Perdi a Pessoa mais Especial pra Mim

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Na vida nada se perde,
tudo é aprendizagem.

Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
03/05/2025

Eu já peguei trem errado
E fiz uma descoberta
Quando achei tá enganado
Cheguei na estação certa.


Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN

Tenho a náusea física da humanidade vulgar, que é, aliás, a única que há. E capricho, ás vezes, em aprofundar essa náusea, como se pode provocar um vomito para aliviar a vontade de vomitar.
Um dos meus passeios predilectos, nas manhãs em que temo a banalidade do dia que vai seguir como quem teme a cadeia, é o de seguir lentamente pelas ruas fora, antes da abertura das lojas e dos armazéns, e ouvir os farrapos de frases que os grupos de raparigas, de rapazes, e de uns com outras, deixam cair, como esmolas da ironia, na escola invisível da minha meditação aberta.
E é sempre a mesma sucessão das mesmas frases... «E então ela disse...» e o tom diz da intriga dela. «Se não foi ele, foste tu...» e a voz que responde ergue-se no protesto que já não oiço. «Disseste, sim senhor, disseste...» e a voz da costureira afirma estridentemente «minha mãe diz que não quer...» «Eu?» e o pasmo do rapaz que traz o lanche embrulhado em papel-manteiga não me convence, nem deve convencer a loura suja. «Se calhar era...» e o riso de três das quatro raparigas cerca do meu ouvido a obscenidade que (...) «E então pus-me mesmo dia nte do gajo, e ali mesmo na cara dele — na cara dele, hem, ó Zé...» e o pobre diabo mente, pois o chefe do escritório — sei pela voz que o outro contendor era chefe do escritório que desconheço — não lhe recebeu na arena entre as secretárias o gesto de gladiador de palhinhas [?] «... E então eu fui fumar para a retrete...» ri o pequeno de fundilhos escuros.
Outros, que passam sós ou juntos, não falam, ou falam e eu não oiço, mas as vozes todas são-me claras por uma transparência intuitiva e rota. Não ouso dizer — não ouso dizê-lo a mim mesmo em escrita, ainda que logo o cortasse — o que tenho visto nos olhares casuais, na sua direcção involuntária e baixa, nos seus atravessamentos sujos. Não ouso porque, quando se provoca o vómito, é preciso provocar um.
«O gajo estava tão grosso que nem via a escada.» Ergo a cabeça. Este rapazote, ao menos descreve. E esta gente quando descreve é melhor do que quando sente, porque por descrever esquece-se de si. Passa-me a náusea. Vejo o gajo. Vejo-o fotograficamente. Até o calão inocente me anima. Bendito ar que me dá na fronte — o gajo tão grosso que nem via que era de degraus a escada — talvez a escada onde a humanidade sobe aos tombos, apalpando-se e atropelando-se na falsidade regrada do declive aquém do saguão.
A intriga a maledicência, a prosápia falada do que se não ousou fazer, o contentamento de cada pobre bicho vestido com a consciência inconsciente da própria alma, a sexualidade sem lavagem, as piadas como cócegas de macaco, a horrorosa ignorância da inimportância do que são... Tudo isto me produz a impressão de um animal monstruoso e reles, feito no involuntário dos sonhos, das côdeas húmidas dos desenhos, dos restos trincados das sensações.

Ah, sua boba. Eu sei que você está cansada de tudo, perdida nesse turbilhão de sentimentos que te paralisam. Ah, ninguém te entende, eu sei! Não queira tudo agora, queira apenas voar por cima dos seus próprios destroços e ver que, apesar de tudo, ninguém pode calar teus pensamentos, teus diálogos internos, tua recomposição!

Tudo vale a pena

"Assim, a brisa nos ramos diz, sem o saber, uma coisa imprecisa - coisa feliz".

(Sem título - 09/05/1934)

⁠Cada um só enxerga o que a sua mente tem a capacidade de entender.

O homem é um cadáver adiado!

Fernando Pessoa
Mensagem. Lisboa: Ática, 1972.

Nota: Trecho adaptado do poema Quinta: D. Sebastião, Rei de Portugal.

...Mais

O mar é a religião da natureza.

Vive a tua vida. Não sejas vivido por ela.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego. Lisboa: Ática, 1982.

⁠Os paquetes que entram de manhã na barra
Trazem aos meus olhos consigo
O mistério alegre e triste de quem chega e parte.

⁠Recordemo-nos sempre de que sonhar é procurarmo-nos.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego. Coimbra: Presença, 1990.

⁠Tem muita gente que almeja
Um dia poder voar,
Mas por temer ficar tonto
Desiste de decolar.

Santo Antônio do Salto da Onça RN

⁠Velhice é como uma conta
Bancária só de lembrança
Que a gente depositou
Alegria e confiança,
Pra quando idoso estiver
Sacar tudo o que puder
Pro saldo da esperança.

⁠Metamorfose

Eu trilhei vários caminhos
Já tive vida severa
Eu vivia a reclamar
Mas dominei minha fera
Hoje eu vivo bem melhor
Mudei, não sou mais quem era.

Santo Antônio do Salto da Onça/RN
23/11/2023

⁠Faltando um pedaço

A cada dia morremos
No paradoxo da vida
E a cada dia que passa
Falta parte a ser vivida
Seja vida arruinada
Ou uma bem-sucedida.

Santo Antônio do Salto da Onça/RN
23/11/2023

Um espírito determinado conduz o ser para o sucesso, superando as limitações do corpo físico.

A matemática é essencial para quem busca soluções num mundo cheio de problemas. Se uma pessoa não domina matemática, os problemas só aumentam.

⁠Invista seu tempo em fazer o que é necessário e vai sobrar tempo para todo resto. Invista o seu tempo em todo resto e faltará tempo para o necessário.

⁠⁠⁠⁠Há dias de tanta angústia
Que não sei do que ela é.
Não sei se me sobra o sonho.
Não sei se me falta a Fé.

É uma angústia que nasce,
Como de um solo, de mim,
Que parece ser eu todo
Com razão de ser assim.

E esmaga-me toda a alma,
Confunde todo o meu ser
E tudo gira em meu torno
Sem eu o compreender.

Mágoa como um portão velho,
Ferrugem da quinta em fim,
É uma angústia que cai,
Como num solo, por mim…

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

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