Platao - Apologia de Socrates
"Inocente útil"
Inexiste outro adjetivo para classificar
Embora descaracterizando-se da essência original
do conceito inicial à inocência útil enxergar.
Aqui não se erguem bandeiras político-partidárias
que se pudessem explicar
aqui, talvez, somente a política relação
por parte dos oportunistas de plantão!
Oportunistas são seres de visão!
Veem num relacionamento necessário a fonte de informação
Buscam impactos por influências
Que lhes abram portas à continuada formação
e que os ingênuos favoreçam à sua produção.
Tão inocente: não se viu manipular
Por caridade, facilitou aos astutos “necessitados”
Fantasiou e iludiu-se:
as relações fluidas eram de pureza aos “interessados”.
Através da relação de interesse
foi sugada a malícia racional
capaz de acreditar na perversidade humana
porque na estrutura de pureza,
via-se somente o estereótipo angelical.
Por meio da sua integridade
não enxergou a malícia humana e o
poderoso envolvimento cruel
dos atentos em beneficiarem-se com toda gama.
Ingenuamente, compartilhou conhecimento
espontaneamente, acreditou na construção de relações sólidas
inocentemente, dividiu seu material e trabalhou para “amigos”.
“Amigos” que sentavam ao seu lado
desde a caronista fingidora de emoções,
aos artistas do teatro da vida!
Os ingênuos são aproveitados nas fases em podem ser úteis
e os astutos deleitam-se do melhor que os puder usar.
Os lobos, abastecidos de seus ardis,
sondam terrenos férteis de ignorância sobre a maldade humana.
Raposas fingem-se dóceis e amigáveis para conhecer suas fragilidades.
Caroneiros da boa fé, inclusive.
Astutos que utilizam da parábola cristã e fazem-se de cordeiros.
São hipócritas e dizem o que não praticam.
São sociopatas e investem em vestes para representar.
Utilizam-se do discurso divino para promoção da confiança .
E brincam “eu tenho cara de ser gente boa mas sou uma pessoa má”.
Lobos covardes, medíocres e aproveitadores
sabotam-se em suas falsas convicções.
Golpeam injustamente os que estenderam a mão:
Os prestativos, porem inservíveis, já não têm mais espaço.
O diário cruel da caserna em que opressores se oprimem
porque se “a farinha é pouca, meu pirão primeiro”.
Inexiste camaradagem.
Mentira! Cada um por si e salve-se da próxima escala de serviço ou missão.
E assim vida verde-oliva segue
processa novos contextos e necessidades.
Pelo instinto de sobrevivência na caserna
“ex-caronista descobre outras relações de necessidade útil,
desprezando quem se tornou inútil
desde que deixou a farda verde-oliva”:
frustado depoimento da ingenuidade iludida.
Experientes no processo de tirar proveito,
rompem com as relação de utilidade,
são malditos ferem inocentes.
Ferimento de mágoa, dor, ressentimento transformados em
reconhecimento da exploração emocional:
a inocência útil começa a processar rancor.
Porque insignificante torna-se tudo o que pensa-se de bom ter construído.
Disfarçados do discurso hipócrita da bondade em nome de Deus
escandalizam a pureza do amor divino real.
A sua religiosidade suja e profana do egoísmo e do individualismo.
Desfarçam-se por meio do mandamento cristão de amor ao próximo.
Farsantes!
O próximo são seus próprios ‘eus’
usurpadores de mentes e corações
dedicados à concretização do único amor importante:
autoamor.
Amor próprio, egocêntrico e capaz de convencer o inocente útil
Usá-lo, envolvê-lo, conquistá-lo e, descartá-lo.
É justo que sejam sempre bonificados?
Pensando no sentido da formação para a vida
Cada um que escolhe teu caminho e utiliza seus dons...
Poderia ser indiferente e desejar-lhes só o bem ... mas
neste momento manifesto minha necessidade de evolução espiritual:
que os lobos recomecem e sejam surpreendidos
que lhes seja permitido recomeçar novos ciclos
que estes novos ciclos reproduzam a ojeriza que nutro
que este nojo multiplique-se e solidifique-se
que suas máscaras caiam
que possam envelhecer essencialmente solitários
que sejam cercados por nova geração de lobos que lhes seque
que suas almas (caso as tenham) sejam de lamento por seus vazios
que vejam a força que fizeram nascer aos inocentes úteis
que matem-se na alcateia
que morram-se.
Poema publicado no livro: "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias"
"Como e por que me tornei professora?"
COMO ?
Estava nos primeiros passos ...
brincadeiras com sucatas!
com suas cores e formas ...
desconsertavam e voltavam ao compasso!
objetos que construía,
que só pra mim sentido faria.
Com outra percepção se deu
quando as letras eram desenhos
que surpresa:
os coloridos representavam sons.
Nas mãos da mamãe as figuras brincavam:
cortava, colava e dava outros tons.
Chamou-as de sílabas
e brincávamos de rir.
Vi que sozinhas,
as vogais tristonhas
com essas tais consonantes
precisavam interagir.
E sobre o papel sem cor
a mãe me provocaria
e eu coloria, a sorrir.
Certo dia papai chegou
e um grande presente na parede fixou.
De tão verde parecia a mata
Com seus bastões coloridos
que no quadro verde podia tingir.
De tão alto me obrigava
nas pontas dos pés ficar
e de joelhos eu descia
para desde sua base
as minhas letras começar a desenhar.
Crianças chegavam de lá e de cá.
Vizinhos e primos queriam brincar.
Os colocava sentados no chão
e ali começava a brincar de ensinar.
E assim foi...
pela descoberta das letras com a mãe colorindo,
montando e desmontando pra ler
por meio do pai a brincadeira completava
quando as crianças amontoavam
e dali eu dizia que ensinava a escrever.
POR QUÊ ?
Na escola aprendia
conversando com a “tia”
que a todo tempo me chamava
porque parada eu não ficava.
Seu tom de voz, medo não causava
porque tia Heralda, tranquila sempre estava.
Me pedia para ajudar na sala
e no recreio eu podia ter minha fala.
Assim descobria uma nova ação
entre professor-aluno uma relação.
De origem não genética
mas de natureza dialética.
Então pude conhecer
que “todo professor é sempre aluno
e todo aluno, professor, pode ser” 68
Estas palavras do Seu Antonio
que em suas cartas eu pude ler
para me preparar e entender
sobre as inquietações deste universo do saber.
Assim com Gramsci um pouco mais entendi
por que docente eu me vi
e tão logo o coração aquiesci.
Poema publicado no livro "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias."
Os multiletramentos direcionaram à multiplicidade cultural de diferentes públicos e multiplicidade de significações, com reflexos dos seus diferentes signos linguísticos, objetos e interpretações.
Extraído do livro: "Fábulas para se ler além da escola", Editora Schreiben
A prática da leitura e da produção textual refletem na cultura e na linguagem, contribuindo à formação humana na perspectiva integral em que os sujeitos aprendem a construir formas de pensar, além de articulações linguísticas capazes de recriarem novas condições sociais.
Extrato do livro: "Fábulas para se ler além da escola", Editora Schreiben
O cravo brigou com a rosa, levou tapa e fez careta,
Disse: “Nunca mais te falo!”, saiu com muita treta.
Mas no baile da alegria, veja só que confusão:
Tavam juntos, lado a lado, dançando de mão na mão.
Paráfrase em cordel da canção popular “O cravo brigou com a rosa” publicada em "Cordel de primeira viagem: estudantes em sua estreia literária pelo sertão encantado da cultura nordestina"
Dos amores e desamores que me visitaram
O primeiro — não foi bem-amado, mas necessário.
No segundo, tropecei às escuras, e ali me perdi.
O terceiro? Fagulha e incêndio. Do prazer ao desprazer, uma dança entre brasas.
O quarto, suor e paredes. Instinto sem enredo.
O quinto, breve ilusão com perfume de engano.
Do sexto, um pacto: conveniência, desejo e sedução mascarada.
O sétimo... ah, o sétimo. Teus olhos, a chave. Teus cabelos ao vento, tuas mãos — santo ofício do infinito.
O oitavo, desértico. Sem sal, sem açúcar. Um barco à deriva, explorado sem destino.
No nono, alquimia e êxtase. Fórmulas soltas no ar, afagos que me dissolviam no teu luminar astral. Ali, fui inteira.
O décimo, a queda. A conquista amarga, tua alma em desalinho — própria ao caos, imprópria à divindade.
Então veio ele — o que nunca se fez número, mas foi tempestade. Breve e explosivo, intempestivo e tempestivo. Nunca me esqueceste, pois era o que procuravas: tua chave do bem e do mal, tua colheita. O indígena dos teus olhos foi a única coisa que me fascinava. E mesmo não sendo eterno, foste ritual.
O décimo primeiro, aventuras secas. Mas vieram as águas. Yemanjá, tua onda me trouxe até aqui.
O décimo segundo? Distante, mas pontual — como um cometa.
E o décimo terceiro... será que virá? Teus olhos azuis e pequeninos me encantam. Mas há loucura nisso. E sei — és proibido para mim.
Cada dia que começa é uma nova oportunidade nascendo para nos tornarmos melhores.
Melhores pensamentos, escolhas e ações.
Amigo de verdade a gente reconhece quando alguém não precisa mais da gente mas, mesmo assim, de alguma forma se faz presente.
Coisar uma coisa inexistente é mais interessante que coisá-la. Coisou?
Um dos verbos mais interessantes e produtivos na nossa língua é o “Coisar”. Não é só uma linguagem popular, mas uma expressão rica da cultura e evolução do Português brasileiro.
Não se corrige a Norma Culta de um poeta.
Só se contextualiza seu momento.
Critique.
Agrade-se ou não.
Um profissional que busca formação e capacitação contínua está mais preparado para oportunidades e é mais competitivo. Da mesma forma, como principal ferramenta de capacitação, sem a educação (no sentido de formação e qualificação) é impossível que uma nação se desenvolva, se mantenha e seja competitiva.
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