Pessoas sem Cultura Falam de Coisas

O nosso amor-próprio exalta-se mais na solidão: a sociedade reprime-o pelas contradições que lhe opõe.

É mais vulgar ver um amor absoluto do que uma amizade perfeita.

Viver é o meu trabalho e a minha arte.

Não podemos deixar de ser difusos com os ignorantes, mas devemos ser concisos com os inteligentes.

Num povo ignorante a opinião pública representa a sua própria ignorância.

Um leitor inteligente descobre frequentemente nos escritos alheios perfeições outras que as que neles foram postas e percebidas pelo autor, e empresta-lhes sentidos e aspectos mais ricos.

É falso que a igualdade seja uma lei da natureza. A natureza não faz nada igual; a sua lei soberana é a subordinação e a dependência.

Hoje, setenta por cento da humanidade ainda morre de fome... e trinta por cento faz dieta.

A autoridade não se consegue sem prestígio, nem o prestígio sem distanciamento.

Ensinam-nos a viver quando a vida já passou.

O silêncio, ainda que mudo, é frequentes vezes tão venal como a palavra.

O homem mais sensível é necessariamente o menos livre e independente.

O mundo não deve ter fronteiras, mas horizontes.

Há muita gente que, assim como o eco, repete as palavras sem lhes compreender o sentido.

Nas revoluções políticas os povos ordinariamente mudam de senhores sem mudarem de condição.

Aqueles que nós definimos como os nossos dias mais belos não são mais do que um brilhante relâmpago numa noite de tempestade.

Deve-se usar da liberdade, como do vinho, com moderação e sobriedade.

Pouco dizemos quando o interesse ou a vaidade não nos faz falar.

Os soberbos são ordinariamente ingratos; consideram os benefícios como tributos que se lhes devem.

Vive mal quem só vive para si.