Paulo Freire Fracasso Escolar

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No Brasil, cultivamos o estranho hábito de analisar Música sem conhecer Bach, de discorrer sobre Filosofia sem ler Nietszche, de tratar do Capitalismo sem avaliar Marx, de preceituar Direito sem observar Celso Bandeira de Mello, de elucubrar sobre Educação sem estudar Paulo Freire, e, sobretudo, de discutir Política sem entender Orwell ou Galeano.
Logo, enquanto preferirmos a mídia aos livros, como fonte de informação, restaremos fadados ao analfabetismo político.

Vida que segue veloz⁠

Ninguém educa ninguém
Ninguém se educa sozinho
A educação se edifica
No decorrer do caminho
É com o outro que se aprende
E por fim se compreende
Que o todo se constrói
Pedacinho por pedacinho

Dia-a-dia, pouco-a-pouco
Faço de mim quem eu sou
Por vezes sério, às vezes louco
Recebo tanto quanto me dou
E o mundo é o palco de todo ato
O outro, o alvo da minha ação
Aprender para ensinar o que de fato
Nos faz estrelas clareando este chão

Embora não encerremos
Por fim, nossa construção
Pois todo dia podemos
Viver uma nova lição
E nessa mágica viagem
Em que navegar é preciso
Seguimos juntando bagagem
Aprendendo com o choro e com o riso

Cada dia passado
Cada etapa percorrida
Nos torna mais preparados
Pros desafios da vida
Vida que segue veloz
Sem esperar por ninguém
Que cada vez mais feroz
Nos cobra o que a gente não tem
E tirando de onde não há
Colocando onde não cabia
É que o sonho se faz ao buscarar
No outro, o que a gente não sabia

E então chegamos até aqui
E a nossa tarefa é continuar
Tarefa que só se pode cumprir
Abandonando as certezas
Que insistimos em carregar
Pois quem já acha que chegou
Não precisa mais andar
Por isso, sigamos a nossa jornada
Tendo o horizonte como nossa meta
E que cada pedaço dessa estrada
Seja um pouquinho daquilo que nos completa
(Rogério Reis Benedito)

Um fracasso novo é o mínimo que se espera de qualquer relação.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Fora de Mim. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2010.

Sem tesão não há solução.

Roberto Freire
Sem tesão não há solução

Nota: Título do livro de Roberto Freire publicado originalmente em 1987.

...Mais

Os baianos invadiram o Rio para cantar "Ó, que saudades eu tenho da Bahia...". Bem, se é por falta de adeus, PT saudações.

À beira da estrada
Com o pêlo tão sedoso
O cachorro morto.

Chove de novo -
As vacas e os carros
Devagar, em fila indiana.

Apenas vós,
Árvores de tronco branco,
Me garantis que retornei.

Árvores da infância -
E depois a monotonia verde
Dos canaviais...

Demorou este ano,
Mas de repente, em toda a parte -
Primavera!

Um susto matinal:
na caixa do correio,
duas mariposas!

Tão pequena
E desbotada de chuva
A casa da infância!

Manhã de frio.
Se fosse menino escrevia
Meu nome no vidro.

O bebê resmunga -
Zune nas venezianas
O vento do inverno.

Tarde de inverno:
Sobe do fundo dos vales
A sombra das montanhas.

Aqui e ali,
Sobre os campos florescem
As quaresmeiras.

Com o vento frio percebo:
Semanas e semanas
Sem ouvir insetos.

A porteira bate -
Do meu lado esquerdo,
A lua de verão.

É quase noite -
As cigarras cantam
Nas folhas escuras.

Em toda a longa viagem,
Só agora encontrei
Um cafezal!