Pequenos textos Reflexivos

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'MORFOLOGIA''

Olhar perfurante,
Cabelos negros,
Rio escaldante.
Aproxima essas linhas...

Nesse luar...
Quero você,
Baralhando paisagens,
Misturando essas frases...

Abraça-me com palavras,
Letras dos meus dias,
Metamorfose de magma.
Cria expressões...

Converte o presente:
Dor ausente!
Vem ser: vocabulário,
Meu dicionário de dados!

Inserida por risomarsilva

'CONTINGÊNCIA'

Apreciamos ventos,
Mudanças.
A veemência dos mares,
Raízes,
Esperanças.
O brotar da vida,
Gritos,
Reciprocidades.
O trovoar dos pássaros,
Melopeias,
Possibilidades...

Seguramos estrelas,
Estrelas do Mar,
Quebrando sombras,
Correntezas.
Canções no ar,
Arremessando ilhas,
Pedras vulcânicas,
Mordaz.
Belas canções,
Sutis,
Temporais...

Admiramos sonhos,
Dor diluída!
Coração filete,
Amordaçado,
Papéis em tiras!
Delidos,
Torcemos o presente,
Loucuras,
Criança no asfalto,
Aqui dentro...
Alaridos de ruas!

Inserida por risomarsilva

'EU AMO ITA'

Eu amo 'Ita'
Calor intenso
Calor pegajoso
Calor que orbita
Inclinada nas praias
Fazendo castelos
Mirando horizontes
Suspiros singelos

Eu amo 'Ita'
Incógnita nos ares
Incógnita nos cheiros
Incógnita 'Levita'
Reclinando travessias
Ascendendo paralelos
Bafo de nuvens
Resvalando no belo

Eu amo 'Ita'
Cidade de 'Pedras'
Cidade 'Fumaça'
Cidade 'Pepita'
Sonhada nas praças
Já foste bonita
Minando progressos
Poetizando as escritas

Inserida por risomarsilva

'CIRANDA'

Pequenas sonatas,
Nas ruas que brilham,
Claves entreabertas,
Assimetria isolada.
Fogueiras - calçadas -,
Atravessando canções,
Estrelas desnudas,
Nas noites rajadas.

Ritmos pousadas,
Ciranda rodando,
Melodia sem cheiros,
Criança - na estrada -.
Bailando camadas,
A alma em canções,
Compassos desvairados,
Dobradiças quebradas.

Borboletas nas casas,
Metamorfose sem sedas,
Voos febris,
Saudade cascata.
No peito de magma,
Procura-se poemas,
Rodas de Tremas,
Cirandas sem asas.

Inserida por risomarsilva

'MÃE'

Inala-me com teus impulsos e verdades.
Vejo-te 'SUPER',
Influentes Olhos Quebradiços.
Cabelos brancos inspirando proteção.
És pedra preciosa,
Diamante lapidado pelo tempo.
E no tempo,
És transmissão de vida...

Quero agradecer-te pelos auxílios nas noites acordadas.
Pelos seus superabraços e carinhos quando mais precisei.
O meu amor por ti,
longe de ser passageiro,
É duradouro,
Infindável,
Aromatizante em todas as estações...

Inserida por risomarsilva

'A RUA'

Rua,
pintada em grafos.
Afasto-me,
irascível.
Rua imperceptível,
serás sempre imortal?

Tu,
que tanto acolhe.
Coração de mãe,
elo sem fim.
E os botequins,
funeral?

Verdade,
flameja condolência.
Asilo, refúgio,
há vida, valor.
Cheiras rancor,
Porque não bestial?

Quebradiça,
a rua espera lá fora.
E aqui dentro,
ausência.
Dor violenta,
explosão de cristais.

Inserida por risomarsilva

'TARDE CALMA!'

Tarde calma, exceto pelos ventos abrasivos,
abrasivo meu coração, uniforme!
O bafo instiga o fogo,
deixa um rastro vivo: incandescência!

Fito-o por alguns segundos,
brasas recantos viajam, indefinidos!
Partículas se vão, casual,
sob o vento céu: desastroso!

Partes vão se apagando,
galhos verdes, supérfluos!
Gravetos perdem vida,
algum tempo: chama perfeita!

Inserida por risomarsilva

'A CAIXA'

Debaixo da caixa,
existe uma sombra.
Debaixo da caixa,
só há escuridão.
Debaixo da caixa,
tempestade habita.
A caixa é vazia,
não tem coração.

A caixa é enorme,
ausente de pé.
A caixa é clemente,
ela tem pouca fé.
O grito da caixa,
é desesperado.
Sempre lastimando,
ela chega de lado.

A caixa milagre,
sentindo fadiga.
Plantando sementes,
ela não tem comida.
A história da caixa,
é história não lida.
A história dos homens,
é bem parecida.

Inserida por risomarsilva

'HOJE'

Hoje: alvorecer!
Gritei palavras,
Mas elas ficaram imensas,
Pesadas.

Amanheci dialético,
Tentando dizer: te amo!
Mas não proferi.
Montanhas despedaçara a bravura.

Despencar-me-ei amortalhado,
Chorarei granizo,
Horizonte perdido,
Paralelepípedos.

Aventurarei mistérios incógnitos.
Seduzirei criar riscas,
Loucuras mortais,
Melodia!

Hoje: alvorecer!
Chorei palavras,
Mas elas tornaram-se monstros,
Quiçá...

Inserida por risomarsilva

'ESCURECER'

Açoite.
Pernoite.
O céu estufado.
Corre José!
Vislumbra a escuridão,
Violenta e cortês,
Exausta o coração.

Berra!
Vocifera!
Adormece as crianças,
Na cama doente.
Sem castiçal,
Anjos devoram,
O sonho mortal.

Suplica demônios.
Aluvia as igrejas.
Desaponta o acaso,
Há tempo na vida!
Peregrina...
Corre José!
Foge morfina!

A cada escurecer,
O coração grita vida:
Vem! Vem! Vem!
Aqui! Galgas o peito.

Inserida por risomarsilva

'DISJUNÇÃO'

Carrego teus olhos nos meus,
Perdidos em sombras disfarçadas.
Participo das tuas noites perdidas,
Ludibriada em paixões lufadas...

Abraço-te não mais como a flor que imaginei,
A essência do perfume não mais existe.
Sonhos de outrora encarcerou-se,
Gracejos ficaram tristes...

'Direções' serão outras,
Não há culpados quando a dor é ausente.
Andar-nos-emos outros destinos,
Discorrendo-nos do presente...

Envolto nas pedras que seremos,
Nas almas acorrentadas em fragrâncias.
Seremos como velhos artigos:
'O aMoR oCuLtO eM lEmBrAnÇaS.'

Inserida por risomarsilva

'FOLHAS'

As folhas estão em coma,
despencaram-se aos campos como tantas outras.
Acinzentadas ao sol,
chuvas...

Elas sempre caem ao chão,
subterfugias.
Evasivas,
levadas aos ventos...

Vislumbrou estrelas,
galáxias.
Suaves discursos,
faróis desconhecidos...

Porém,
sucumbiu-se em mágoas,
esmagadas ao chão,
destino decesso...

Era suave como a flor,
outono.
Hoje é incinerada,
triste,
sopeada.
Folha sem vida...

Inserida por risomarsilva

'FALANDO DE AMOR...'

És sublime,
tornando-te árvores de ambições,
sensações,
almas.
Metamorfose na rotina infindável.
Chama nas incontáveis tempestades,
magias...

Custoso falar de amor.
Centenas de ramificações,
definições.
Como expressar o que tentamos definir por toda uma vida?
Inacabável na alma,
incitando poetas,
artigos,
poesias...

Inserida por risomarsilva

Ainda serei,
Esse 'poeta',
Tão chamuscado...

Cheiro de letras,
Peito apertado,
Criando ilusões...

Como os malabares,
Nas janelas,
Pendurados...

Abraçando letras,
Extraindo sequelas.
Vislumbrando sacadas...

Estradas criadas,
Amortecendo a ilusão.
Algodões em tigelas...

Faminto espalhando sonhos,
vida abstrata,
poeta...'

Inserida por risomarsilva

'DIFERENTE'

Tudo ficou diferente,
após o aluvião.
Aos doze,
cicatrizes se abraçam.
Turbilhão de andorinhas,
voando sem direção...

Obstante,
a semelhança é vil.
Raios solares duplicados,
os ares são os mesmos navegando bordões.
O tudo vira nada.
A sacada são rodas dentadas...

Ambíguo o empírico,
a diferença está nos sonhos.
Olhos recíprocos!
Nas mãos olhando p'ra cima.
A diferença está na breve humildade,
no simples homem despojado...

Inserida por risomarsilva

'RIBEIRINHA'

Vejo o infinito passear nas águas.
À minha frente há paraísos.
Escurece.
É hora de ascender lamparinas ou olhar vaga-lumes,
desmitificando a escuridão...

O peixe está na brasa.
Crianças alegres estão a brincar,
sem ter pressa de chegada.
Sou morada a ver navios,
com suas guloseimas distantes...

Sou acenos,
canoas cortando rios,
a caçula trouxe um pote de doce.
A mesa está farta.
Cantaremos músicas populares para agradecer.
E para que o amanhã seja feliz como o hoje...

Inserida por risomarsilva

'PALHAÇO'

Seu universo,
controverso.
Alegria de palco.
Levando alegria,
sinestesia.
Exteriorizado...

Escondido,
nos seus malabarismos,
absorvendo aplausos.
A comédia terminou,
a face congelou,
vida real...

Falta elementos,
tudo fingimento!
O cômico não é angelical.
Ego indignado,
tudo abarrotado,
Ele transformara-se...

Comédia da vida sem alma,
sem calmas,
Particípio.
Sem séries,
nas suas imterpéries.
Sem gesticulações no espelho.
O palco é agora colinas,
e as tantas neblinas,
fez do palhaço homem...

Inserida por risomarsilva

'O ÚLTIMO SUSPIRO'

Serei perfume
Ardentes fragrâncias
O tudo bagunçando esperanças
O último suspiro...

A vida no leito
Tantas dores cíclicas
E eu só quisera abraçar desconhecidos
Remisso nos sonhos...

Olhares ao redor
Substantivando o vil futuro
Tudo prematuro!
deleite acabado...

Inserida por risomarsilva

'REESCREVER'

Lápis à mão caído
Folhas supérfluas penduradas
Roteiro no ar
Suspiros de incógnitas...

Mãos entrelaçadas
Alma apertada sob a escrivaninha
Desesperada à procura
Pauta desvairada...

Linhas tortas gritam desespero
Reescreve-se erros
Versos nada explícito,
gritam calados...

Como as canções caídas
Navegando janelas
Percorrendo ruas desertas
Ausentes de sentidos...

Deserto está o coração
reescrevendo destinos
Sem saber para onde os caminhos se vão
Poemas reescritos ao chão...

Inserida por risomarsilva

'SÍNTESE'

És síntese
Amor maior
Resumo e explicação...

Sorriso coerente
Parte que faltava ao coração
Brilho nos olhos...

Etimologia e paixão
Lógica e efeitos
Defeitos compreensíveis...

És perceptível
Imortalidade arraigada ao sol
Sonho de almas...

Latitude e esperança
Bonança nas tempestades
Apego e decisão...

Com suas alegrias e tristezas
É proeza suspirando mundos
Sibilante na alma...

Inclinação perfurante e calmaria
Doravante pequenino
Filho pródigo...

És esbelto
Franzino e afeto
Filho meu...

Inserida por risomarsilva