Pensamentos de Gibran Khalil sobre a Paz

A ocasião faz o homem.

Do mesmo papel em que lavrou a sentença contra um adúltero, o juiz rasgará um pedaço para nele escrever umas linhas amorosas à esposa de um colega.

Cem máximas que resumissem a sabedoria universal tornariam dispensáveis os livros.

E cruzam-se as linhas
no fino tear do destino.
Tuas mãos nas minhas.

Confia apenas em ti; o teu melhor amigo e parente és tu próprio.

As nossas necessidades unem-nos, mas as nossas opiniões separam-nos.

A única linguagem verdadeira no mundo é o beijo.

Se fôssemos sinceros em dizer o que sentimos e pensamos uns dos outros, em declarar os motivos e fins das nossas ações, seríamos reciprocamente odiosos e não poderíamos viver em sociedade.

Não somos sempre o que queremos, mas o que as circunstâncias nos permitem ser.

É sem qualquer terror que eu vejo a desunião das moléculas da minha existência.

É uma perfeição absoluta, como que divina, o sabermos desfrutar lealmente do nosso ser.

O mal existe, mas nunca sem o bem, tal como a sombra existe, mas jamais sem luz.

A minha opinião é que nós temos de nos emprestar aos outros, mas apenas nos darmos a nós mesmos.

Os sentimentos mais genuinamente humanos logo se desumanizam na cidade.

O homem é um aprendiz, a dor é a sua mestra,
E ninguém se conhece enquanto não sofreu.

O ódio dos fracos não é tão perigoso como a sua amizade.

Aquele que castiga quando está irritado, não corrige, vinga-se.

A gratidão é uma dívida que os filhos nem sempre aceitam no inventário.

O ciúme pertence mais a vaidade do que ao amor.

A preguiça gasta a vida, como a ferrugem consome o ferro.