Pessoas Sérias
Endureci um pouco, desacreditei muito das coisas, sobretudo das pessoas e suas boas intenções. Dar um rolé em cima disso não vai ser nada fácil.
Não adianta, no momento que as pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra.
Ninguém tem a obrigação de saber o que a gente pensa. O que as pessoas devem é respeitar o que pensamos, isso sim. E entenda: ninguém vai pensar como você porque ninguém sente como você. Não queira colocar uma fita métrica imaginária no coração do outro e medir vamos-ver-quem-ama-mais. O amor não tem medidas, números, não cabe na balança. Cada um tem seu jeito, sua forma, sua personalidade. A gente tem que aceitar. Não só o outro, mas a gente mesmo. E viver.
Eu tenho vontade de matar as pessoas que colocam TUDO no orkut, exemplos: ‘Aiii poque você me deixou! Estou triste’; ‘Feliz porque ele me ama’; ‘Eu não quero mais você’; ‘Minha mãe brigou comigo’; ‘Meu peixe morreu’… etc. Eu tenho vontade de esfregar a cara delas no chão. Tem que sofrer muito minha filha, tem que ser largada por um milhão de homens e vê se aprende que amor não se implora. Vê se aprende que se ele gosta, uma frase no orkut não significa nada. Vê se aprende que se ele não gosta, você pode escrever até o RG dele no seu orkut, ele nem vai ter a capacidade de ler. Aprende. Aprende. Aprende que dói menos.
Era uma aproximação de alma que rolava comigo, com você (...) pessoas sensíveis, que têm uma alma parecida.
A ignorância degrada as pessoas apenas quando associada à riqueza. O pobre é limitado pela sua pobreza e pela sua necessidade; as suas realizações substituem nele a instrução e ocupam os seus pensamentos. Em contrapartida, os ricos, que são ignorantes, vivem meramente para os seus prazeres e assemelham-se às bestas, como se pode ver todos os dias. Quanto a isso, acrescente-se ainda a exprobação de que a riqueza e o ócio não teriam sido desfrutados para aquilo que lhes confere o maior valor.
As outras pessoas vêm a nossa presença, os nossos gestos, a maneira pela qual as palavras se formam nos nossos lábios, mas somente nós vemos a nossa vida.
Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras e por tudo isso, ando cada vez mais só... Como um filtro, um filtro seletivo, vão ficando apenas as coisas e as pessoas que realmente contam.
Tenho visto muito bom caráter em pessoas com comportamento
tido como transgressor, polêmico ou depravado,
e muita vileza escondida por trás de quem adora mostrar-se
como pessoa de bons costumes...
As pessoas estão preocupadas demais com suas próprias vidas. Se dizem “amigas”, mas não são amigas, a gente sabe bem disso. São conhecidas, parcerias de vodka, companhias de cinema, confidentes. Mas não seriam capazes de imensos sacrifícios por você. Quer saber? Quem faz sacrifício é a sua família - e olhe lá. Quem se sacrifica mesmo é sua mãe, seu pai - e olhe lá. Tem muita mãe e muito pai que não se importam com nada. Você está sozinha, entenda. Sozinha. Não existe amigo, conhecido, homem, mulher, nada que vai te salvar. Nada te salva do grande dia. O grande dia em que você resolve passar a sua vida a limpo e entender quem você é.
"Dei pra pensar que tudo que há de mais vivo em mim foi aquilo que já se foi. As pessoas mais importantes foram as que ficaram."
Por que as pessoas se perdem? Eu sempre disse: se não for pra acrescentar alguma coisa, por favor, não bagunça a minha vida. Gosto de quem soma. E a gente somou, você somou, eu somei.
Entendeu que sonhos sem treino produzem pessoas frustradas e conformistas e, por sua vez, treino sem sonhos produz servos do sistema social, pessoas que apenas obedecem a ordens, quem não tem alvos ou metas.
Tenho meus princípios e não vou mudá-los por causa de opiniões e conceitos das pessoas. Podem julgar da maneira que quiserem, afinal tem muita gente olhando, mas sou eu quem está vivendo.
Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo, por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz… Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega de amor.
Nota: Trecho de carta para Elisa Lispector, escrita em 19 outubro de 1948.
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