Poema 18 anos
Você é a minha melodia
Há tantos anos
Nada fez mudar.
Talvez nem mesmo eu aceite
Não posso mais me machucar.
A DIFERENÇA ENTRE SABER E SER
Um neurotípico pode estudar cinco anos de psicologia, buscando no título o que lhe falta em empatia.
Mas jamais verá o mundo com a lente de quem sente, de um neurodivergente, que pensa diferente.
O que pra uns é teoria e repetição,
pra nós é instinto, é pura sobrevivência em ação.
Enquanto uns decoram o que é ser humano, nós vivemos o peso e o mistério do engano.
Sentimos o outro até a exaustão, sem diploma, vaidade ou aprovação.
Porque não há curso que ensine o que dói,
nem ciência que alcance o que o silêncio constrói.
Com o passar dos anos e com a chegada dos meus 37 anos, a maturidade trouxe consigo uma compreensão mais profunda sobre minhas próprias necessidades e limites. Passei a identificar, de forma cada vez mais clara, a importância de preservar minha paz espiritual e, por esse motivo, tenho me abstido de prazeres momentâneos e superficiais. Estou em busca de conexões verdadeiras e profundas, que contribuam para a minha evolução pessoal.
Diante disso, optei por permanecer solteira até encontrar alguém cuja visão de mundo se alinhe à minha e que ressoe com a perspectiva de vida que venho construindo. Não estou em busca ativa, pois alcancei a plenitude em estar só e em apreciar minha própria companhia. Tenho escolhido não me envolver carnalmente com outras pessoas, pois acredito fielmente em valores que considero cada vez mais raros, como fidelidade, reciprocidade e integridade.
Somente me permitirei envolver novamente com alguém que desperte meu interesse de forma genuína e que respeite integralmente minha maneira de ser, agir e pensar. Almejo uma relação com alguém disposto a assumir-me e a assumir, de maneira consciente, todas as responsabilidades afetivas que esse compromisso exige. Portanto, só me envolverei novamente com alguém que deseje, comigo, construir uma família.
Desabafo de uma poetisa
Lembro de começar a gostar de fazer redação aos 10 anos, na 5ª série (foi no Colégio CESAM, não lembro o nome do professor), e as poesias começaram aos 12 anos, sob a orientação do saudoso Prof. Waldemir Vasconcelos, na Escola Pedro Álvares Cabral.
Impressionante como criar aqueles textos me fascinava, foi quando comecei o meu "Caderno de pensamentos", coisa de adolescente da minha geração.
Andava muito de ônibus e na janela pensava, pensava, e depois escrevia, escrevia...
Aos 14 produzi um pequeno romance (nunca publicado). Depois fui ampliando meus textos até lançar meu livro de poesias em 2008 e um livro de história infantil em 2012.
De lá pra cá não parei mais, estou sempre brincando com as palavras. Escrever poesia para mim é meditação e entretenimento.
Agora sim quero falar do motivo do meu desabafo...
Quando começo a escrever uma poesia, faço vários rascunhos, procuro sinônimos e antônimos, rimas, palavras poéticas, entre tantas outras coisas que são necessárias.
Depois que o texto fica pronto, faço uma busca na Internet para analisar o material e não correr o risco de plagiar alguém.
Eu jamais, absolutamente, jamais utilizei a inteligência artificial para criar meus textos ou fazer revisão. Recuso-me a fazer isso.
Então, um belo dia eu fiz dois testes:
Levei um de meus textos para o detector de plágio e confirmei 0%, mas quando coloquei no detector de IA constou 95%.
Como assim?
Quer dizer que a IA se apropriou do meu texto? É sério? Isso desacredita as minhas produções. Absurdo!!!
Por isso deixo aqui o meu recado para quem gosta de escrever: Atenção! Precisamos tomar cuidado com as nossas produções! Nunca devemos deixar que tomem posse delas!
Fazem 8 anos que você me deixou
Que você decidiu que era melhor pra você, me deixar para trás
Que você não me queria mais na sua vida
E mesmo depois de tanto tempo
Eu ainda penso em você, ainda sinto a sua falta
Eu ainda sinto falta do que nos vivemos juntos
O que isso diz sobre mim
Eu sei, que sou uma idiota que ainda sente falta do relacionamento tóxico que nos vivemos
Você me fazia mal, você me fazia sentir um lixo
E mesmo assim, eu te amava tanto
Talvez ainda ame você, porquê não consigo esquecê-lo
Não consigo deixá-lo para trás
Sinceramente, espero que você seja feliz
Porque, o que andiantou me deixar e ser infeliz
Ser incompleto
Eu não sou feliz, sou conformada com a minha própria realidade
Espero amar alguém no futuro, espero ser feliz de novo
Espero ser capaz de te esquecer
Espero ser capaz de te perdoar
Porque cara, você me magoou
Você estraçalhou a minha alma
Você me deixou definhando, esperando pra morrer
E a minha morte não chegou, eu havia desistido da vida
Porquê sem você, nada valia a pena
E fui obrigada a continuar sem você
Não tem sido fácil, seguir em frente
Mas, um dia serei capaz de te deixar no passado
Porquê infelizmente nossa história chegou ao fim
E me dói tanto, o Nunca mais
Isso me mata, nunca mais te ver
Nunca mais ouvir a sua voz
Nunca mais olhar nesses seus lindos olhos azuis
Nunca mais sentir o calor do seu abraço
Nunca mais te beijar
Nunca mais ser sua
Espero um dia ser capaz de entender porquê tinha que acabar
25 de Outubro de 2025
Quando a verdade encontra caminho
Talvez você pense que tudo isso já dure meses… talvez até anos.
Mas escuta com atenção: uma hora vai acabar.
Tudo o que parece imutável hoje, amanhã será lembrança ou lição.
Se eu fosse você, diria agora: chega.
Dar um basta não é fraqueza; é coragem.
É olhar para o espelho antes que ele se torne estranho,
antes que o reflexo do que você foi se perca em sombras que você mesmo criou.
Há forças que não se veem, acontecimentos que dançam no invisível,
realidades que insistem em se mostrar.
A verdade é paciente, escorre pelas frestas,
como água que busca a luz, como luz que atravessa a escuridão mais densa.
Não há escapatória: quando ela se revela, é clara, crua, inadiável.
O tempo é impermanente; tudo passa.
A vida exige que despertemos, que vigiemos, que olhemos para dentro.
Ignorar o que pulsa no mundo e dentro de nós
é permitir que a vida se dissipe sem ser vivida plenamente.
Você é a única ponte entre o que é e o que pode ser.
As escolhas não esperam; a consciência não se adia.
O instante chega silencioso, mas poderoso.
E quando chegar, nada restará além de você
e da verdade que você ousou enfrentar.
Não fuja, não adie.
Não espere que o tempo feche as portas ou que o espelho mude sua face irreconhecível.
Desperte agora. Respire, veja, sinta.
Seja luz no próprio caminho, mesmo quando tudo parece escuro.
Porque, no final, só restará você…
e sua consciência, nua e inteira, frente à própria vida.
O hipócrita se diz um grande defensor da família, mas passa anos sem visitar a própria mãe.
Benê Morais
Há 1 ou 2 anos, li um livro que citava o grande Sêneca, dizendo algo mais ou menos assim: “Quer conhecer um povo? Veja o tipo de música que ele escuta.” Concordo, mas na época dele não se tinha o conhecimento de que a vibração acústica deve estar alinhada com a vibração do cérebro para que possamos nos sentir bem ou tristes. É o efeito das notas musicais.
Acredito que sou eclético no quesito musical; ouço de tudo um pouco, só não consigo ouvir sertanejo universitário.
Em nosso país, há uns 60 anos ou mais, já existia uma crítica a esse grupo por defender a elite agrária. Entretanto, o sertanejo raiz tinha composição e melodia; o universitário, para mim, é uma “mistura de lixo com estrume”. E, nesse ponto, Sêneca acertou.
Sou do RAP. Para muitos, é um gênero de criminosos. Sim, muitos artistas falavam de suas vidas, mas, se você sintetizar as letras, perceberá que eles não fazem apologia ao crime — eles nos mandam sair dele, porque é cilada.
A música fala de seu povo; os intelectuais dos primórdios já sabiam disso. Só que, naquela época, não se entendia a relação entre as vibrações sonoras e o cérebro, que podem nos deixar felizes, tristes ou eufóricos. Essas notas nos fazem sentir emoções que, sem elas, não teríamos.
Hoje, eu, depois de tantos anos, vi a mulata da minha vida.
Ela já não tinha mais aquela aparência da nossa adolescência.
Tinha se tornado uma mulher madura.
Estava tão bela, que nem uma deusa chegava aos seus pés.
Ela estava ajudando os necessitados.
Continuava com a sua bondade e gentileza.
Em algum momento, ela olhou direito pra mim.
Porém, imagino que já havia me esquecido.
Mas eu estava muito diferente.
Pois ela mudou para melhor.
Eu fiquei pior.
Não só de aparência, mas também de alma.
Mas senti que ela olhou dentro de mim.
Como se visse minha alma.
Ali, eu desabei.
Chorei como uma criança.
Ela estava vindo até mim.
Porém, eu fugi.
De medo e vergonha.
Quando cheguei em casa,
eu lembrei de nossa época da escola.
Ao longo dos anos, trabalhando com mulheres, percebo um padrão que sempre me chama atenção: muitas, após 10, 15 anos de relacionamento, acabam engavetando seus sonhos. Param de estudar, deixam de se cuidar, abrem mão de hobbies e daquilo que as fazia vibrar.E, curiosamente, quando essas relações chegam ao fim, elas retomam tudo aquilo que nunca deveriam ter deixado para trás.
É claro, eu sei: esposo, filhos, casa, rotina, tudo isso exige tempo e dedicação. Mas é justamente por isso que eu sempre oriento, divida as tarefas dentro de casa, não abra mão dos seus estudos, do seu autocuidado e daquilo que você ama fazer. Amar sua família é essencial, mas amar a si mesma vem em primeiro lugar. Porque quando você se ama, está também cuidando dos seus.
Uma mulher feliz é capaz de irradiar felicidade para toda a sua família.
“Aprendi a falar pouco — só o necessário.
Com o passar dos anos, aprendi a ouvir mais, a acertar mais,
porque já não tenho tempo para erros.”
— Wander Von Müller
EU:..
Será que finalmente,
me darei por liberta,
ah! quantos anos
vão, voam.
Minha primavera,
cheia de flores,
em aromas dócil
siguirei.....
Que será?... oiço o silêncio!
Penso...será?
acreditarei,
quando chegar...
a terra almejada.
Sentirás meu colo,
te darei o ninar,
tocarei as estrelas
sentindo o respirar.
Resta a simples forma,
olhar em seu olhar,
onde o poeta revela
no brilho oculto.
___A luz!
__Sem soberania,
as poesias que brotam
paz___ que vem d´alma!
04.06.218
Aos 15 anos achamos que nossas descobertas representam a única verdade possível.
Aos 30, acreditamos que as nossas sínteses - científica e historicamente fundamentadas - refletem a realidade inequívoca de todas as teses e antíteses que nos legaram.
Aos 50 começamos a descobrir o quanto nossas "verdades consolidadas" possuem de fragilidade em seus alicerces.
Aos 80 descobrimos o quanto estivemos enganados sobre tantas "verdades irrefutáveis", mas agora já é muito tarde para transformar tal constatação em algo útil em nossas vidas.
Com a sexta década começando a me pesar nas costas,
o slogan que elegi para mim nos últimos anos é o seguinte:
"Acredite em quem está sempre buscando a verdade; duvide de quem a encontre!".
Segunda idade
Se a terceira idade começa aos 60 anos, então podemos afirmar que a primeira idade vai de 0 a 29 e a segunda idade vai de 30 a 59.
É importante lembrar que é na segunda idade que o nosso corpo começa a sentir todas as dores do mundo (risos), mas a gente sempre dá um jeito de se divertir.
Amigos da segunda idade, ‘tamo’ junto!!!
Por favor, tempo,
não mudes —
nem queiras conhecer meus pecados vergonhosos.
Até os anos escaparam da minha estrada,
desviando da arrogância
que assombrou minha juventude.
Por misericórdia, compaixão ou piedade,
as dores vividas corroem meus dias,
em um caos amaldiçoado.
Cada instante é tortura sem fim,
sem limites,
no corpo insano,
esquecido pelo tempo
que não esperou por mim.
"A ausência dela feriu. A ausência dele, anos depois, curou."
— F.Fidelis - Psicanalista, Filósofo entusiasta e observador das relações humanas
ANOS 80
Era fraco e franzino
Menino de rua descobrindo sentimentos
Anos oitenta era assim:
Liberdade no peito
Meio sem jeito ele abraçara a esperança
Bonança em meio às tempestades
E os dias vieram melhores
Saltitante como as flores
Espalhando saudades...
