Pessoas sem Conteúdo
As pessoas me perguntam por que minhas frases nascem sempre cobertas de tristeza, por que falam tanto de dor. A resposta é simples e cruel. Eu sou fruto do abismo. Fui moldado nas pedras frias da cachoeira. Senti a água gelada arrastar a infância de mim, como se o tempo me afogasse antes de eu aprender a respirar. Ali, o antigo eu morreu, silencioso, afogado em medo e inocência. E o que subiu de volta pela encostar pedregosa, já não era uma criança… era um sobrevivente, meio homem, meio sombra, aprendendo a existir entre o que restou e o que se perdeu.
É uma perda de tempo esperar a aceitação integral de quem só consegue conceber a vida e as pessoas em fragmentos.
As pessoas que julgam a sua jornada com o rigor de quem nunca calçou seus sapatos são apenas ecos vazios de uma realidade que não lhes pertence, vozes sem peso no palco da sua história, e o erro fatal é dar a essas opiniões o poder de ditar o ritmo ou a direção do seu próprio barco. Feche os ouvidos para o barulho da plateia desinteressada e ajuste as velas para o rumo que só você vê, pois a aprovação dos outros é um prêmio ilusório que se desfaz ao primeiro sinal de sua autêntica vitória, e a paz que importa é aquela que você encontra quando se deita, certo de ter sido fiel à sua essência.
A maioria das pessoas se preocupa mais em parecer feliz nas redes sociais do que em construir uma alegria real e inabalável dentro de si.
É alarmante ver pessoas falando sem conversar e ouvindo sem escutar, uma multidão absorta que prefere manter o som do silêncio.
Entre milhões de pessoas no mundo, o coração de Isaque Ramon escolheu amar Miley Cyrus em silêncio e esperança.”
Eu odeio
Eu me Odeio
Odeio as pessoas
Odeio a burocracia
Odeio ter que estar no meio disso tudo
Eu Odeio meu cabelo
Odeio meu corpo
Odeio minha mente limitada
Odeio meu sapato que faz barulho quando eu piso
Eu Odeio propagandas
Odeio anúncios
Odeio que me desperte algum interesse
Odeio que me façam ver isso tudo
Eu Odeio a comida
Odeio ter que comer pra viver
Odeio os doces
E Odeio que eles sejam tão gostosos
Eu Odeio a vida
Odeio o sol
Odeio a chuva
Odeio a terra que suja minha calça
Eu odeio meu trabalho
Odeio ajudar pessoas ingratas
Odeio ter que fazer tudo isso pra ganhar dinheiro
E odeio nunca ter dinheiro pra pagar as contas
Eu odeio meu descontrole
Odeio minha irresponsabilidade
Odeio minha compulsividade
E odeio quando a vida joga isso na minha cara.
Eu Odeio tudo
Odeio todos
Odeio odiar tanto assim
E me Odeio ainda mais por isso.
A sociedade “evoluiu” para o descarte de tudo, inclusive das pessoas. A partir do momento em que não existe mais nada de bom ou de novo à oferecer, os defeitos ficam mais volumosos e a solução escolhida é o descarte. Não importa se a pessoa está passando por um tempo difícil, se existem dores por traz, se precisa ainda mais do outro. Atualmente, faz-se muito o discurso sobre empatia, mas beira a hipocrisia. Não existe mais aquela reflexão dos antigos, de olhar para o que aquela pessoa tem de bom e tentar ajudar, curar as dores, resgatar... é mais fácil usar o apontamento dos erros como uma lástima pessoais e abandonar. Dentro da tentativa de compreender o outro lado penso que a cultura do descarte vem desse novo coletivo, dos discursos radicais de tolerância reduzida, dos exemplos próximos... . Não importa se a troca traz algo muito pior, segue a moda. O aspecto negativo desta tendência está nas consequências, pois essa cultura deixa cicatrizes que resultam em superficialidade, individualismo, desapego e outros. Entre a anulação e a dedicação existe o meio termo.
Pessoas que não têm roupa de marca, mas dão valor ao que se tem, não sabem escrever, mas dizem pelas palavras.
Quando nos afastamos... de pessoas que não querem o nosso bem, nossa vida começa a caminhar... sem tantas pedras.
Tentar amar duas pessoas no mesmo sopro romântico é como tentar ouvir, ao mesmo tempo, duas melodias complexas: talvez se perceba as notas, mas a canção se desfaz.
O coração até pode se dividir em afetos, mas o amor que se reconhece como paixão de alma — aquele que nos move a transcender o ego e nos lança na vulnerabilidade — esse, por sua própria natureza, pede a unidade de quem o sente.
Dizer que “nunca se ama duas pessoas ao mesmo tempo” não é negar a complexidade do humano; é reconhecer que o amor romântico, quando é amor e não apenas desejo ou apego, é uma chama que só arde inteira quando encontra um único sopro para respirar.
Facilite o trabalho do cupido: dê uma chance ao novo, abra espaço para pessoas diferentes e deixe o amor surpreender você.
As pessoas costumam dizer que estar sozinha as faz sentir a solidão. Porém, mais solitário é sentir-se só mesmo rodeado por pessoas.
Algumas pessoas brancas não estão preparadas para ver os garotos pretos de Ferrari — e eu não estou nem aí pra elas. A gente existe, cresce e vence.
