Pedagogos
O que os doutores, mestres educacionais e pedagogos fizeram do sistema educacional público? A calamidade é negociada para gerar receita. Só não sei se o neg(ócio) vai se autossustentar por muito tempo!
Os pedagogos do Brasil precisam de novas referências teóricas. No séc. XXI não dá mais pra ler pergaminhos.
Na educação, os melhores pedagogos nos recomendam a trabalhar os 'descritores" e os "distratores" com os alunos, louvado sejam! Todavia, por que é tão difícil aprender com minhas crônicas, se ali estão os erros da escola? E eu, cheio de boas intensões! Ou melhor, trabalho nelas os "distratores" do trabalho escolar. E se aprendemos com os nossos erros, por que temos tanto medo de errar? Ou ainda seja só vergonha dos erros, pois muitos estão de plantão para nos condenar.
Muitos pedagogos de bancada pensam que sem esforço, concentração e determinação se consegue aprender a ler e a escrever, aprender matemática e física, aprender história e sociologia, filosofia e pintura, música e nutrição. O irônico disto é que no caso do desporto já é óbvio para toda a gente que sem esforço, concentração e determinação nunca se sai da mediocridade ou, na melhor das hipóteses, da mediania. Não há ensino de excelência que despreze o esforço, a concentração e a determinação. Para aprender coisas pela rama enquanto se come bebe Coca-Cola e se responde a frivolidades no Facebook não precisamos da escola para nada; as inanidades da televisão e da Internet bastam.
Qualquer método pedagógico que incida quase exclusivamente na oralidade e nos meios áudio-visuais, concebendo a leitura e a escrita como meros apêndices algo acidentais e até um pouco incômodos, terá poucas probabilidades de ser bem-sucedido. É ao escrever, e ao ler atentamente, que se vai além de meras generalidades superficiais e se ganha competências reais em biologia, literatura, física, matemática, história ou filosofia.
"Os grandes pedagogos educam para a generosidade, que na alma dos discípulos serve como precondição psicológica para a contemplação e posterior partilha da verdade — numa escala de conhecimentos que vai do menos abstrato ao mais. Em breves palavras: ser generoso é a nota essencial do verdadeiro mestre, e para percebê-la convém olhar os seus discípulos. Se sabem muito e amam pouco, o mestre fracassou porque sabem mal. Se amam muito e sabem pouco, o mestre fracassou porque amam mal.
O amor é o motivo, é o instrumento e é o fim do saber. Se o amor permear o conhecimento do princípio ao fim, é porque o mestre ensinou tudo na ordem ("ordo"), na forma ("species") e no modo ("modus") devidos. Mas não se chega a tais resultados sem doses de preciosa generosidade.
Amor e saber ou estão juntos ou são malogrados. Sua perfeição é literalmente co-incidirem.
A verdadeira erudição sabe a amor, e o amor é a mais sublime devoção ao bem apetecido pela vontade iluminada pela inteligência. Por isso, o bom mestre gera almas devotas do saber; o mau mestre gera almas devotas do próprio umbigo. Esta última devoção chama-se soberba, o anti-amor em ato.
Se alguém chega a esse triste ponto, é quase impossível que reordene os saberes e os hierarquize. O contato de sua inteligência com a realidade estará decisivamente depravado".
De nada adiantou ser um bom aluno, se não foi instruído por professores, pais, pedagogos para ser um estudante, aplicado às instruções de aulas expositivas, buscando por estudos individuais e sendo ativo, lendo, escrevendo e anotando os textos para obtenção de resultados.
O pecado da escola é o aluno desmotivado. Quem quer aprender, aprende até sem ter quem o ensine. O que os pedagogos ainda não aprenderam, é não querer ensinar o que não devem; mas, devem tornar-se exemplos raros de qualidade para serem valorizados. A quantidade é o pecado da internet.