Perda de um Amor por Orgulho
Ouço com o ouvido direito, escuto com o ouvido esquerdo.
Todas as bocas têm sempre, no mínimo, duas falas.
DOMINGOS
Ruas deitadas sobre o chão dos domingos
descançam do pisotear das multidões
que no atravessar corrido das esquinas
são indiferentes aos seus sentimentos
Vou revisitar meu baú de ossos
explorar todas minhas lembranças
esmiuçar os cantos e recantos da memória
pois um dia até ela haverá de não existir
Vou me fingir de morto
para você me notar,
pois o ausente dos retratos
é aquele que é mais lembrado.
Das coisas mais desimportantes e inúteis da vida, a mais fútil é passar uma bela tarde de domingo passeando dentro de um shopping.
Tudo em meu corpo e fora de mim é transitório. Permanente é a memória, até a transitoriedade me devorar.
Vou escalar o Everest e subir mais uns metros. Assim vou chegar mais próximo das estrelas e ficar menos distante de Deus.
No acumular das idades, o que mais se quer é sossego, alegria e tranquilidade. Se soubesse disso antes, queria ter sido velho mais cedo.
São tão longas as horas
que se eu sobreviver ao atravessar delas
posso chegar até ao fim do Infinito
Tenho duas certezas na vida. A primeira que vou, como todos vamos, morrer.
A segunda, se ainda não morri é porque continuo vivo.
Por isso, até morrer, vou viver de Viver.
Certa vez, minha esposa, à época namorada, disse-me que eu a atrasava.
Ainda bem, pois hoje sabemos que a felicidade é um trem que demora para chegar.
Se antes soubesse o que hoje agora sei, faria muitas coisas diferentes. Porém, se antes fizesse muitas coisas diferentes, não saberia hoje o que agora sei.
Não sou poeira cósmica.
Não quero ser poeira cósmica.
Jamais serei poeira cósmica.
À parte isso,
trago em mim todo um universo empoeirado.
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