Minha trêmula carne desvaneceu
perante a frustrante incerteza
de não ter certeza que um dia seríamos só nós
E assim
desejosos da comunhão carnal
desejo esse alimentado pelos alambiques soturnos
embaralhado pelas confissões ao pé do ouvido
fomos nos deixando à deriva no horizonte
Enganados pelas correntes
nossos corpos tomaram distâncias náuticas
Hoje, meus olhos se perdem de vistas
e não encontram os seus
Bravejo cânticos
Provoco estampidos
Procuro nos meus dedos o toque das suas mãos
mas já não te vejo
Não te sinto
Não me ouço
Não te entrego
Nem me redimo
Fica à mercê das coisas mundanas
Procuro em cada escaninho da noite
o som dos seus passos
Mas o silêncio encerra a madrugada
Quando dou por mim
o sol rompe minha retina
mais um dia se afiança no meu destino
Sigo meu caminho na vastidão desértica
desse oceano amoroso
que a falta de seus braços
comprimindo meu corpo
me faz
Se de toda a vida sinto falta
O mundo me preenche e tento me conter diante dos carnavais sonhados
Embora tente não consigo
Pois se vejo em sonhos amor e no mundo dor
O que devo escolher?!
Não sou dotado de existência
Observo os detalhes do momento
Mas tudo que vejo vem dos outros ao meu redor
Nada existe além de mim, nada flui para fora de mim
Tudo por medo dos dias embaraçosos depois do hoje
Como uma ressaca não experimentada
Agora e para sempre desejo existir para fora de mim
Se antes tinha receio de sorrir
Agora vôo alto em cada alegria
Sou filho dos séculos passados
Sou irmão de Raul e nasci para ser mudança
Não desistirei de nada que é meu
No entanto não me considero dono de nada além de meu poema vivido
Posso ser dono de tudo que quiser
Agora lá fora além das palavras existe algo meu
Parte de mim acaba aqui
Porém o belo é saber que alguma parte permanece imortal.
Todos vão trabalhar
No espreguiçar do amanhecer,
A aurora abraça o sol,
Acordando homens e mulheres,
Para os exercícios no arrebol.
Todos correm para os campos da vida,
Na diversidade de suas diferenças.
Com mão no arado, pisam forte
Exultando suas crenças.
Valentes,
Erguem em seus braços,
Bandeiras ferramentas,
No quilate responsabilidade
No uso a função que alenta.
Seja caneta, bisturi,
enxada ou mesmo um liberal,
Não importa o instrumento,
Todos trabalham igual.
Dignificando o tempo,
Marcham ao encontro do promissor,
Prosperidade para o amanhã,
Recompensa do labor.
Abençoadas são as mãos do trabalhador.
Oh Rainha do Céu
Às nações tu levas a luz
Mãe de todo pecador
És também mãe de Jesus.
Com amor inesgotável
A humanidade agracia
És de fato incomparável
Doce Virgem Maria.
Santíssima mãe de Deus
Verso à ti com muito amor
Tu és mãe de Jesus Cristo
Tu és mãe do Redentor.
Rogue ao teu filho
Oh Maria doce e terna
Para que livre sejamos
Da condenação eterna.
Noites frias
Ohh meu bem
A noite está tão fria
...E quanto sinto falta do teu calor
Sim...Da doce chama do teu corpo no meu,
e da tua voz acariciante
em minh'alma.
E o luar está lindo, amor...
Invoca a poesia
Poe palavras na gente
Palavras cheias de um amor imensurável
De uma ternura cheia de afetos
De gentilezas sem fim...
...Cheiros de jasmim
Margaridas nos cabelos
e beijos silenciosos
e calmos nos lábios...
Noites frias são assim
Ressuscitam saudades
e vontades...
Muitas
Tantas
Saudades de ti.
O tesouro
Existe o tesouro
Não vale mais que o ouro
Mas é valioso.
Algo maior que ouro
Não é nada nem tesouro
Somente o Amor e Amizade
Tu chegastes com tal intento
Rompendo as fechaduras de relento
Que trancam o vácuo, espaço vazio
Por onde irradio lembranças do meu lamento
Ao destrancar sem hesitar
O vazio com o qual permaneci tanto tempo
Por ti, tão tolo, me apaixonei isento
Revivendo em mim nuances que um dia esqueci
E quando tornas a desaparecer
Faz-me aflito, prestes a perecer
Ainda que não tardas a voltar
E prometas que a meus braços sempre retornará
Ansiedade que corrói o receio de perder
Mais uma vez alguém que me faz viver
Todas as volúpias de um bel prazer
Do inteiro encanto que um dia me privei
Por perder você
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Estou morrendo por dentro
Só alivia com a sua presença
Que alegra o meu coração
Transformando a minha vida
Em profunda alegria diariamente
Me ajudando a sobreviver
O dia a dia da minha vida
Para que eu possa viver melhor
No dia a dia da minha vida
Porque eu espero que a estrela brilhe
Com mais força
Caixa Postal.
As lágrimas que escorrem dos meus olhos
É o pranto derramado
Por ninguém pode ser compreendido
E o seu motivo não será perdoado
Me arrependo por ao teu dispor ter vivido
Me arrependo por intensamente ter amado
Bem que já deveria ter aprendido
Com a indesejada dor
Que não devo ser levado
Nem ao menos enganado
Por impulsos de amor.
VER-TE
Ver-te preciso
Ainda que indeciso
Decidi ver-te
E não me arrependi
Pois das boas coisas que vi
Ver-te foi a melhor
Vivi.
Coisas
Seu riso, sorriso
Risonha, RI e sonha
Me deixa, madeixas
Mas ria,
A dor, amor
Secura, você cura
Distância, abrace
O laço, enlace
Desejo, seu beijo.
Wagner Fonseca
Lembro-me de quando a vida
me acertou a primeira rasteira,
a morte de alguém importante.
Que coisa mais irritante,
andar de bar em bar
tentando encontrar
um pouco de quem partiu
em goles lentos e objetivos.
Que coisa mais incoerente,
tentar sanar um enorme buraco,
abrindo outro maior ainda.
É aí que as coisas costumam
sair do controle e a correnteza
começa a te empurrar
contra as rochas, te seduzir ao fundo
com promessas de lindas donzelas
que provavelmente nunca existiram.
Roney Rodrigues em "O laço da confusão"
Por tanto tempo
eu olhei suas fotografias.
Acariciei a pele do papel,
colei sua foto no meu travesseiro
na esperança inserir você em meus sonhos.
A eternidade que passei aqui
fez meus olhos arderem
e desregulou meu coração.
Segurei suas fotos junto ao meu peito
como uma criança faminta
segura um prato de refeição,
como um astronauta aposentado
admirando de longe a lua
que um dia lhe pertenceu.
Roney Rodrigues em "Câmara escura"
Meu bem,
não deposite suas fichas
em mim.
Sou feito
das mesmas matérias
desse solo,
e corro o risco de ceder
com a chegada
do mau tempo.
Roney Rodrigues em "Deslizamento"
Pássaro preso
não canta, lamenta.
Coração acorrentado,
não bate, só vibra.
Roney Rodrigues em "Cativeiro"
Ele escolhe a solidão da praça
para acalmar a mente (inflamada).
O amor, essa desgraça
que tende a se envergar,
ao ponto de estourar,
ao ponto de estragar.
Ela fita ele à distância,
atravessa a rua, apressa os passos.
Ela evita todo tipo de laço,
Foi condenada em primeira instância,
a viver reprisando o gosto dele
todo dia, em todo lugar.
Roney Rodrigues em "Réu"
Meu passo torto e trêmulo,
minha camisa mal passada,
meu tênis sujo,
pedaços de vidro
chovendo do céu,
tudo é tão ruim,
quando não me visto
de você.
Roney Rodrigues em "Intempérie"
A rosa já murcha
perdeu sua voz de clarim.
Pétalas derramadas,
vestida de espinhos,
caiu bem longe do jardim.
O aroma se foi,
a tormenta alcançou a mente.
Ela implorou por carinho,
mendigou pra muita gente.
A sujeira grudou na roupa,
na mente e no coração.
A rosa descobriu aos poucos:
a beleza é nada
além de aflição.
Roney Rodrigues em "Alameda das Rosas"
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