Platao - Apologia de Socrates
Hei de seguir eternamente a estrada
Que há tanto tempo venho já seguindo
Sem me importar com a noite que vem vindo
Como uma pavorosa alma penada.
Sem fé na redenção, sem crença em nada
Fugitivo que a dor vem perseguindo
Busco eu também a paz onde, sorrindo
Será também minha alma uma alvorada.
Onde é ela? Talvez nem mesmo exista…
Ninguém sabe onde fica… Certo, dista
Muitas e muitas léguas de caminho…
Não importa. O que importa é ir em fora
Pela ilusão de procurar a aurora
Sofrendo a dor de caminhar sozinho.
Uma vez compreendido que, se a filosofia de Platão (e portanto também forçosamente as de Sócrates e Aristóteles) é essencialmente EDUCAÇÃO, e educação da consciência, fica aí esclarecido, sem margem para dúvidas, qual deve ser o papel da filosofia no conjunto da vida social e política: é o mesmo papel que cabe a todo e qualquer trabalho educacional. Não cabe ao educador premoldar o futuro de seus estudantes, mas apenas ajudá-los a encontrar e realizar o seu próprio destino. Por essa mesma razão não lhe cabe reformar a sociedade, mas apenas preparar as novas gerações para que, em caso de necessidade, e se isto corresponder às suas vocações pessoais, possam reformá-la como bem o entendam, inspirando-se indiretamente nos valores aprendidos do filósofo mas sem se prender a alguma fórmula que ele, aliás, jamais deve lhes transmitir. A intervenção da filosofia na política só se revela frutífera quando é indireta, sutil e de longo prazo.
Uma reflexão é sábia não é só porque veio de Sócrates, Aristóteles, Platão, Einstein, Hawking ou qualquer outro grande e livre pensador, ela é sábia quando se mantém atual resistindo a marcha do tempo com suas novas descobertas.
"Diálogo das escolas filosóficas e seus ilustres representantes:
Megárica: Sócrates, Platão e Aristóteles. Epicurismo: Epicuro de Samos e Diógenes de Enoanda; Estoicismo:Sêneca, Epiteto e Marco Aurélio; Racionalismo: Emanuel Kant e René Descartes
Sócrates: Meus caros colegas, que alegria é compartilhar este espaço de reflexão filosófica convosco. Iniciemos nosso diálogo com uma questão fundamental: a busca pela verdade. Platão, fale-nos sobre essas formas ideais que tanto menciona.
Platão: Sócrates, meu caro, as formas ideais são a essência de tudo o que conhecemos. Aquilo que vemos no mundo físico é apenas uma sombra imperfeita das verdadeiras realidades. A caverna de sombras não passa de ilusão!
Aristóteles: (Coçando a cabeça) Platão, Platão, sempre com essas formas ideais. Prefiro estudar o mundo real, o aqui e agora. Mas e você, Sócrates, qual é sua opinião sobre tudo isso?
Sócrates: Aristóteles, meu amigo, penso que a verdade está no conhecimento de si mesmo. A vida é uma jornada de autodescoberta, e somente ao conhecermos nossas próprias limitações podemos buscar a virtude.
Epicuro: (Aparecendo com um sorriso) Autoconhecimento, Sócrates? Eu prefiro a busca pelo prazer e a ausência de dor. Epicurismo, meus amigos, isso sim é viver bem!
Diógenes: (Rindo) Prazer? Eu prefiro viver como um cão, sem luxos, sem complicações. O prazer está nas coisas simples da vida!
Sêneca: (Com um olhar sério) Diógenes, a verdadeira riqueza está na virtude. Devemos viver de acordo com a natureza e sermos impassíveis diante das adversidades.
Epiteto: Concordo, Sêneca. Devemos aceitar o que não podemos mudar e focar no que podemos controlar. Afinal, a paz interior é o verdadeiro tesouro.
Marco Aurélio: (Refletindo) Sim, devemos viver de acordo com a natureza, aceitando nosso destino. A vida é curta, e devemos aproveitar cada momento.
Descartes: (Entrando com um ar pensativo) Mas como podemos ter certeza do que é real? A dúvida é a base do conhecimento verdadeiro. "Cogito, ergo sum."
Kant: Descartes, a dúvida é válida, mas a razão pura é o caminho para a certeza. Devemos examinar as categorias mentais que moldam nossa experiência.
Sócrates: (Sorrindo) Meus amigos, cada um de nós tem uma abordagem única para a busca da verdade e da felicidade. No final, o importante é questionar e aprender uns com os outros. Concordam?
Todos: Concordamos!
(O diálogo continua, mesclando reflexões profundas com momentos descontraídos, mostrando que mesmo os maiores pensadores podem apreciar a diversidade de ideias e a riqueza das discussõesfilosóficas.)"
Sócrates, Platão, Aristóteles refutam Antônio Gramsci
Cena: Em um bar no Rio de Janeiro, onde estão Sócrates, Platão, Aristóteles e Antônio Gramsci. Os três primeiros tomam seus vinhos enquanto Gramsci, com um livro volumoso em mãos, tenta explicar seu conceito de “hegemonia cultural.”
Sócrates: Ah, Gramsci! Vejo que trouxe o seu "livrão"… Deve ter muita “hegemonia” dentro, não? Conte-nos: essa “hegemonia” é como uma toga que podemos vestir, ou é algo que só existe no reino das ideias?
Gramsci: (orgulhoso) É algo mais sutil, Sócrates! A hegemonia cultural é o modo como uma classe impõe seus valores e visões sobre outra, dominando a cultura e a consciência da sociedade.
Platão: (rindo) Então você está dizendo que há uma caverna de sombras culturais? E que somos todos reféns dessas sombras… mas, me diga, Gramsci, onde está o “Sol” nesse seu conceito?
Gramsci: (nervoso) Não é exatamente uma caverna, Platão. A hegemonia age no cotidiano, é quase invisível. São os valores que absorvemos sem perceber.
Aristóteles: Ah, então a hegemonia é uma força invisível? Fascinante! Algo entre o vento e uma boa conversa de taverna? E, claro, somos controlados por ela… como, exatamente?
Gramsci: Aristóteles, a hegemonia está em cada ideia, em cada ato da vida cotidiana. É a cultura das classes dominantes moldando o comportamento das outras classes.
Sócrates: (sorrindo) Então, Gramsci, você sugere que, por exemplo, ao pedir um copo de vinho, estou sendo manipulado por alguma força superior que controla meu desejo? Quem sabe... o próprio dono da taverna?
Gramsci: Não exatamente, Sócrates. Mas o modo como o vinho é servido, o que é visto como "normal"… tudo isso é parte de uma hegemonia cultural que reflete os interesses das classes dominantes!
Platão: Ah, então a verdade sobre o vinho está escondida atrás de uma "cultura dominante"? Mas me diga, Gramsci, esse “dominador” é um homem de carne e osso ou uma ideia abstrata? Afinal, somos filósofos! Não vamos lutar contra um “inimigo invisível,” correto?
Aristóteles: E me diga, se houver um dominador, seria então nossa missão nos rebelarmos contra ele? Ou apenas reconhecer que somos eternos reféns? Que plano você tem para lidar com esse “inimigo invisível”?
Gramsci: O objetivo é conscientizar o povo! Uma “revolução cultural,” digamos, onde cada um pode quebrar as correntes da hegemonia!
Sócrates: (rindo) Ah, mais uma “revolução”! Quantas vezes já ouvi isso! Mas diga-me, Gramsci, quem vai guiar essa revolução? Você mesmo? Uma nova classe de “iluminados”? E por que não seria você mesmo o novo “dominador” após a “libertação”?
Gramsci: (suspirando) Minha intenção é construir uma sociedade onde todos tenham voz. Eu jamais dominaria!
Platão: Interessante! Mas me pergunto, Gramsci… como pretende garantir que todos falem com a mesma “voz”? Se um homem prefere o vinho e outro a água, quem decide o que será servido?
Gramsci: (irritado) Vocês estão caricaturando! A hegemonia cultural é mais complexa do que isso! É uma imposição que atinge as classes oprimidas!
Aristóteles: Ah, e desde quando o “povo” precisa de uma filosofia tão complicada para perceber que algo está errado? Se precisam de um tratado para entender a opressão, talvez ela não seja tão forte assim…
Gramsci: (hesitante) Eu… estou apenas tentando combater uma dominação sutil, mas poderosa…
Sócrates: Gramsci, meu caro, às vezes o combate à “dominação” só cria novos dominadores. Talvez sua filosofia seja apenas uma volta ao mesmo ponto, mas com palavras bonitas.
Platão: Quem sabe, Gramsci, no fundo você mesmo esteja na “caverna,” vendo sombras e chamando-as de “hegemonia.” Talvez a realidade seja muito mais simples do que imagina.
Aristóteles: Admita, Gramsci: sua filosofia é como tentar amarrar o vento. Pode ter valor para sua época, mas está tão cheia de voltas e conceitos que, no final, só torna as coisas mais confusas. Você mesmo não está cansado de lutar com essas sombras?
Gramsci: (abaixando a cabeça) Talvez… talvez eu tenha complicado demais. Talvez haja um caminho mais direto para a justiça social…
Sócrates: (sorrindo) Ah, Gramsci! Não se preocupe, todo filósofo já passou por isso. Às vezes, precisamos simplificar. Quem sabe um bom copo de vinho te faça ver as coisas mais claramente.
Cena: Todos brindam e, por um momento, Gramsci admite que sua filosofia tenha mais de sombradoquedeluz.
É que aqueles que criticam a injustiça não a criticam por recearem praticá-la, mas por temerem sofrê-la.
A maioria das pessoas é mais ou menos escrava de algo, escrava da hereditariedade, do meio ambiente, das opiniões alheias, dos costumes e das ideais daqueles que pensam por ela; analisado em um nível ainda mais profundo, muitos são escravas das emoções, das sensações, do prazer, e até escravas de si mesmo. Os escravos gostam de afirmações depreciativas diante do conhecimento, vezes sem fim com aquele ar de superioridade de deuses do Olimpo (looking down on) afirmam: — "sou livre e só faço o que me apraz e o que bem entendo". Bem, analisando mais profundamente essa questão, não somos livre em quase nada, nossa margem de manobra é bem finita, alguns não conseguem explicar o que faz elas terem certas preferências, ou o que faz elas quererem isto ou aquilo.
Na verdade transformam seus desejos no querer e um certo grau de liberdade está no querer pelo simples querer e não a busca incansável pelo prazer.
Entendem a diferença?
Chrīs Nunes
- Sócrates, Platão, Zeno e Epicuro, refletiram sobre a filosofia moral e formularam todos os seus códigos de ética. Contudo não conseguiram reformar a sociedade nem tornar o homem menos egoísta. (dpb)
Platão, Sócrates e tantos outros só são eles por que nasceram primeiro, mas qualquer época produz ótimos pensadores.
Não invejo Sócrates, Platão, Homero ou qualquer outro, tambem sei pensar e hoje me é possível pensar em coisas que pra eles foi inimaginável e por assim ser, penso o inimaginável e o inaceitável.
*Valores filosóficos*:
Autoconhecimento (Sócrates)🤯
Virtude (Platão)🤗
Viver o presente (Heráclito)😂
Equilíbrio (Aristóteles)😬
Sabedoria (Pitágoras)🧐
Paciência (Epicuro)😴
Amar(Jesus Cristo)🙏
Compreensão( Abioye)😁
Já li Platão e todos os diálogos de Sócrates, mas ainda hoje não entendo para que serve a política!
Sócrates e Platão contemporâneos podem estar por aí postando pensamentos e você perdendo a chance de eternizar uma selfie com eles.
Por isso, preste mais atenção ao seu feed!
Esqueçam os fundamentalistas, temos mentes muito mais avançadas que ´Sócrates, Platão, Aristóteles ou Espinoza. Talvez sejas tu mesmo, alguém maior do que os que ora enalteces. "Deixem que os mortos enterrem seus mortos."
O QUE NADA MUDA
Demétrio Sena, Magé -RJ.
Não há Camões nem Platão;
nem Freire; Sócrates; Freud;
divindade, androide, pessoa;
o próprio Fernando em Pessoa...
Descarto mesmo Descartes,
Demócrito, Madre Tereza,
qualquer certeza pensada
em letras, artes e credos...
Salomão São Chico, Neruda,
Kardec, Pitágoras, Buda,
nem Gandhi; Maria; Jesus...
Ninguém relaxa verdades,
tem drogas contra saudade
ou habeas corpus pra cruz...
💡 Mudanças reais começam com uma boa ideia — repetida com consistência.
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