Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
Equação para uma vida...
Tenho tanto para aprender e o tempo passa ora muito rápido, ora lento e penoso.
Por vezes gostaria de encontrar um atalho para saber mais sobre a vida, e admito, sem egoísmo, continuo a perseguir um significado para minha própria existência e isso tem um custo elevado, às vezes me sinto já sem crédito, usando uma forma onerosa de cheque especial, já sacando a descoberto.
Essa busca não é resultado de uma crise qualquer, é bem mais antiga, remonta à minha consciência, quando comecei a perceber que havia algo além do meu quintal.
Admiro as pessoas que conseguem viver e se preocupar apenas com o dia presente, que por si só, nesse tempo onde tudo é tão rápido e complexo, já é muito.
A equação, em tese, é simples:
Viver o dia de hoje + não sofrer antecipadamente + pensar menos + não guardar mágoas + admitir os próprios limites e os dos outros + indignar-se de maneira seletiva e encarar as boas batalhas + aceitar as paixões + uma boa dose de fé sem fanatismo.
Não há um mestre da vida modulando fascículos do que é viver, as escolhas que fazemos prevalecem.
Pensei um dia que sofria a vida, é difícil aceitar que seja assim quando se admite que apreender não é necessariamente sofrer.
A brusca poesia da mulher amada (III)
A Nelita
Minha mãe, alisa de minha fronte todas as cicatrizes do passado
Minha irmã, conta-me histórias da infância em que que eu haja sido herói sem mácula
Meu irmão, verifica-me a pressão, o colesterol, a turvação do timol, a bilirrubina
Maria, prepara-me uma dieta baixa em calorias, preciso perder cinco quilos
Chamem-me a massagista, o florista, o amigo fiel para as confidências
E comprem bastante papel; quero todas as minhas esferográficas
Alinhadas sobre a mesa, as pontas prestes à poesia.
Eis que se anuncia de modo sumamente grave
A vinda da mulher amada, de cuja fragrância já me chega o rastro.
É ela uma menina, parece de plumas
E seu canto inaudível acompanha desde muito a migração dos ventos
Empós meu canto. É ela uma menina.
Como um jovem pássaro, uma súbita e lenta dançarina
Que para mim caminha em pontas, os braços suplicantes
Do meu amor em solidão. Sim, eis que os arautos
Da descrença começam a encapuçar-se em negros mantos
Para cantar seus réquiens e os falsos profetas
A ganhar rapidamente os logradouros para gritar suas mentiras.
Mas nada a detém; ela avança, rigorosa
Em rodopios nítidos
Criando vácuos onde morrem as aves.
Seu corpo, pouco a pouco
Abre-se em pétalas... Ei-la que vem vindo
Como uma escura rosa voltejante
Surgida de um jardim imenso em trevas.
Ela vem vindo... Desnudai-me, aversos!
Lavai-me, chuvas! Enxugai-me, ventos!
Alvoroçai-me, auroras nascituras!
Eis que chega de longe, como a estrela
De longe, como o tempo
A minha amada última!
O amor, a cada filho, se renova.
Mesmo no inverno, brilha a primavera…
E o coração dos pais, sedento, prova
O néctar suave de quem tudo espera.
Vai-se a lua, e vem outra lua nova…
Ai! os filhos… (e quem os não quisera?)
São frutos que criamos para a cova.
Melhor fora que Deus no-los não dera.
Frutos de beijos e de abraços, frutos
Dos instantes fugazes, voluptuosos,
Rosário interminável de noivados…
Filhos… São flores para velhos lutos.
Por que Jesus nos fez tão venturosos,
Para sermos depois tão desgraçados?
É difícil de viver sem ninguém ao seu lado,
e a depressão entra em meu quarto,
ela me atormentar colocando uma vontade incontrolável de me matar,
as vezes começo a concordar,
não tenho motivos pra viver,
por quê meu Deus não vem me buscar?
Só te peço apenas isso me leve,
Cansei de sorrir com falsidade,
Mas meu olhar não esconde a verdade.
A conquista
Tudo que tenho
Fui conquistando
Através da fé do tempo e do espaço
Com amor e determinação
Com serenidade e união
Nada se conquista sozinho
E nada é por acaso
A conquista só é completa
Se for material e espiritual
Junto com os amigos e a família
Derramando pelo caminho
A paz e a fraternidade
O respeito e os valores
Obtendo crescimento
A sabedoria
A humildade
E naturalmente
A felicidade.
Que o nosso dia esteja em perfeita sintonia para receber todas as vibrações de paz e harmonia.
Meu pensamento encontra o seu quando ligados na mesma vibração e em perfeita sintonia.
Nesse encontro, matamos a saudade e passeamos pela eternidade.
Talvez isso seja um começo de alguma coisa.
Talvez isso seja um fim.
Talvez sejam apenas hormônios…
Mas isso tudo se parece muito com tristeza…
Eu não sei.
Eu sou estas reticências entre parênteses: (…)
No silêncio da noite eu te procuro... Onde está você?
Nesta noite tão fria, queria você aqui comigo, me aquecendo, me dando carinho... Amor...
Se eu pudesse atravessaria essa escuridão e trazia você para perto de mim, e JURO, cuidaria de você como você merece, e não te deixaria ir embora jamais...
Subamos!
Subamos acima
Subamos além, subamos
Acima do além, subamos!
Com a posse fisica dos braços
Inelutavelmente galgaremos
O grande mar de estrelas
Através de milênios de luz.
Subamos!
Como dois atletas
O rosto petrificado
No pálido sorriso do esforço
Subamos acima
Com a posse física dos braços
E os músculos desmesurados
Na calma convulsa da ascensão.
Oh, acima
Mais longe que tudo
Além, mais longe que acima do além!
Como dois acrobatas
Subamos, lentíssimos
Lá onde o infinito
De tão infinito
Nem mais nome tem
Subamos!
Tensos
Pela corda luminosa
Que pende invisível
E cujos nós são astros
Queimando nas mãos
Subamos à tona
Do grande mar de estrelas
Onde dorme a noite
Subamos!
Tu e eu, herméticos
As nádegas duras
A carótida nodosa
Na fibra do pescoço
Os pés agudos em ponta.
Como no espasmo.
E quando
Lá, acima
Além, mais longe que acima do além
Adiante do véu de Betelgeuse
Depois do país de Altair
Sobre o cérebro de Deus
Num último impulso
Libertados do espírito
Despojados da carne
Nós nos possuiremos.
E morreremos
Morreremos alto, imensamente
IMENSAMENTE ALTO
Cresça
Não deixe de ser decente, honesto e bondoso porque alguém lhe desapontou, porque alguém lhe decepcionou e lhe feriu. Cresça e evolua com as suas experiências, não regrida, não se torne um ser humano bruto, frio e cruel.
Toda a dor passada e todo o sofrimento vivido só valerão a pena se deles advierem sabedoria, paciência e força, se, enfim, você conseguir se tornar uma pessoa melhor, mais esperta, mais justa e, principalmente, mais calma.
“Calma? Mas calma para que?”, você me pergunta. Calma para não colocar a carroça na frente dos bois, calma para não ceder aos estímulos do coração sem antes pensar bem, calma para enfrentar a si mesmo e as suas dificuldades com mais serenidade.
Calma para superar a dor e transformando-la em sabedoria, calma para pensar (sempre) antes de agir e, ao menos, tentar cometer menos erros, ou, se possível, não os mesmos de outrora.
Aprenda com suas experiências tristes a usar a maturidade a seu favor, não faça com quem suas lágrimas tenham sido em vão. Aprenda a confiar, mas não a perder a razão por bem querer a alguém, aprenda a se apaixonar sem nunca se esquecer de si mesmo.
Cresça, evolua e, com as benesses que a dor lhe trouxe, comece a ver com mais nitidez quem merece o seu prezar, quem merece a sua admiração e quem não merece sequer o seu sorriso, seja como um bom ourives: aprenda a olhar e distinguir jóias de bijuterias.
Outro dia me peguei perdida, observando a fumaça de um incenso queimando. Nunca havia reparado em tal coisa, ele possui uma fumaça linda. Tola, logo fui tentando interagir de alguma forma com ela, colocando meu dedo para formar algum outro desenho, tentativa falha, logo a fumaça se desmanchou da forma mais trágica. E isso me deixou pensando... É uma necessidade do ser humano, não sei o motivo, mas sempre queremos interagir com o que é belo, mas não nos damos conta de que se o fizermos, podemos destruí-las completamente.
Mudo então a forma de pensar. E se essas coisas parecem belas aos nossos olhos e, quando chegamos mais perto, percebemos que não é assim?
Ainda não cheguei a uma conclusão, mas as duas teorias são verdadeiras, porém com suas contradições. Mas como na minha vida tudo é assim, volto a realidade e aceito as duas.
Logo volto a me perder na fumaça denovo.
Te amo!
Eu te amo, com a força dos temporais,
Com a fúria incontrolável dos vulcões.
Com a energia acumulada nos trovões
Desde longos tempos imemoriais.
Eu te amo, com a leveza dos cristais,
Com a textura das rosas em seus botões.
Com as notas delicadas das canções
Com as cores de mil roupas nos varais.
Eu te amo todas as horas do dia
E este amor ora leveza, ora tormenta,
Este amor que hora é prazer ora agonia
Pra meu barco é a segurança de um cais.
Muito embora ele saiba e se contenta
Que apenas é so mais um!...e nada mais!
Eu não sei o que dizer sobre você, me deixou, arrebentou as veias desse velho coração e me tornou mais vulnerável do que antes e foi você quem prometeu que queria me ver forte, olha pros meus olhos e vê que minhas forças tentam se renovar, mas elas vêem sentimentos como abjetos, você não sabe o que eu poderia sentir.
Talvez a culpa seja não só sua, seja minha, porque calada eu sofri, eu não escrevi poesia ou música eu permiti que toda essa minha parte obscura tomasse conta de mim, que me enforcasse e me tomasse de um jeito que jamais permiti.
Você não pode ver, mas eu estou sofrendo,não estou chorando, não estou me sentindo mal mas eu sei que isso não vem de mim, isso não sou eu e que toda minha benignidade não conseguiu sobreviver. Eu não consigo olhar direito nos olhos das pessoas e isso me apavora mais do que qualquer outra coisa.
Eu estou sofrendo mas não parece porque eu criei um buraco negro dentro de mim, ele está no lugar do coração, ele sugou minhas lágrimas e minha benevolência , ele criou asas se é que é possível, e lá dentro dele existe um ser que devora almas pronto para pegar a minha.Sim, eu ainda tenho uma alma, só que é ela que me torna pura, engraçada e me fez ter esse buraco horrível no lugar do coração, algo que criei mas não consigo controlar, ele se revoltou, quer sugar tudo mas eu não suportaria, então tirei o coração, tirei o buraco e joguei no rio, no lugar mais profundo e deixei lá, mas parece que outro está nascendo no lugar, eu não quero afetar este. Eu quero que ele cresça forte e saudável, eu quero dá-lo à você e saber que mesmo que você não o queira você irá devolve-lo por inteiro, porque você é uma boa pessoa.
Obrigado por tudo!
A vida muda.
Não sei o que aconteceu, mas eu não choro mais. Ou melhor, não choro mais como eu já chorei. Posso falar algo, lembrar-me de algo, de alguma das tantas decepções que tive e chorar, mas as lágrimas caem e logo páram, a tristeza não dói mais como já doeu.
Não sei se eu fiquei mais forte ou se, simplesmente, não sinto mais como eu já senti, não lamento mais o que já lamentei e nem minha tristeza é tão triste como já foi.
Aos poucos vamos tendo a certeza de que não vale a pena derrubar uma lágrima por nada que tenhamos deixado para trás. A maturidade nos revoluciona a mente e nos deixa realmente lucidos, com o passar dos dias a vida nos mostra quem é quem, quem merece nossa consideração e quem não merece nada, absolutamente nada que venha de nós.
Aos poucos temos a certeza de que aqueles que realmente nos importam jamais serão por nós abandonados e, principalmente, jamais vão nos fazer chorar ou nos decepcionar a ponto de nos entristescer.
As decepções nos ensinam, a vida nos ensina, os acontecimentos tristes ou não nos ensinam e nos revelam um mundo novo, um mundo real onde o que já passou deixa de ser importante, onde o que esta por vir passa a ser, realmente, interessante.
Podemos ter algumas lágrimas ainda para chorar, mas temos muitas metas e muitas novidades para desvelarmos. Algumas coisas na verdade, deixam de ter importância a ponto de em segundos recompormos nossa face e seguirmos adiante sem pensar no que outrora nos causava grande tristeza e do que já nos magoou demais. A vida muda e isso é o que realmente faz sentido no mundo.
A cumplicidade de um casal
se mede na quantidade de vezes,
num dia,
em que há:
troca de olhares consentidos,
beijinhos roubados,
sorrisos espontâneos e gostosos,
olhares direcionados a um mesmo horizonte,
cheiro no "cangote",
chamego no sofá,
cabeça no colo,
trocas sinceras de "Eu te amo",
sonhos conjuntos.
Não é fácil conseguir,
mas com o amor à frente,
é batalha vencida
Meu amor
É estranho pensar que não a vejo há um mês, eu vi a lua nova mas não vi você. Eu vi crepúsculos e alvoreceres, mas não vi seu belo rosto.
Sinto saudade de você como as flores sentem saudade do sol, como elas sentem saudade do sol no inverno mais profundo.
Os pedaços do meu coração são tão pequenos que poderiam passar pelo buraco de uma agulha
Em vez de beleza para guiar meu coração, ele se endurece a um mundo congelado para onde sua ausência me baniu.
A esperança é meu guia e é ela me faz suportar os dias e especialmente as noites,de que a última despedida não tenha sido nosso último encontro.
Com todo amor do meu Coração Eu permaneço seu…
O cavaleiro do seu Coração.
Mulher
Bela como uma flor
Suave como uma brisa
Radiante como o sol
Que ilumina minha vida
Rimas tento combinar
Em poemas a escrever
Com orgulho a declamar
Amor a você
Formas e descrições
Inúmeras há de existir
Porém nenhuma se compara
A sua existência para mim.
Feliz Namoro
Aniversário de namoro: 2, 5,10 ou 20 anos... não importa quantos anos de namoro vocês estejam fazendo hoje, amanhã ou depois de amanhã, não importa se você gosta de Icarly ou se ela gosta de Zelda, não importa se você faz fisioterapia e ela engenharia... não importa se você curte o status dela e ela não curtiu o seu. Não importa se ela escuta Leeland e você ouve Kim Walker. Não importa se tudo isso não faz sentido, mas o que realmente importa é o amor de vocês, aquele frio na barriga, aquele olhar especial, aquele jeito de mexer o cabelo que só você reconhece, aquele abraço apertado, aquele jeito de rir que só ele tem no universo inteiro... Aquele desejo de transformar tudo isso num algo a mais, saiba que "o amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser". Como gostaria de participar disso pelo menos uma vez, mas tudo bem, saiba que o amor de vocês não tem fronteiras, agora ficou sem sentido, aliás tudo isso faz, fez ou ainda vai fazer sentido, mas isso não importa, porque tudo isso faz parte da forma abstrata, apaixonante, que carinhosamente chamamos de AMOR, LOVE, AMOUR, AMORE, LIEBE.
Até tentei em vão te esquecer,
acreditando que seria o melhor para mim.
O problema é que tem um pouquinho de você em tudo!
Me lembro de cada detalhe, de cada momento vivido.
Como assim!? Ilusão que permanece tão viva?
Deveriam proibir o uso de "Saudades, com amor" em vão,
sob pena de distância forçada de seu amor pelo tempo infinito de um dia!.
Talvez ele não saiba que aquela dor que ele causou, calou os olhos dela violentamente por uns tempos. Isso não é crime, é carma: magoar alguém assim, dentro do melhor vestido, remover com lágrimas o rímel cuidadosamente passado, deixar tão descrente alguém que achava a vida mágica…
[…] Talvez ele nem imagine que ela parou de sair com os amigos[…] e escreveu vinte e nove cartas sobre a raiva e nunca enviou porque era moça espiritualista e tinha que manter o discurso saudável do “isto também passará”.
Talvez ele nunca saiba que ela […] pensou em mudar de curso, de profissão, de cidade. Quis mudar de si, já que seu corpo era a casa de um só sentimento. Fez uma viagem, não quis conhecer ninguém, posou de antipática porque estava apática.[…] Trancou todas as portas pra não entrar qualquer ilusão. Por tanto tempo era ela e sua tristeza intransitiva.
O que ele também não sabe porque nem ela sabia, é que um dia ela acordaria assim, vazia daquele amor. A dor exaustiva de cabeceira havia cessado, deixada no fundo do poço. Parou de se alimentar daquela porção individual de desilusão e enterrou o passado num túmulo desconhecido, para que não houvesse a menor possibilidade de revisitá-lo.
Havia criado um mantra: No momento em que me dei inteira, ele me deu as costas. Isso não pode continuar supervalorizando uma saudade. Ser uma mulher curada de um amor, dependendo das circunstâncias, pode ser melhor que ser uma mulher amada… por ele.
E o seu melhor vestido pedia uma nova chance e um rímel à prova d’água
