Pensamentos sobre música
Eu vou andando pelo mundo como posso
E me refaço em cada passo dado
Eu faço o que devo, e acho
Não me encaixo em nada
Me leve a um lugar distante
Me ajude a carregar
Essa maleta
Onde eu guardo meu cansaço
E meus sonhos mais bonitos
Eu sou um corpo
Um ser
Um corpo só
Tem cor, tem corte
E a história do meu lugar
Eu sou a minha própria embarcação
Sou minha própria sorte
Para que te quero, asas?
Se eu tenho ventania dentro
Eu fiz até uma tempestade
Rodei no céu, na imensidão
Minha esperança é
Toda essa ausência de mato
Morta junto com cada folha
E, poxa, meu coração
É um terreno com sede
Sem um vestígio de verde
Me lanço feito kamikaze
Sou quase qualquer coisa
Conseguinte
Sou dona de um peito persistente
Um coração pedinte
Me equilibro na linha do infinito
Não sei se caio
Ou se fico
Sou dona de um peito apertado
Atado em desejos infindos
Hoje eu só tô afim de olhar bem nos seus olhos
Transformar o meu em nosso
Nunca mais te largar
Toda aquela insegurança hoje eu vejo que era boba
Você surgiu não foi à toa
E eu sei que é pra ficar
A gente ganha pra perder e
Perde para ganhar
O equilíbrio da vida é assim
São momentos a se pesar
Sou exigente e a competição
É comigo mesma
Minha palavra é a arma e também minha defesa
Tira essa tua armadura dourada
A tua pele exposta é pouco, é quase nada
Deixa eu entrar na trincheira
Do que adianta tantas bombas armadas?
O som dos seus sapatos
Cortava em pedaços
Os meus sonhos e as minhas fantasias
Seus olhos apertados
Queimavam como cigarros
Nesse mundo de loucuras
Me perco entre tantas figuras
Fantasiadas, descartadas, descartáveis
Mas isso só não me sustenta
Estudo os teus sinais
Sedenta desfrutando dessa
Insana liberdade
Quando eu tô me sentindo muito, muito triste
Olho pra cima e lembro: O céu não é limite
Sigo o meu coração, jogo ele pro mundão
No meio da multidão, a magia existe
Eu sou livre, sei voar
Já sei por onde devo andar
Eu tô na pista se você não vem
Eu vou passar por cima
Eu não consigo engolir essas verdades calculadas
Essas respostas encaixadas que limitam o meu saber
O saber de sentir a esperança de tentar evoluir
Sem enxergar o fim da linha mesmo se ela não existir
Tu és de fogo, eu sou de ar
Ousaria eu te manipular
Só um pouquinho te conduzir
Alimentar tua brasa, te expandir
Depois te tragar pelos meus pulmões
E sujar minha voz pras nossas canções
Ela sorri para mim e tem olhos inquisitivos, e eu sei que terei problemas com esses olhos, um dia. Não quero que a música pare. Quero continuar cantando e dançando, porque preciso de tempo pra saber o que dizer, porque sei que ela é a tal, e eu só preciso de tempo.
Um carinho para João
Fale baixinho. Não é adeus!
O sentimento é silêncio.
Assim vivi cada nota no som do coração.
O tumtum do meu do silêncio, deixo no coração de vocês.
-- Dedico estas palavras ao querido pai da Bossa Nova João Gilberto. Até!
Por Rica Almada
Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é Bossa Nova, que isto é muito natural
O que você não sabe, nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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