Platao - Apologia de Socrates

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No caminho, as crianças me enriqueceram mais do que Sócrates. Pois minha imaginação não tem estrada. E eu não gosto mesmo de estrada. Gosto de desvio e de desver.

(em carta a José Castello, publicado no Jornal Valor Econômico, em 18 mar.2012.-website)

ESSÊNCIA SÓCRATES

Eu não era eu,
até saber quem eu sou.
Eu não tinha vida,
até saber que a sabedoria é imortal.
Eu não era nada,
até saber que sou aprendiz da vida.
Eu não sabia nada,
até saber da minha ignorância.
Minha falta de saber,
apreciou meu único conhecer.
A enigmática existência,
enricou a alegria de meu aprender.
Não saberei, sabendo de tudo;
não conhecerei se não refletir;
não sei, contudo quero pensar
E pensando eu aprendo que não sei.
Sendo apenas abundante do universo;
sendo apenas resto de ideias;
sendo apenas eu, na ignorância do mundo todo.

Só sei que nada sei e por saber que nada sei, fico sabendo mais que os outros...

"Sócrates Por Acaso"

Estas coisas sem nenhum sentido,
Estes pensamentos que me confundem,
Estes desejos que me dominam
E me levam a estes atos inconseqüentes.

Parece um tanto lúdico,
Um tanto louco,
E é claro que por tudo isso: MUITO BOM!
Se não fosse eu não estaria assim.

Difícil de descrever,
Impossível de se demonstrar,
Mas o complicado mesmo
É saber no que vai dar.

Incerto? Talvez.
Concreto? Não sei.
É como Sócrates falou:
“Só sei que nada sei!”

Eu tenho a minha opinião até eu mudar de idéia.

Minha poesia nao fala de amor, apenas de corações partidos

Relacionamento á distancia é como amor de onça e lobo no zoológico cada animal em sua jaula.

Me sinto tão velho, doído, machucado. Quase um enfermo convalescendo de verdade. Esperando o tempo passar. Esperando as paredes brancas, encardidas ficarem, e as frestas das janelas chorarem com a ventania em chuva lá fora.

Me sinto tão velho. Tão doído. Um enfermo, sentado observando o céu que se desnuda ao amanhecer. Não eu não gosto das manhãs de sol. Odeio os dias ensolarados e o cheiro de praia. Prefiro quando é noite, quando venta. Quando posso olhar mil e um janelas acesas da minha varanda ao som da voz de uma cantora frondosa num bom e velho toca discos.

Eu sou tão velho. Doído. Enfermo. Permaneço sentado, perdendo a vitalidade, o tempo e o sorriso.

Eu não existo sem você

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você

Tom Jobim e Vinicius de Moraes
Letra da música "Eu não existo sem você", composta por Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Para pensar

Existe apenas uma idade para sermos felizes, apenas uma época da vida de cada pessoa em que é possível sonhar, fazer planos e ter energia suficiente para os realizar, apesar de todas as dificuldades e todos os obstáculos. Uma só idade para nos encantarmos com a vida, para vivermos apaixonadamente e aproveitarmos tudo com toda a intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que podemos criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança, vestirmo-nos de todas as cores, experimentar todos os sabores e entregarmo-nos a todos os amores sem preconceitos nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que toda a disposição de tentar algo de novo, e de novo, quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na nossa vida chama-se presente e tem a duração do instante que passa.

Letícia Lanz (Geraldo Eustáquio de Souza)

Nota: Erradamente atribuído a Mário Quintana, trata-se de uma versão adaptada do poema "A idade de ser feliz" de Geraldo Eustáquio de Souza.

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Soneto a quatro mãos

Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.

Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que o cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.

Letícia Lanz (Geraldo Eustáquio de Souza)

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Cora Coralina.

Mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros.

Letícia Lanz (Geraldo Eustáquio de Souza)

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Cora Coralina.

Tristeza não tem fim. Felicidade sim.

Tom Jobim e Vinicius de Moraes

Nota: Trecho da letra da música "A Felicidade"

Onde há vida, há esperança.

O amor perfeito, seria a junção da definição de Platão com a de Aristóteles.
Ame quando lhe faz falta, quando você não tem, segundo Platão.
Mas também aprenda a amar o que você tem, segundo Aristóteles.
Sinta a ausência e valorize a presença...
Isso seria amar perfeitamente, pois o próprio amor posteriormente se encarregará de amar.

Segundo Platão, originalmente, os seres humanos tinham duas faces, quatro braços, quatro pernas... e eram felizes assim, completos! Porém, desafiaram os deuses, que os puniram dividindo-os em dois. Separaram os humanos, que eram andrógenos, de suas metades. Ele diz que cada um de nós, enquanto separados, está sempre buscando a outra metade. É a natureza humana.

"É então de há tanto tempo que o amor de um pelo outro está implantado nos homens, restaurador da nossa antiga natureza, em sua tentativa de fazer um só de dois e de curar a natureza humana. Cada um de nós portanto uma téssera complementar de um homem, porque cortado com os linguados, de um só em dois; e procura cada um o seu próprio complemento" (Platão - O Banquete).

Quando as duas metades se encontram, eles se perdem mergulhados em uma explosão de amor... amizade... intimidade... Sensações tão extraordinárias, que eles não querem mais se separar, sentem a vontade de se fundirem novamente em uma só carne. É assim que se deseja quando se encontra a cara-metade, porque éramos completos... e essa busca pela totalidade se chama amor (eros).

Contudo, Platão nos adverte que só se ama o que não se tem. O objeto do amor sempre é solicitado, mas está sempre ausente. Quando julgamos alcançá-lo, escapa-nos entre os dedos. Essa nossa inquietude na origem do que se busca, o amor... amor daquilo que nos falta, pois o "que deseja, deseja aquilo de que é carente, sem o que não deseja, se não for carente" (Platão - O Banquete).

Sendo assim, porque sou carente do seu amor é que te desejo! Uma vez que não é completamente minha, serei para sempre seu! Te amo!

Se eu escrevesse você escreveria Neruda, se eu falasse ao coração falaria Platão, se eu pintasse você pintaria Frida Kahlo, se eu estivesse junto a ti, nunca mais sairia do teu lado.

Creio que o amor... essas duas classes de amor que, como te deves lembrar, Platão define no seu Banquete, constituem a pedra de toque dos homens. Uns só compreendem um destes amores; os demais, o outro. E os que só compreendem o amor não platônico, esses não têm o direito de falar de dramas. Com um amor dessa classe não pode existir nenhum drama. «Agradeço-lhe muito o prazer que me proporcionou, e adeus.» Nisso consiste todo o drama. E no que diz respeito ao amor platônico, também esse não pode produzir dramas, porque nele tudo é puro e diáfano.
(Anna Karenina)

Eu li muitas coisas bonitas em Platão e Cícero, mas nunca esta: vinde a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados.