Permanecer em Silencio
Na cor silenciosa de seus olhos falantes, escuto a vibração de já ter te conhecido antes de ter nascer. Igor Brito Leão
O silêncio é o nosso mais alto grito de sofrencia, porém só os que se importam de verdade vão ouvir.
"Quando estou só é que leio o livro do silencio. Ele me diz tantas palavras bonitas que chego até sonhar." Vicente Telles
Nem sempre
me agradam
as palavras,
embora use-as
com frequência,
são elas ...
a clausura
dos meus versos,
na ânsia de gritar
o meu silencia.
O silêncio
O silêncio muitas vezes soa-se alto demais ;
Ele também é uma resposta pra tudo o que foi dito, tudo que foi expressado com olhares, gestos e toques ;
O silêncio vem com a dor mais cruel e também a mais sábia ;
Ele vem quebrando cada osso do seu corpo e devastando toda sua temperatura corporal , até que você
se sente um objeto exposto ao mundo, vazio, frio e sem expressão alguma ...
Eu escolho te amar no silêncio...
Pois no silêncio você sempre vai estar lá...
Eu escolho te amar na solidão...
Porque na solidão não preciso lutar, lá você já é meu ..
Eu escolho te cuidar a distância...
Te cuidar a distância diminui a dor de não ter por perto ..
Eu escolho te mandar meu beijo pelo vento ...
Porque o vento é mais suave e não vai te beijar da forma intensa que eu te beijaria ...
Eu escolho te abraçar em meus sonhos...
Pois nos meus sonhos você sempre vai estar comigo e nunca vai ter fim ...
Anaya 🌹
Entre o Eco da Ausência e o Grito do Silêncio
Diante das palavras impregnadas de desapego e dor, surge uma resposta silenciosa, tecida com fios de reflexão e resignação. É como se cada frase fosse um eco, reverberando nos cantos sombrios da alma, mas também iluminando os recantos mais profundos do coração.
Não é a falta que se faz presente, mas sim a presença ausente, uma ausência que se manifesta de formas indizíveis. É a memória que se esvai, o cheiro que se dissipa, o toque que se desvanece. É o reconhecimento de que o que um dia foi, agora não passa de sombras fugidias, dissipando-se com o vento.
E mesmo diante dessa ausência, há uma ânsia que se insinua, uma vontade de confrontar os fantasmas do passado, de encarar de frente a distância que separa o que já foi e o que resta agora. É como se a própria alma se revoltasse contra a lembrança do que um dia a aprisionou, buscando expurgar qualquer vestígio daquilo que já não lhe pertence mais.
Mas entre as linhas desse desabafo, há também um silêncio que grita, um vazio que ecoa. É a solidão que se faz companhia, o eco dos dias vazios, a resignação diante do inevitável. E no meio desse turbilhão de emoções, resta apenas o gesto simbólico de tentar exorcizar o passado, de purificar a alma daquilo que já não a alimenta mais.
Assim, entre a ânsia e o silêncio, entre a distância e a resignação, essa prosa se insere como um suspiro, uma última tentativa de libertação, um ato de coragem diante da incerteza do amanhã. É o retrato de uma jornada interior, onde o amor e a dor se entrelaçam em um eterno jogo de sombras e luz.
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O livro de todo peregrino
é feito de ventos e caminhos
Nele, há memórias em palavras
E revelação em suas pausas.
O silêncio nos maltrata tanto que chega doer na raiz do coração, não é um silêncio normal, mas um silêncio como que se nunca fosse despertar de um sono profundo!
Nada em rigor tem começo e coisa alguma tem fim, já que tudo se passa em ponto numa bola; e o espaço é o avesso de um silêncio onde o mundo dá suas voltas.
É estimulante transformar o silêncio tecnológico mas visual em evidências de mentes cheias de crises, em frases que parecem em um momento desconexas mas traduzem a realidade de uma sociedade doutrinada pelo sistema que camufla a verdade já revelada, impedindo-a de ter um novo fôlego em seus naufrágios existenciais.
