Poema 18 anos
a Poesia atingiu o auge de sua tristeza
me carregava nos braços em tal momento
colocou-me no chão e me abraçou
disse que precisava me abandonar, que eu sabia onde ir
soturno, desci as profundezas de mim mesmo
arrastando-me em paredes lamacentas nos túneis de minha dor
era lá que eu devia estar
haviam escritos nas paredes do meu íntimo
tal qual profetas apocalípticos anunciavam dores e morte
se era poesia rasgada pelo desamor iminente, eu não sei
rastejei por sentimentos abandonados
e alegrias não vividas ante a verdades consumidoras da alma
não lembrei como fazer uma oração
e com minhas palavras blasfemas de sempre abri a boca
ante o que escorria de minhas palavras, Deus fechou seus ouvidos
os anjos rasgaram suas vestes de alto a baixo
tremeram os céus
na terra putas lambiam os dedos e as ilusões
de homens que pagaram por um pouco de amor
no momento que eu estava a pagar por simplesmente Amar
a morte pois ensaiou-se como um novo início
e acenou-me com um sorriso sedutor..
**O preço
Os planetas visitam
e como Lua quieta
e mansa me anseiam,
a minha palavra única
é me preparar firme
para o Sol dos meus
dias e meu desejo leal.
Certa de que fiz o quê
deveria ter sido feito,
optar sempre pelo
correto não é defeito.
Não sou volúvel,
não sou impiedosa,
porque ter um amor
honesto nada vida
é o que busco e quero;
para receber um amor
assim é que os dias
venho me dedicando.
Amar na vida é amar
muito ou amar muito...,
não dou pedacinhos
e não recebo pouco.
Não tenho aberto mão
por nada de buscar
um coração para amar
sem defeito onde o mundo
tem agido como viciado,
banalizador e suspeito;
oferto e quero um amor
afetivamente educado,
e ser amada com respeito.
O meu maior ato religioso
e devocional poético
tem sido o preparo diário
para receber o amor íntegro.
Não se pode terminar
o quê não começou,
saí em busca
daquilo que é correto,
nesta noite onde a Lua
e Saturno se alinham,
não direi nada porque
ocupei o perpétuo status
de ser a poesia pura
dos teus secretos sentidos.
e a cada escrito roto,
no papel amassado,
jogado na lixeira,
perdidos para sempre,
incorrigíveis,
impossíveis de serem lidos,
sim, ninguem os lerá...
ninguem se identificará,
não despertará sentimentos,
não será parte de ninguem,
essas partes do sempre de mim que se foram para o nunca mais..
Eu me apaixonei, e chorei.
Eu me senti amada, e fui enganada.
Eu senti que era amor, e me aprofundei a dor.
Eu namorei, e fui trocada outra vez.
Eu perguntei: “Você me Ama?”, e fui jogada na lama.
Eu desisti de amar, e aprendi a nadar.
Eu sai da Rima, e encontrei o Amor-próprio.
Prazer
Pessoas, festas e dinheiro
sair e voltar ao amanhecer
Esse é o significado de prazer?
ninguém é feliz trabalhando
mas todos buscam receber
Investem na superficialidade
já que, hoje, o importante é o ter
E esse é o significado de prazer?
O mundo busca cada vez mais contatos
para usar e depois coisificá-los
outros buscam um amor puro para SE preencher
E esse é o significado de prazer?
Buscar efemeridades é facil
Dificil é conseguir se ser
E se , de repente, só sobrar você?
Nosso celeiro
A natureza vou contemplar
Uma flor vou lá plantar
Vou fazer um canteiro
Pra florir o mundo inteiro
A natureza vou contemplar!
Não quero ver só num desenho
As coisas que desenhar!
A natureza é tudo que tenho
Eu quero nela morar!
Os animais vou proteger
Não vou deixá-los abater
Vou desfazer o cativeiro
Para eles não sofrerem!
Os passarinhos vou lá soltar
Em nenhuma gaiola eles vão ficar
Quero ver todos eles voando
E pela natureza cantando
Uma árvore não vou deixar derrubar
As florestas não vão queimar
Vou chamar um grande protetor
Oh! Deus, vem a nós, ó salvador!
Todas as águas eu vou limpar
Lixo nelas, não vão mais jogar
Vou conscientizar o mundo inteiro
Que a natureza é nosso celeiro!
Um Só
somos tão carne um do outro
que ao amar a mim
amo a ti
que ao comer e beber
comes e bebes
de mim
que ao chorar
tuas lágrimas pego emprestado
que ao sorrir
os músculos de minha face
te dou de bom grado
somos tão carne um do outro
que se frio passas de um lado
tremo eu do outro
que se medo sentes do porvir
minhas unhas roídas é que vão cair
que se o calor te desidratada
de meu corpo é que jorra
o líquido
a alma
a vida
a morte
o tempo
somos tão carne um do outro
que se o tempo acaba para ti
acaba para mim
mas se a vida a ti significa
vou seguir
vou sorrir
vou andar por aí
se com o pé direto dou meu passo
o teu esquerdo me acompanha
o coração bate
o coração para
sincronias
junções
carne
fluidos
amor
um
só.
Passos...
Passos...
Passos, que me perdi!
de amor por ti...
Te olhei, me encontrei.
Não sou ouro,
Não sou prata.
Sou de alma...
No ar peguei a sua
bandeira carregada
pela ventania,
Nunca dei para trás
no meu juramento
de ser o teu último
soldado na trincheira
em plena névoa fria.
O meu véu levo com
orgulho em rebento
mesmo que a noite
esteja sem céu aberto,
Porque quem ama
não mede esforços
e jamais se queixa.
Trago os pontos que
unem os meridianos
e nossos paralelos,
Nós nos apaixonamos
sem querer ou prever;
e assim carregaste-me
inteira e para dentro.
Como a Lua sublime
dos teus sonhos
e tua gentil estrela,
Sou a camponesa
das colinas que espia
tímida os teus passos,
porque por ti anseia
e notícias tuas espera.
Razão
Penso sempre todo dia
a que mal alguém foi acometido
para que, de tal ato, desencadeasse algum aviso.
Aviso de dor e angustia que tenho sentido.
Ao me deitar, repenso tudo sob um prisma
de tudo que me aflige de um passado
não tão distante.
E, de repente, sou laçado
em uma corda asquerosa de misantropia.
Sinto uma necessidade maior da solidão,
mesmo sabendo que isso não é a solução.
Remoo minhas feridas e meu desespero,
mesmo sabendo que será minha última injeção.
E, no dia seguinte, percebo que tudo foi um exagero.
Reflito muito sobre o tempo, em especial o passado
Busco encontrar respostas para minhas questões,
mas elas sempre estiveram de onde saíram
E hoje eu vejo, se eu as tivesse encontrado
a tempo,
meus monstros nem teriam se formado.
Nem tudo tem razão
Seja atento ao tempo para que não perca o presente,
procurando a lógica em fatos sem explicação.
Morte de poeta é um DÓ
Uma poetisa na vida é RÉ
Seres que habitam em MI
Infortúnio de um FÁ
Como fá de um outro SOL
Amando assim eu LÁ
Levito em SI
Os meus cabelos
foram cobertos
por um lindo buquê
de xarıbülbül que
foi colhido por você.
Nem pelas nossas
próprias mãos
a Primavera do amor
poderá ser detida,
ela floresce sem
permissão na vida.
Há sementes e raízes
ocultas pelo escudo
da minha timidez,
e insisto sobreviver
a tudo com sensatez.
O anel de fogo que
daqui se aproxima
nos tornam ainda
mais enamorados,
a cada dia estamos
mais apaixonados.
A aliança de fogo
de nós se aproxima,
onde o Sol se ergue
e de nós se retira:
a magia permanece
nesta Via Láctea.
Só posso é contar
com a paz do teu
amor para lidar
com meus medos
que não são poucos.
A aliança de fogo
para nós é prevista,
onde a Lua brilha
permitindo ser coberta
e da espera infinita
continuo ser a tua poeta.
MAMÃE ASTRONAUTA
Minha mãe e eu voando
No espaço sideral
Unidos por todo o sempre
Por cordão umbilical
E na nossa espaçonave
Tudo corre bem suave
Na jornada espacial
Foi tão diferente aquela vez,
Que eu não consigo esquecer
Se tudo foi por acaso,
Ou se precisamos alguma coisa rever
Eu sei que de um sonho não passará
A vontade de te abraçar
De tocar nos seus lindos lábios,
E de para sempre puder te apreciar
Quão importante são as palavras...
Que deixam-me fora do chão
Difícil continuar escrever;
Sem tê-la como inspiração
É pena que sou apenas
Mais um que na sua vida passará,
Querendo conquistar seu belo coração;
E infelizmente, somente tentará
Obrigado por aquele olhar,
Que lindamente deu ao me avistar
Sei que já faz muito tempo;
Mas para sempre vai lembrar
Rosas sangram sentimentos no teu coração morto...
Nunca mais se tive a certeza que a vida era real...
Mesmo nas profundezas da alma o resquício da paixão consome meus sonhos...
As sensações seriam farpas que encravadas no coração devastação provocada pelo ato de tanto amar.
O fel da desilusão da contraste a tal singularidade que surgi no firmamento...
No exato momento se tem desejo encarnado de felicidades mas parte de um sonho maravilhoso....
Tudo que é compreendido é parte da grandeza do universo...
Muitas vezes quis gritar seu nome e dizer o quanto eu a amo...
e tu agora, o que farás?
quando o tom luar deste brilho
já não reluz mais seus cílios
já não sei como ficarás,
quiça, chorarás
então que tu olhes para si
busco a logicidade no buraco mais profundo
eu juro, no mais profundo, obscuro e abstruso
pôs-me tu em eterno frenesi
eterno conflito, efêmero amor
desapareceram já as infinitas cicatrizes
que a todo momento agonizavam com a dor
que já não sei quando criaram-se as raízes
profundas
diga-me as palavras que desejas
que sejam agradáveis, já não flamejas
mas mesmo que desagradáveis, despejas
uma última vez de ouvi-la será
para todos, um dia a mais se passa
por mim, um dia a menos que caça
em um breve futuro, minha alma escassa
quando é que tu virá, ó donzela vestindo preto?
E lá nas profundezas de cada vazio
uma nova grande luz então se acende
Pensamentos gelados, a mente com frio
Abre-se o ser ao seu novo consciente
Onde o lado direito seria mais feliz
e o lado esquerdo tornaria-se então eloquente
Perdoa-se para todos, porém,
de seus neurônios tão hostis
O medo de calafrios é grande
Que até a mais linda flor-de-lis
Percebe que se arrepende
Quando aquilo que nunca diz
É o que mais torna-lhe infeliz
Eis o corpo - adoecendo de seu proprio Eu
Escuridão, relogio parando; tudo o que sofreu
É digerido pelo verme [quando morreu]
Vomita toda a podridao, mágoa e todo o ser que há pouco comeu
Resta o que, entao?
A nao ser as efemeras lagrimas ali derramadas
As lembranças jamais lembradas
Somente a auto-decepçao
Por nao ter cuidado, amado ou falado
Por ter afugentado-se de qualquer emoção
E o verme segue seu belo rumo
Em busca da nova morte, em busca do novo túmulo
Do novo sofredor que passou para o meu mundo
Outra especie amargurada de tudo
E a Tu que ficou morrendo pelas almas
que nunca iriam se acalmar:
-Uma de nós, inquieta, te salvas
daquela chama que não iria se apagar
daquela vez que Tu irá se lembrar
que quem você acha que ama
não iria mais amar
No mais frio espaço existente
uma alcateia tenta correr
liderados por todos os lobos
Fazem o Ser então sobreviver:
- Aquele que mais a frente está
Traça um caminho abstrato
Em que o Ser pra algum lugar irá
Traça as lembraças de um retrato
Que o Ser para sempre lembrará
Quando naquele dia estavam os dois
Os dois sob a luz de um nublado luar
Achando que para sempre iria durar
O amor que ninguém jamais quis amar.
- Já o que estava mais pra trás
uma infeliz notícia tinha pra dizer
Que o caminho à frente se ofuscará
A alcateia vai dar a meia-volta, volver
Ou o Ser então, gravemente se machucará
Com a imagem daquela pessoa, aquela mesma
que com ele estava ao luar
Que encontrou um novo amor,
que encontrou alguém para amar.
- Dois lobos irmãos são os que tomam o meio
Sentem o Ser tocar, sentem o Ser morrer
Sentem o que é o amar
que o Ser nunca conseguiu ter
Porém, no vazio do frio ninguém brinca
Abaixo do zero, uma estaca em seu peito finca
Os irmãos sentem a dor
Os irmãos sentem o pavor
E eles também sentem a angústia
Quando a morte exala o seu odor
- E por fim, existem aqueles
aqueles que que beiram as laterais
Cada som do bárbaro frio que chega neles
Para o Ser, tornam-se fatais
A lástima de cada um de seus pais
Tempos que já não são normais
As luzes que já não brilham mais
Relações que já ficaram banais
Nenhuma delas essenciais
Para o Ser, tornaram-se fatais.
A alcateia então percorre
sua jornada centenária
Assim então o Ser morre
Essa jornada foi um porre
E os lobos são de uma mente imaginária
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