Pequenos textos Reflexivos

Cerca de 8953 pequenos textos Reflexivos

'INACABADO'

O amor passou.
Vertiginoso.
Modesto nas suas facetas.
Com ele,
Fomos juntos.
Escalamos montanhas.
Desafiamos o poder da admiração.
Olhamos nos olhos,
Recitamos palavras expressivas.

As lembranças
Que [ele] nos esculpiu,
Perpetuam um passado presente.
Falou tanto e,
Como um raio,
Partiu sem direção.
Construiu o impossível
E disse adeus,
Deixando nossas almas inacabadas,
Soltas aos ventos...

Inserida por risomarsilva

'POEMA INACABADO'

Declamar-te minha
Cultivo poemas
Nas noites pratinas
Disperso no tom cristal
Mar glacial
Poemas sem teoremas
Gélidos sob as cores sintéticas
E a alma cética
Barco esquelético
Metamorfose insurgente
Cheiro neblina
Pedra atracada
Aduela alvejada
Noites lufadas
Garoa rapina
Recitarei-o inacabado
Vocábulos
Nos verdes disfarçados

Inserida por risomarsilva

'POHESITA'

A neblina mulata perdeu-
Se na negridão e embaçou
As palavras com
Hesitações. Ainda sinto o
Cheiro arraigador na
Madrugada insólita. Os
Beijos ausentes que
Fizeram-se lacunas...
Petrificou-se, disfarçou-se
Nos olhares
E trouxe consigo
'Estilhas', a fome de
Devorar o poeta, que
Redescobriu o mundo, mas
Arruinou-se nos seus
Reencontros.

Inserida por risomarsilva

'AN/DOR/INHA'

O pequeno esvoaçar
Rodopiar com ventos
Voar...

Sentir liberdade
Debulhando céus
Fatuidade...

Subir nas nuvens
Queimar o sol
Inquietude...

Inexpressivo homem
Não rodopia com os ventos
Lobisomem...

Encarcerado profusão
Palmilha cemitérios
Escravidão...

Poste tranquilidade
Vida, meio vivida
Minuciosidade...

Inserida por risomarsilva

'CABOC[L]0'

Ele se foi e deixou uma
Saudade na cabana. Os
Olhos, misturado com o
Atrito das mãos,
Derramaram a
Vermelhidão por várias
Noites em alvorada.
Simplório, sem brilho e
Sem calor para aquecer
O mundo, devastou
corações e
Transformou-as em
Amizades. Dos troncos
Perdidos, fez raízes.
Das flores, perfumes
Verdadeiros. A forma
Tangente da última
Expressão fala ao mundo
Despercebido: ainda
Estou vivo! Respirando
Os sonhos de outrora.

by Risomar Silva.

Uma breve homenagem ao meu
amigo caboc[l]o. Que se foi...

Inserida por risomarsilva

'ÍMPETO'

É no ímpeto das tempestades que aprendemos
a valorizar as pequenas coisas da vida.
E no silêncio de escutar,
vem a sabedoria que tanto precisamos.
Sentindo o valor do próximo,
desfragmentamos o amor para nos tornarmos grandes.
E na simplicidade de se doar,
aprendemos sobre 'felicidade' mesmo sabendo das várias montanhas a escalar.

Inserida por risomarsilva

'EU, INSULAR'

Minha primeira árvore um desastre.
Caí várias vezes!
Meu primeiro emprego sinistro.
Tudo novidade!
Caminhei sobre pontes de névoas.
Descobri o meu mundo!
Subi escadas de brumas.
Escalei o improvável!
Andei por quilômetros na praia.
Queimaduras ao sol!
Admirando o voo das gaivotas.
Admirando a vida!
Eu insular.
Solitário!
Admirando as águas correntes.
Admirando esse 'Tempo' que passa!
Tentando navegar em canoas.
Redescobrindo o 'meu novo'!
A cada dia.
Sempre!

Inserida por risomarsilva

'PRECISAMOS DE UM AMOR'

Que venha com a neblina
Que venha sem perguntar
Que venha sem cortinas
Que venha equalizar

Do tamanho do pulsar
Do tamanho do mundo
Do tamanho peculiar
Do tamanho profundo

Que transforme vida
Que transforme solidão
Que transforme avenidas
Que transforme coração

Que deixe o 'eu' empirista
Que deixe o 'eu' jesuítico
Que deixe o 'eu' futurista
Que deixe o 'eu' místico

Que tenha degraus
Que tenha lucidez
Que tenha litoral
Que tenha solidez

Para colar na emoção
Para colar na geladeira
Para colar nas mãos
Para colar na lareira

Inserida por risomarsilva

'VENTO'

O vento que tanto nos faz bem deixa rastro
Análogo, coisas boas e ruins passam
Assim como a capacidade se esquiva
O dito amor que não sabemos deixa
Trancada sempre próximo
O que nunca se achou

A verdade e o vento são ventanias
Daquelas que não soubemos explicar
E o vento sempre vem
Já não é o mesmo
Tem outro sentido
Deixa tudo novo
Mais perdido
Sei lá

Inserida por risomarsilva

'INVEJA'

Da infantilização
Da abstinência de dívidas
Dos sem coração

Daqueles que implicitamente
Mandam na vida demente
Dos que choram sem razão

Do âmbito antissocial
Da imunidade absurdo
Do alcoólatra imoral
Dos que são salamurdo

Dos amortecidos
Do fanatismo aparente
Daqueles onipresentes
Dos que são sempre esquecidos

Inserida por risomarsilva

'ITALLO'

Teu abraço incondicional me faz esquecer a hipocrisia que lança-me à frente todos os dias. Para mim, teu olhar tem uma dimensão imensurável. Você é a porção maior dos meus momentos felizes. Já não olho para o que chamamos "futuro". Já o construí. Sou completo mesmo sem saber. Todos objetivos e sonhos me foram realizados, pois a cada janela aberta, olhar sincero e carinho recebido me fazem crer que a existência tem realmente muito de significado e que você é minha imortalidade. Te amarei sempre.

Inserida por risomarsilva

'A RUA'

Rua,
pintada em grafos.
Afasto-me,
irascível.
Rua imperceptível,
serás sempre imortal?

Tu,
que tanto acolhe.
Coração de mãe,
elo sem fim.
E os botequins,
funeral?

Verdade,
flameja condolência.
Asilo, refúgio,
há vida, valor.
Cheiras rancor,
Porque não bestial?

Quebradiça,
a rua espera lá fora.
E aqui dentro,
ausência.
Dor violenta,
explosão de cristais.

Inserida por risomarsilva

'TARDE CALMA!'

Tarde calma, exceto pelos ventos abrasivos,
abrasivo meu coração, uniforme!
O bafo instiga o fogo,
deixa um rastro vivo: incandescência!

Fito-o por alguns segundos,
brasas recantos viajam, indefinidos!
Partículas se vão, casual,
sob o vento céu: desastroso!

Partes vão se apagando,
galhos verdes, supérfluos!
Gravetos perdem vida,
algum tempo: chama perfeita!

Inserida por risomarsilva

'ESPARTILHO'

O espartilho,
vazio.
Ninguém vê condolências,
tampouco adiposidade.
Sem castilhos,
sem brio.
Amordaçando consciência,
vislumbrando fatuidade...

Há barbatanas,
melancolias.
Lâminas cortando o abdome,
exíguo.
Ah Juliana!
Vê essa travessia.
Não dê tanta atenção para os homens,
para quê tantos castigos?

Afrouxas o corriqueiro,
delgado.
Já és esbelta,
graciosa.
Coração em jasmineiro,
delicado.
Seguras a fisberta,
e não deixes cair a rosa...

Inserida por risomarsilva

'PALHAÇO'

Seu universo,
controverso.
Alegria de palco.
Levando alegria,
sinestesia.
Exteriorizado...

Escondido,
nos seus malabarismos,
absorvendo aplausos.
A comédia terminou,
a face congelou,
vida real...

Falta elementos,
tudo fingimento!
O cômico não é angelical.
Ego indignado,
tudo abarrotado,
Ele transformara-se...

Comédia da vida sem alma,
sem calmas,
Particípio.
Sem séries,
nas suas imterpéries.
Sem gesticulações no espelho.
O palco é agora colinas,
e as tantas neblinas,
fez do palhaço homem...

Inserida por risomarsilva

'O ÚLTIMO SUSPIRO'

Serei perfume
Ardentes fragrâncias
O tudo bagunçando esperanças
O último suspiro...

A vida no leito
Tantas dores cíclicas
E eu só quisera abraçar desconhecidos
Remisso nos sonhos...

Olhares ao redor
Substantivando o vil futuro
Tudo prematuro!
deleite acabado...

Inserida por risomarsilva

'REESCREVER'

Lápis à mão caído
Folhas supérfluas penduradas
Roteiro no ar
Suspiros de incógnitas...

Mãos entrelaçadas
Alma apertada sob a escrivaninha
Desesperada à procura
Pauta desvairada...

Linhas tortas gritam desespero
Reescreve-se erros
Versos nada explícito,
gritam calados...

Como as canções caídas
Navegando janelas
Percorrendo ruas desertas
Ausentes de sentidos...

Deserto está o coração
reescrevendo destinos
Sem saber para onde os caminhos se vão
Poemas reescritos ao chão...

Inserida por risomarsilva

'SÍNTESE'

És síntese
Amor maior
Resumo e explicação...

Sorriso coerente
Parte que faltava ao coração
Brilho nos olhos...

Etimologia e paixão
Lógica e efeitos
Defeitos compreensíveis...

És perceptível
Imortalidade arraigada ao sol
Sonho de almas...

Latitude e esperança
Bonança nas tempestades
Apego e decisão...

Com suas alegrias e tristezas
É proeza suspirando mundos
Sibilante na alma...

Inclinação perfurante e calmaria
Doravante pequenino
Filho pródigo...

És esbelto
Franzino e afeto
Filho meu...

Inserida por risomarsilva

'BARCO'

Mundo sem continentes,
Fumaças de verbos.
O barco veleja sem linha de chegada.
Ventos sopram abrigos inexistentes,
Embriagando direções,
Satirizando lágrimas,
Velas chamuscadas...

Navegações sob escombros,
Tempo cerrado.
Razão devastada no entardecer.
À procura de tantos mares,
Terras submersas.
Sem tempo presente,
Sentidos microscópicos...

E o barco navega perpetuamente,
Sempre desvairado.
Levando os poucos homens solventes,
Sem almas,
Já cansados.
Á procura de abraços,
Uma ilha qualquer...

Inserida por risomarsilva

‘ÁLCOOL’

Às cegas, a cozinha definha.
Sozinho, a madrugada consome.
O gosto de vodca tem fome.
Paredes anunciam rotinas.

No estômago, a água declina.
Desequilíbrio a cabeça tortura.
Na vida, tudo amargura.
Vulneráveis pernas toxinas.

Metafísica a cadeira suporta.
Reflexos viajam no fardo.
Não atendera vozes de portas,
Ou sentimentos desesperados.
O vazio fingiu-se, desbota.
O álcool ficara calado!

Inserida por risomarsilva

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp