Perda de um Amor por Orgulho
As vezes para arrumar
É preciso dessarumar muito
Para construir
É preciso colocar tudo no chão
Para limpar
É preciso colocar toda sujeira para fora
Para caminhar
É preciso colocar os joelhos no chão
Antes de dar o primeiro passo
Se tivéssemos em nossas vidas
Gente que tem prazer em ajudar trocar o pneu
como tem de passear no carro
Gente que ajuda a arrumar a casa
Com a mesma alegria que participa da festa
Certamente tudo seria mais fácil.
O grande problema e que parte das pessoas
Que conhecemos são oportunistas
Gostam de falar mas não gostam de fazer
Adoram um fotografia mas pouco ajudam a melhorar o cenário
Tem sempre tempo para palpite
Mas nunca aparecem para um bom paporesponsável.
Gosto de gente que gosta da gente
Que vai até perto do chão para nos dar a mão
Que coloca o dedo na cara quando estamos errados
Que abre mão da mediocridade simpática para de fato ser amigo.
Não gosto de quem gosta dos meus erros
De quem muda o mundo para que eu caiba
Gente que tem lado – mesmo que seja o lado errado
Gente que não me cobra o direito de ser melhor.
Prefiro os que colocam pimenta em minha boca
Do que aqueles que dão água para os meus fantasmas
Horas serenas me invadem a vida
E eu que raramente sei o que é ter paz
Assusto-me diante da plenitude
E guardo-me no medo.
Nascemos todos poetas
Morremos a maioria
Soldados.
E as mãos – instrumentos
Para um mundo melhor
Jamais passam de garras
Que apenas tiram
Deformam e batem.
Poderíamos passar a vida
Cantando
Ser cigarras sobre arvores
E não formigas arrastando nas costas
O peso do mundo
Para que alguns poucos bebam vinho
E acham graça
Da desgraça que os cerca.
Horas serenas me invadem a alma
E eu de tão vadio que já sou
Procuro coisas entre as lendas
Da criação e a vida que vejo
Não me entrego ao prazer
Por medo da porta do mundo
Que sempre abre-se sem me avisar
Não dou vida as aves
Porque voar pode ser perigoso
Num tempo e instante
Onde rastejar é a ordem do dia.
Se o que parece anjo
Me sussurra amor
Logo me aqueço
E me escondo entre pernas
No mundo conhecido do prazer.
Horas serenas me invadem a alma
São como chá quente
Mas minha boca viciou-se em cachaça
A vida dorme na sarjeta
E aprendi apenas a sonhar
Com fatos, pessoas e coisas
Que eu possa trazer
E empurrar
Com as próprias mãos.
Não me digam
Não me falem
De coisas que suponho existam
Mas habitam mundos
Onde os mortais não podem ir.
Quando as horas serenas
Habitam meu ser
Aprendo a ser forte
Refaço a couraça
E distraidamente olho as armas
Que me manterão vivo
Quando a paz novamente se for.
A tempestade me trás calma
estranhamente me trás calma.
Sou tormento.
Gosto dos ventos
gosto dos raios
que por instantes iluminam este abismo
onde respiramos
onde comemos
onde morremos.
Deixa que a chuva molhe
este corpo que a terra há de comer
Deixa que a chuva lave
as manchas que este alma deve conter.
Agora que a porta se fecha
a luz se apaga
a música cessa
olharei para dentro de mim
em busca de alguma coisa.
Não há como explicar
a dor, da dor, da dor
este acido que me corrói por dentro
esta coisa que me faz gritar sem som
a vontade de chorar que anda
por todo meu corpo
e não acha um lugar por onde sair.`
É triste
a tristeza dos que não se movem
é rude a porta que não se abre
e enche o espaço de flores.
A dor, da dor, da dor
que invade as ruas do meu menino
e abala minha pureza
que corre solta pelas ruas do meu jovem
e abala as minhas ilusões
que chega perto do peito do homem cansado
e sutilmente ri de tudo que me faz melhor.
Quando a noite veio
O frio da ausência
De quem ainda não conheço
Tomou conta da casa
Que pertence
A quem jamais a habitou.
E nos corredores
Onde deveria haver vida
Não mais se ouvia
Do que os soluços
Do choro sentido
Do que chamamos
De solidão.
E a luz
Que com o passar das horas
Deveria ter sido apagada
Manteve-se acesa
Tal como um farol
Que espera e procura
Por um navio
Que nunca virá.
E estas palavras
Foram ditas
Como o grito
De quem não quere
E não pode mais
Esperar.
Assim nascem
As mortes do ser.
Busco a sua simplicidade
aquilo que a boca nega em palavras
mas olhos entregam pelo brilho.
Não há mais como negar
nem mesmo como deixar de ser
não há qualquer possibilidade de seguir
sem ao meu lado ter você.
Conheço o seu sol.
Vasculho a sua intimidade.
Sem palavras, ouço mais uma vez seu silêncio
tradução de sua leveza
retrato de sua impressão
de apenas agora ter tudo começado.
Muitas vezes ainda irei lhe cercear
sitia-la
buscar o seu ser tão longe
tão dentro de você.
Muitas vezes, eu sei,
terei que passar por caminhos ásperos
para por fim
encontrar sua docilidade.
Muitas vezes terei que ouvir gritos
para navegar depois
em sua serena sensibilidade.
E você
que nada mais é do que alguém para mim
irá sempre fugir
irá sempre se ocultar
sem saber de fato a importância,
embora vivendo,
de por inteira se entregar
Enquanto caminhas para mim
por ruas que não sei
por noites onde choro
por estreitos passeios de mentira
meu coração se enche diante da ilusão
minhas lágrimas secam
minhas mãos estendem em sua direção.
Não sou mais do que uma coisa
e assim
amo a coisificação.
Poucos como eu
sabem sobre a alma
muitos
se perdem em corpos.
Torno-me comum
nos que há de mais prazerosos
no lugar comum.
Enquanto caminhas para mim
não se importa, eu sei
com o que sonhei
pelas quedas já vividas
pelo levantar sem porque
ou melhor,
pelo mero sobreviver.
Meus olhos enxergam apenas a fumaça do cigarro
simbolo único e próximo
de tudo quanto sei sobre amor.
Não sou mais do que um desamado
e assim, só sei supor amor.
Poucos como eu
desejaram amar.
Muitos como eu
só conhecem o prazer
Torno-me amante
como se meu corpo
representa-se em algum momento que fosse
uma alma pródiga de sentimentos.
Entre os meus dois eus
há um lago sereno
alimentado por um rio violento
que uma hora acaba
num imenso mar
sem sentido qualquer.
Entre o pai que não tive
E o pai que não sou
Há uma avenida que separa
o perder do ter perdido.
Não sei bem o que move.
Talvez seja medo
Talvez seja comodidade
Talvez seja a convicção
De não ter de fato o que dar.
Entre o pai que se foi
E o pai que jamais fui
Há uma relação de intima similaridade.
As vezes penso: Meu coração é repleto !
Por todo tempo tenho certeza: ele tem muros !
Muros com imensa capacidade de nada deixar sair
E ao mesmo tempo, nada até ele consegue chegar.
As vezes pego-me mudo, mesmo podendo e sabendo falar.
No entanto não me basta saber falar
se para o assunto não encontro palavras
As vezes, sinto-me cego, mesmo sabendo de onde vem a luz,
Porque não me basta ver quando sobre certos assuntos
Tão pouco consigo enxergar.
Entre o passado e o presente
Há não mais do que uma linha, linha forte,
Que me assusta pela suposta fragilidade,
Que me prende pela força sútil.
Sendo livre encontro-me preso, em dois tempos.
Em dois distintos e distantes papeis.
Tendo a quem dar,
não sei mais onde são os caminhos.
Por isso, sempre peço que nada me perguntem.
Por isso me calo diante daquilo que não entendo.
Por isso peço que me entendam
Que me desculpem
Pois embora esta pobreza me doa
Jamais soube como fazer para encher as mãos.
Há certas manhãs, quando ao acordar
os pássaros parecem cantar
uma Ave Maria de Felicidade.
Há um tempo dentro de mim
que as vezes parece ser maior que a eternidade
e apenas segue...
segue...
segue...
Tempo de você
constante manhã de sol e luz
caminho que a sedução me conduz
tempo de ser apenas aquilo
que meu coração pede e deseja.
Há certas noites, onde o escurecer
apenas trás mais tranqüilidade e harmonia
e dentro de mim
silenciosa alegria
me faz ver que o dia
não foi em vão.
Tempo de você
por todos os meus caminhos
pedaços de raras rosas e tantos espinhos
agora tão diferentes
depois do seu chegar.
Há uma vida que segue
lugar onde encontro cada vez mais
noticias sobre quem de fato sou.
Há um encontro
uma comunhão
há de fato você
para por fim a solidão.
Uma coisa interessante de nossas vidas
São as primeiras vezes
O primeiro olhar
O primeiro beijo
A primeira saudade
O primeiro encontro
O primeiro contato com a morte.
O tempo faz com que a graça
Das primeiras vezes pouco a pouco nos deixem
Mas nada é pior
Do que o dia que você descobre
Pela primeira vez
Que não já não consegue mais chorar.
Lamentavelmente nenhum de nós poderá acompanhar o próprio enterro.
Nós, que temos vivido com tanta pompa e preocupação com o futuro, não poderemos estar de pé neste momento onde todos nossos momentos resumem-se e finalmente e oficialmente, tornaremo-nos iguais aos demais.
Será frágil o momento derradeiro, nossa mão de aço e alma de ferro nada poderão fazer por nosso orgulho recém deixado nesta terra.
Alguns irão chorar, infelizmente talvez só possamos ler pensamentos, e eles dirão mais do que as lágrimas momentâneas.
Neste tempo, apenas teremos sido.
A ausência fará de nós uma coleção rápida de esquecimentos sucessivos.
Estarão lá os supostos amigos
todos em meio as partes interessadas.
De fato será um bom momento para não ter como intervir.
Pegarão nas alças do caixão e nela com certeza irão sentir a frieza de um último aperto de mão.
Muitos não sentirão qualquer diferença,
Embora seja... um adeus de carne e ossos dado a uma alça metálica.
Nenhum de nós irá ao próprio enterro.
Caberia, se fossemos, questionar como alguém que era tão importante pode virar pó.
Caberia, se servíssemos ainda para alguma coisa, perguntar porque o fim não permite qualquer distinção.
Tanto o caixão como a cova, sem contar os enfeites externos, são comuns a todos.
não há lugar para o orgulho, para a exploração e para o ódio.
Triste fim, para um anfitrião de corpo presente.
Talvez sinta-se até.... vontade de morrer !
Minha vida é uma casa imensa
cheia de espaços a serem ocupados.
De janelas e porta abertas
minha vida tem coisas incertas
como o amanhã dos que não tem esperança.
Minha vida é um imenso jardim
cheio de flores e pedras, voltados em direção ao céu.
São espaços sagrados ocupados pelo profano
ao lado da razão e do conceito
no mesmo espaço vive o insano.
Minha vida tem pessoas que nem mesmo eu sei
de onde surgem e porque.
Minha vida é um lugar imenso
com espaços e cativeiros
com caminhos jamais percorridos
com lugares ainda inexplorados.
Minha vida é a loucura
de quem deseja um dia se encontrar.
Se você pudesse mudar algo, o que mudaria?
O que vale a pena pra você?
Se você mudaria algo no passado, é porque deve valer muito a pena ter de novo ou nem ter o feito.
Você não pode mudar o seu passado, mas pode mudar o seu futuro.
Faça acreditar que o que diz vale a pena e que tudo poderá ser diferente.
E se você pudesse ter uma nova chance?
O que faria?
Por: Silvia Godoi
Posso tentar mudar o mundo
Mas não conseguirei sem mudar meu próprio rumo.
Não espero mais credibilidade
Já que meus 8 ou 80 servem pra algo!
Posso agora ser tudo ou nada
Não dependo mais do meu passado!
Todos os sonhos do mundo estão dentro de mim. Já que só guardei de minha infância as marcas de catapora, o resto, minha alma agradece minha mente por esquecer todos que me fizeram mal.
Saudade dos tempos, dos velhos momentos, aproveite cada momento, pois nada se repete da mesma forma.
Não consigo conviver com máscaras, tento a muito tempo, porém de nada adianta resistir,tentando fugir daquilo que se sabe.
Ainda acredito na superioridade dos dons e dos talentos individuais de cada ser, onde não é necessário pisar em ninguém, julgar e criticar para se sobressair na vida.
Só a pequena moça de cabelos grandes sabe o motivo de ainda querer sofrer pelo lado errado das coisas que pelo desconcerto do mundo se tornam certas.
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