Perda de uma Filha

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Não aceito ser chamado a ocupar trincheiras onde cada uma das partes quer me fazer acreditar que só existam mocinhos de um lado e vilões do outro. Tal percepção tendenciosa turva a visão sistêmica necessária a uma análise justa e nos arrasta para o radicalismo dos dois extremos, independente de qual se acredita o lado certo.

Cada vez que tentam “fazer minha cabeça” a respeito de qualquer interpretação de uma idéia me sinto subestimado
na minha capacidade de pensar com a minha.

Todas ações são sementes de uma grande plantação,agora nós escolhemos o que colher.

20:20

Essa noite o vazio que você deixou voltou a doer. Uma dor que normalmente, eu iria curar com um bom chocolate ou com os amigos, mas hoje não, hoje eu estou preso dentro de mim, amarado pelos meus próprios braços e sendo segurado pelas minhas pernas. Agora só minha mente pode voar, mas é incrivelmente trágico saber que toda vez que minha mente se liberta da angustia e voa despreocupada ela acaba caindo em seus braços. É como uma prisão, eu estou preso por vontade própria e contra minha vontade ao mesmo tempo, isso é revoltante, nem sei qual o pior, se é morrer de saudades ou gostar disso. No fundo, eu só queria que o amor fosse fácil com xadrez ou desnecessário como os televisores. Eu acho engraçado que nessas horas de depressão bastaria ouvir tua voz, suas gírias, que se parecem muito com as minhas, bastaria ver seus olhos brilhando ao me ouvir te chamar de guria. Falando a verdade, bastaria te ver, te ouvir ou te abraçar, mas hoje o universo não conspira ao nosso favor! Nem tua voz eu posso ouvir! Isso me coroe por dentro e por fora. Eu sei que ainda é cedo, que as crianças ainda correm pelas ruas, mas não tenho motivos pra estar acordado, o dia passou rápido e não tem presa pra voltar, o que me resta é deitar, tentar dormir e torcer por um amanha melhor, rezar pra que a brisa leve da manha me traga pelo menos teu cheiro e sonhar que você está entrando no próximo carro que vem em direção a mim.

Hei! Olhe pra mim!
Sou apenas uma criança crescida,
Ainda nem sei como se cura as feridas
Que estão se abrindo em mim.

Pegadas na Areia

Uma noite eu tive um sonho. Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e através do Céu passavam cenas de minha vida. Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia; um era o meu, e o outro, do Senhor. Quando a última cena de minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes no caminho da minha vida havia apenas um par de pegadas na areia. Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos da minha vida. Isso aborreceu-me e então perguntei ao Senhor:
- Senhor, Tu me disseste que, uma vez que eu resolvi Te seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o caminho. Contudo, notei que durante as maiores atribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste sozinho.
O Senhor me respondeu:
- Meu querido filho. Jamais te deixaria nas horas de prova e de sofrimento. Quando vistes na areia, só um par de pegadas, eram as minhas. Foi exactamente aí que eu te carreguei em meus braços.

Desconhecido

Nota: A autoria do texto costuma ser atribuída a Margaret Powers, Carolyn Carty e Mary Stevenson, mas não se sabe de fato quem o escreveu.

...Mais

Amor e só uma camuflagem para o que parece ser raiva novamente.Então se você me ama, deixe-me ir.

Alguém uma vez me disse que uma hora eu iria cansar. Cansar de amar e sofrer, cansar de perdoar erros repetitivos, cansar de correr atrás, cansar de passar a mão na cabeça de quem não merece, cansar de ajudar e me prejudicar por pessoas que não fazem o mínimo por mim.. E esse alguém estava certo. Demorou bem mais do que devia, mas eu cansei.

O passado não é uma justificativa! Vá em frente, siga seu rumo, passado é passado, e o futuro, bem, esse nós escolhemos!

- Amar, um ato!
- Viver, um fato!
- Resistir, opção
- Lutar, uma solução
- Sonhar, um desejo
- Querer, uma atitude
- Amigos, uma virtude

A vida é um conjunto de circunstâncias, você é quem escolhe ...

(Auto)Biografia Não Autorizada

Escrever uma (auto)biografia já é uma árdua tarefa por si só. Viver é biográfico. Por mais público e notório que se seja, a distinção entre o público e o privado é ou será sempre a distância elementar entre a cozinha da casa e sua latrina.

Os cômodos de uma casa são praticamente a realização da vida de uma pessoa. E é nela, esse pequeno feudo chamado lar, em que escrevemos com sangue, suor e lágrimas os momentos significativos e significantes de nossa estúpida e singular existência.

Talvez por isto, essa distância tão hegemônica à tantos mundos, em que quartos e salas, áreas distintas entre o lazer e o serviço, sejam tão pouco comensais. Um olhar sobre si mesmo recai muito mais sobre nossas mentiras do que sobre nossas imprudentes verdades.

Ao certo e para tanto: verdades não nos interessam. Por si mesmas já desencantam. Desmistificam. Desmitificam. E isto é trágico.

Ser sincero é ser sozinho: egoísta demais para conviver com a fragilidade da existência e sua incompletude.

Caso não queira ser contrariado, por favor: não nasça! Desejas ser perfeito? Morra!! Somente a morte nos torna, retorna, reflete em si, o que por ventura ou desventura é perfeito.

Há quem diga da perfeição divina. Nem nela, aos 120 anos de idade, um homem de bom senso crê.

Não por sua latente companhia. Aliás, de ambos: Eros e Tanatos. Juventude e decrepitude sempre andam juntas. É como saber e ignorância: como necessitamos de justificativas para nos dizermos sãos. Como precisamos tanto da palavra igualdade para nos afirmarmos únicos e tão únicos, tão donos de nós próprios: livres. Encarcerados em uma bolha de ares não respiráveis, mas livres!

E nada como afirmar: o amor é azul! A terra é azul. O mar é azul. O ouro é azul. A morte azul. A chama da vida: o fogo é azul!!

É... A lua, no entanto, é cor de burro quando foge! Ou algo meio insonso, insípido. A lua é sem sal. E tudo sem sal é, na modernidade de nossos pré-tumulares, bom. É preciso iodo. Não etos, atos. Sei lá mais... Em um mundo formatado em óides, úricos e ídricos, apenas os hídricos e hesitantes são totalmente descartáveis para o bem maior da integridade econômica (reciclável) glocal.

O êxito é uma palavra sagrada. Secreta. Guardiã da eternidade. Mãe da sobriedade. Talvez natimorta. Já que o que se revela no hoje o é em sua totalidade. E há que fale sobre sustentabilidade. Vá entender lá o que é isso!? Na antiguidade, e nunca sequer saímos de lá (se é que lá estivemos ou chegamos!?), era a legalidade da escravidão! O que não está longe, mas bem presente! Enfim, nada como ser troglodita.

Outro dia estava lá, debruçado sobre os escombros de si mesmo e solicitando piedades aos transeuntes, o meu precursor: algo de resto entre o preto, o branco e o qualquer coisa chamado de índio. E rio-me quando afirmam-nos cinza. Acaso trate-se da cor: ainda há como escolher entre escuro ou claro; mas tratando-se de ou da existência, resistência, força, qualidade, propriedade, serve ao menos para salgar a caça que sobrar. Acaso sobre.

Falava-se outro dia sobre a fome. Não a conheço. O que conheço possui outro nome. Chama-se estupidez. E nada é tão farta no mundo quanto a estupidez. Estupidez e ignorância são sinônimos da igualdade que se busca e da sustentabilidade que se conquista no “por ora” das horas extras não pagas.

E cobrá-las acaba por ser direito, porém, incoerente. Afinal, a previdência é a previdência. E para ela hora extra não existe. Não conta como tempo de serviço. Ou se conta, onde estão os dez, quinze anos nelas embutidos e consagrados à vã gloria do proletário. Assiduidade. Nada como ser assíduo. Nada como a mais profunda competência. Relevância. Excelência. É bom também! É ser sustentável... No mínimo: auto-sustentável, ainda que imóvel.

Imóvel. Creio bem mais nesta palavra do que na liberdade ou esperança. Um dia foi-se criança. E hoje é-se velho, arcaico, deprimente, descartável – principalmente se não possuir renda ou recursos. E tem-se apenas vinte anos... O que dizer de quem chegou – sobrevivente – aos sessenta, setenta, oitenta, cem...

E sem é uma palavra derradeira. Porém cada vez mais comum. Assim como imóvel. É... O latifúndio venceu: a cova rasa é um direito legal, porém, distante, bem distante do lugar comum. É um imóvel. Como cada vez mais nos tornamos...

O pedágio está nas ruas, nas vielas, nos becos e avenidas, está nas praças, nos concretos e congressos, nas concretudes constituídas no pânico e no medo nosso de cada dia.

É o patrimônio que somos. O legado que deixamos. A biografia. A historiografia real e ampla de nossas palavras, atos e omissões. E tudo é trabalho. Tudo se resume ao servir, ao prestar, ao eficiente e eficaz. Aos meios e recursos recebidos. Às habilidades e competências adquiridas. Ao uso. Usufruto, talvez!? Usucapião, sempre.

Memórias são assim: fragmentos de nossas conveniências.

E como somos tão determinados por nossas inconveniências. Como somos julgados segundo nossas misérias. Como nos espelhamos tanto em dependências.

O mundo não é um mundo de luzes. Ele é constituído e consagrado através da escuridão. O obscuro e o oblíquo são as forças motrizes da existência. Precisamos muito mais dos vícios do que das virtudes... Pessoas virtuosas não nos são úteis.

E no fim desta, assim como as demais, pouco nos importa ser Dante ou Cervantes: de nada ou pouco a prata abasta. Tanto faz perguntar sobre o caminho: “as aves do passado não repousam no mesmo ninho do agora”.

Ter um Deus apenas, não é algo de bom senso.

Falar de amor não é bom. Amar faz bem, só isso. Saber amar é que é difícil: tanto de aprender, quanto mais, ensinar...

Perdão?! Não conheço! Mas esquecer vale a pena.

Vou viajar. É comum ao tempo fazer-se espaço. Na bagagem quase nada levo. O suficiente para uma semana, ainda que a jornada leve décadas. Esteja onde estiver, lá estarei completamente nu. E isto me é bom e sagaz: ser sempre incompleto. Satisfatoriamente, incompleto...

"alcançar, o céu é fácil
alcançar ,a atmosfera também
as estrelas rum…
uma galaxia a outra possível
mais trazer brilho ao coração de uma mulher, com o coração partido chegasse quase impossível"

Pra defender uma causa com nobreza é preciso antes ter coerência, agir como pensamos.

Uma folha de papel...
Pode se transformar em muitas coisas
Um avião um barco um origami...
Se uma folha de papel se transforma em tudo isso...
Os jovens devem ser como uma folha de papel...
Prontos para tudo... para o que der e vier.

Decidir nem sempre é fácil, principalmente quando cada uma das direções nos levará para situações totalmente diferentes. Por isso, temos que ter bem claro em nossas mentes qual a destinação que pretendemos ter, qual é o nosso objetivo de vida, optando então por tudo aquilo que nos levará até onde queremos chegar e nos tornará quem desejamos ser.

Sozinho em silêncio calado com uma pergunta na alma por que nessa noite tão calma o tempo parece parado?

Não. Eu não tenho uma mente poluída, meu subconsciente que é fertil.

Os sonhos que para alguns são uma coisa boa mas para outros são meros desesperos.

A maior prova que estamos capacitados para liderar uma FAMILIA e ou uma IGREJA é:
Ser capaz de ser um BOM EXEMPLO para ambas, caso contrário, nunca estivemos capacitados para tê-las e muito menos lidera-las.

Eu lutei contra a dominação branca, e eu lutei contra a dominação negra. Eu nutri o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal que espero viver para alcançar. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer.

Nelson Mandela

Nota: Depoimento no julgamento Rivonia, Supremo Tribunal Pretoria, 20 abril 1964