Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
No dia em que eu me tornei invisível
Passei um café preto ao teu lado
Fumei desajustado um cigarro
Vesti a sua camiseta ao contrário
Aguei as plantas que ali secavam
Por isso um cheiro impregnava
O seu juízo, o meu juízo
Invisível e o mundo ao meu favor
Para me despir e ser quem eu sou
Logo que o perfume do invisível te inebriou
Você me viu e o mundo também
E o que tava quietinho ali se mostrou, meu bem
ENQUANTO EU FOR EU
Enquanto branco, sou preto...
Enquanto músculo, sou esqueleto...
Enquanto isso, sou aquilo...
Enquanto irado, sou tranquilo...
Enquanto rico, sou pobre...
Enquanto plebeu, sou nobre...
Enquanto verdade, sou mito...
Enquanto maldito, sou bendito...
Enquanto público, sou privado...
Enquanto vivo, sou enterrado...
Enquanto homem, sou bicho...
Enquanto luxo, sou lixo...
Enquanto doce, sou amargo...
Enquanto liberação, sou embargo...
Enquanto rígido, sou maleável...
Enquanto abstrato, sou tateável...
Enquanto real, sou lenda...
Enquanto rocha, sou fenda...
Enquanto calmo, sou impaciente...
Enquanto são, sou doente...
Enquanto pai, sou filho...
Enquanto elegante, sou maltrapilho...
Enquanto duro, sou frágil...
Enquanto lento, sou ágil...
Enquanto mortal, sou Zeus...
Enquanto amor, sou adeus...
Enquanto juiz, sou réu...
Enquanto terra, sou céu...
Enquanto guerra, sou paz...
Enquanto útil, sou incapaz...
Enquanto tempestade, sou calma...
Enquanto corpo, sou alma...
Enquanto crente, sou ateu...
Enquanto eu, sou teu...
Então é assim
eu vejo sua luz
Ela brilha intensamente até mesmo num nevoeiro
Preto e branco
Quente e Frio
São seus olhares
Boom faz meu coração
O sangue corre mais rápido
è dificil dizer
Você enche minha cabeça com loucuras
Boas e más
Mas é assustador saber que você pode ir embora pra sempre
Eu quero estar contigo sempre
E toda noite que não vejo seu rosto
Sinto tudo desabar
Eu disfarço para esconder a dor
Mas se eu tiver sorte
Eu vou ganhar essa aposta
E aonde você estiver eu vou estar também
Trago na aba da minha saia
Costurada em zigue-zague
Café preto e um cigarro
Seu canto e gargalhada
Ecoando pela casa
O tempo é sua morada
Nordestino sim!!!
Sou filho do meu destino
onde me cabe a carapuça
posso ser preto ou albino
de pele branca ou russa
não nego ser nordestino
mas nem que a vaca tussa.
O preto é ausência de cor.
A indiferença é ausência de amor.
A coragem é ausência de temor.
O mal é ausência do bem.
Eu sou ausência para alguém?
Quem é ausência de quem?
Sexta-feira 13
Cuidado!
Muito cuidado, pois sua ignorância poderá cruzar com um gatinho preto por aí...não sabemos das conquências para o pobre felino, mas o olhar assustador que você lançar sobre ele vai lhe causar um grande trauma.
Não esqueça! Abandone a ignorância antes de sair!
PRETO NO BRANCO
A cor fascina,
também descrimina!
A cor irradia,
também vicia!
A cor surpreende,
também repreende!
A cor envolve,
também absorve!
A cor incomoda,
também é moda!
A cor restaura,
também separa!
A cor explora,
também ignora!
A cor se divide,
também decide!
A cor faz sucesso,
também promove o reverso...!
A cor é natural,
também é egoísta e irreal...!
A cor é um privilégio,
também é um sacrilégio!
A cor é querida,
também é bandida!
A cor sustenta,
também fermenta!
A cor é uma virtude,
também solicitude!
A cor é crença,
também doença!
A cor é inofensiva,
também agressiva!
A cor é de todos,
também dos sábios e dos tolos!
A cor pouco importa,
também está viva e não morta!
Tudo vira arte...
Dor vira poesia
Poesia vira flor
Que vira amor pra alguém
&
Morre preto e branco
Sem cor
Sem dor
Morreu amor.
Melania Ludwig
15 de maio de 2015 próximo a São José do Rio Preto ·
VARANDO A MADRUGADA
Vejo no escuro
você se aproximar
em negro vulto...
Cerro meu olhar
mas você é insulto
insiste em ficar...
Concedo o indulto
então me aventuro
deixo-me abraçar
... é hora de amar...
mel - ((*_*))
Melania Ludwig
29 de março de 2015 próximo a São José do Rio Preto ·
Com uma boa prosa, qualquer comida fica gostosa!!!
mel
O ato de amar
O amor traz novas descobertas
Traz cor ao preto e branco
Traz portas abertas
A quem é franco.
Liberta o pássaro
Que há muito tempo estava preso
Para que ele possa voar
Mesmo indefeso.
Porque o ato de amar
Nos torna abertos
Únicos
E libertos.
Melania Ludwig
6 de setembro de 2014 próximo a São José do Rio Preto ·
"Semear carinho
é colher amizades
Semear sorrisos
é colher alegria
Semear conhecimento
é colher sabedoria
Semear amor
é colher felicidade..."
mel - ((*_*))
Melania Ludwig
11 de maio de 2014 próximo a São José do Rio Preto ·
Foram vocês meus queridos filhos que ao concebê-los, me deram a graça de ser MÃE!
Amo vocês!!!
Eduardo, Mauricio Rodrigues e Ale Rodrigues
Melania Ludwig
9 de janeiro de 2014 próximo a São José do Rio Preto · Editado ·
Obrigada Senhor por mais um dia!
Com a janela escancarada
sentir a brisa que vem de fora
agradecer pela noite estrelada
sentimento de gratidão se aflora
mel
Melania Ludwig
8 de janeiro de 2014 próximo a São José do Rio Preto ·
As trevas da noite são necessárias para apaziguar a alma a fim de receber o amanhecer com suavidade....
mel - ((*_*))
Melania Ludwig
17 de junho de 2013 próximo a São José do Rio Preto ·
00,01 horas
Ouço um ronco sonoro vindo do quarto
Alguém aqui já dorme como anjo...
O motor de um freezer ligado faz seu gemido característico:
sinais dos tempos modernos...
Estou tentando decifrar mais uns estalidos
mas não consigo defini-los...
Casa nova tem disso?
Depois que o vento se foi
parece que tudo resolveu se acalmar...
O silêncio virou breu
e eu vou voltar pro quarto meu...
mel - ((*_*))
Melania Ludwig
11 de junho de 2013 próximo a São José do Rio Preto ·
E agora, aqui neste quarto,
um pouco em desordem ainda,
com o cheiro de tinta provocando tosse alérgica eu parei um pouco...
Uma necessidade imensa de agradecer a Deus por mais um sonho que se tornou real.
Com muita humildade peço perdão pelos momentos de desânimo...
Senhor, dai saúde e trabalho a todos os profissionais que estiveram e ainda estarão aqui dentro
ajudando a erguer este meu novo lar.
Aos amigos que torceram e vivenciaram estes meus momentos...
Abençoe-nos Senhor! Amém!
mel - ((*_*))
Orgulho de Negro
Sou preto sim!
De Angola me trouxeram...
Nas argolas me prenderam...
Nos troncos me bateram...
Pelos punhos me ataram...
Jamais me amaram!
Nas matas fui morar...
Nas cachoeiras me banhar...
Nas pedreiras, pedras fui quebrar...
Na vida aprendi...
Na escola, não escrevi...
Pois nunca me deixaram ir...
Hoje me chamam por muitos nomes...
“Preto velho”, Nêgo Véio...
Dizem que sou sábio
Coisas boas dos meus lábio querem ouvir...
Mas apenas vivi...
Sofri e aprendi...
Com aquilo que não quiseram me ensinar.
Queria apenas AMAR!
Poderíamos descrever durante
Nove anos só as vantagens do preto
Mas quero instigar o valor do branco
Da sua grandiosa felicidade de exprimir um brilho
Que não é seu.
Egoísta!
O seu brilho, é resultado do esforço
De todo um espectro solidário e bobo.
A branquetude de tudo se exprime como
Superior!
Coitada!
Tão vazia de si que não existe
Sem as reais cores bobas.
O preto me conforta por desmascarar
Sangrentamente essa pseudo-luxuria.
