Pensar em Alguém
Não há dúvida: pensar me irrita, pois antes de começar a tentar pensar eu sabia muito bem o que eu sabia.
Que é que destrói mais rapidamente do que trabalhar, pensar, sentir, sem uma necessidade interior, sem uma escolha profundamente pessoal, sem prazer?
Pensar é estar doente dos olhos
Nota: Trecho de "O Guardador de Rebanhos", do livro "Poemas de Alberto Caeiro", de Fernando Pessoa (heterônimo Alberto Caeiro). Link
...MaisEu tenho um milhão de motivos pra fugir de pensar em você, mas em todos esses lugares você vai comigo.
Nota: Trecho da crônica "O Gigante".
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações...
Mesmo que você pense: "Preciso pensar a respeito", o que no fundo esta dizendo é que "preciso me fazer perguntas a respeito, considerar o assunto por um momento". Ao considerar, começará a fazer perguntas. Precisamos compreender que a maior parte do que fazemos, dia após dia, é fazer e responder perguntas. Portanto, se queremos mudar a qualidade de nossas vidas, devemos mudar nossas perguntas habituais. Estas perguntas dirigem nosso foco, e assim como pensamos e sentimos.
Eu não gosto mais dele.
Mas aí, eu faço questão de pensar nele e falar dele todos os dias. Só pra não perder o costume...
Só pra ter em quem pensar...
Tudo aquilo que você evitou pensar ao dia, simplesmente aparecem na hora que você deita para dormir. E você não consegue ignorar.
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
Já que eles (governo) não pensam na gente, vamos a gente pensar na gente e, nas pessoas que a gente ama, porque no final das coisas, é isso que vale.
O perigo de meditar é o de sem querer começar a pensar, e pensar já não é meditar, pensar guia para um objetivo.
Preciso que saiba: nunca deixarei de pensar em você, porque você foi o amor menos elaborado que tive, menos politicamente correto, menos “o cara certo na hora certa”, menos criado no cativeiro da idealização, e essa impossibilidade de intelectualizar o que senti me faz pensar que talvez eu não estivesse enganada sobre aquela ideia romântica de que só se ama assim uma vez.
Se a gente pensar que já viveu tudo o que tinha pra viver, que não há mais surpresas nem vertigens pela frente, que graça terá acordar amanhã de manhã?
Não consigo deixar de pensar nos tempos em quartos solitários, quando as únicas pessoas que batiam à minha porta eram as senhorias cobrando o aluguel atrasado ou o FBI. Vivia com ratos e camundongos e vinho, meu sangue escorria pelas paredes em um mundo que não conseguia compreender e ainda não compreendo. Em vez de levar a vida que eles levavam, eu passava fome. Fugia para dentro de minha própria mente e me escondia. Fechava todas as cortinas e ficava olhando para o teto. Quando saía, era para ir a um bar onde eu mendigava por bebida, andava a esmo, apanhava nos becos de homens bem alimentados e confiantes, de homens idiotas e com vidas confortáveis. Bem, ganhei algumas lutas, mas só porque era louco. Fiquei anos sem mulher, vivia de manteiga de amendoim e pão amanhecido e batatas cozidas. Eu era o idiota, o estúpido, o louco. Queria escrever, mas a máquina de escrever estava sempre penhorada. Então eu desistia e bebia...