Pequena Menina dos Olhos Castanhos
Por que será que quando éramos pequenos brincávamos com qualquer coisa e depois que crescemos ficamos tão exigentes?...
Fico aqui pensando que, infelizmente, a maioria das pessoas encaram a Semana Santa, apenas como um feriadão e não como um tempo de paz e de reconciliação entre os irmãos, para juntos então comemorarmos no Domingo, a Páscoa da Ressurreição!
Oh, pais irresponsáveis!
Serão vocês por acaso,
Máquinas de indústria de bonecos
Ou se esquecem que dentro destas veias
Corre um sangue vivo e inocente?...
Amor e crença
Sabes que é Deus?! Esse infinito e santo
Ser que preside e rege os outros seres,
Que os encantos e a força dos poderes
Reúne tudo em si, num só encanto?
Esse mistério eterno e sacrossanto,
Essa sublime adoração do crente,
Esse manto de amor doce e clemente
Que lava as dores e que enxuga o pranto?!
Ah! Se queres saber a sua grandeza,
Estende o teu olhar à Natureza,
Fita a cúp’la do Céu santa e infinita!
Deus é o templo do Bem. Na altura Imensa,
O amor é a hóstia que bendiz a Crença,
ama, pois, crê em Deus, e... sê bendita!
O valor das coisas está no tempo que elas duram, porque a intensidade é um afago cruel quando se torna lembrança.
O Lamento das Coisas
Triste, a escutar, pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos,
Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos
O choro da Energia abandonada!
É a dor da Força desaproveitada
- O cantochão dos dínamos profundos,
Que, podendo mover milhões de mundos,
Jazem ainda na estática do Nada!
É o soluço da forma ainda imprecisa...
Da transcendência que se não realiza....
Da luz que não chegou a ser lampejo...
E é em suma, o subconsciente aí formidando
Da Natureza que parou, chorando,
No rudimentarismo do Desejo!
Vozes da morte
Agora, sim! Vamos morrer, reunidos,
Tamarindo de minha desventura,
Tu, com o envelhecimento da nervura,
Eu, com o envelhecimento dos tecidos!
Ah! Esta noite é a noite dos Vencidos!
E a podridão, meu velho! E essa futura
Ultrafatalidade de ossatura,
A que nos acharemos reduzidos!
Não morrerão, porém, tuas sementes!
E assim, para o Futuro, em diferentes
Florestas, vales, selvas, glebas, trilhos,
Na multiplicidade dos teus ramos,
Pelo muito que em vida nos amamos,
Depois da morte inda teremos filhos!
Vencedor
Toma as espadas rútilas, guerreiro,
E à rutilância das espadas, toma
A adaga de aço, o gládio de aço, e doma
Meu coração — estranho carniceiro!
Não podes?! Chama então presto o primeiro
E o mais possante gladiador de Roma.
E qual mais pronto, e qual mais presto assoma,
Nenhum pôde domar o prisioneiro.
Meu coração triunfava nas arenas.
Veio depois de um domador de hienas
E outro mais, e, por fim, veio um atleta,
Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem...
E não pôde domá-lo, enfim, ninguém,
Que ninguém doma um coração de poeta!
Tudo que faço o dia todo é te amar. Nunca pense que está sozinho. Estou passando por isso com você. Se você chorar, eu choro. Se ficar bravo, eu fico brava. Se tiver medo, eu tenho medo. Se estiver livre, eu também estou. Você e eu, sempre.
As pessoas nos odeiam. Elas odeiam sua inteligência. Odeiam a sua beleza. Elas nos odeiam, mas nós não vamos nos odiar.
Quando dizem “meninos”, não estão falando de nós. Estão falando de outros meninos, de outros lugares. Quando pudemos ser meninos?
Não se trata mais de justiça. E sim de política. A política está relacionada a sobrevivência. E não há nada de justo na sobrevivência.
Olhos certos
Cobertos de amor
Por alguém que um dia o amou
Olhos distantes
Que vão se distanciando
E a falta vai chegando
Sinto saudade
Já não sinto seu amor
Por favor volte,
Oh! Meu amor.
O maior problema não é que os depoimentos não coincidam. É que nenhum deles bate com os fatos centrais do crime.
Não lhe direi mais nada.
Por que motivo irei perturbar-lhe o espírito com narração de meus sentimentos.
Mas sou digna de respostas!
