Passado e Pagina Virada na minha Vida

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Os seres aos quais servimos de amparo são para nós um apoio na vida.

Os dados reais da vida não têm valor para o artista, são unicamente um ensejo para manifestar o seu génio.

A fortuna aumenta a vida, na medida em que aumenta a possibilidade, que é a própria vida sentida. A vida é a conservação do possível.

Na vida não deves dar conselho a quem precisa de dinheiro.

Quem não espera na vida futura, desespera na presente.

Ó meu amigo, não te limites a aspirar à vida do possível, esgota antes o campo do possível.

O fato de as dores se revezarem torna a vida suportável.

O homem existe apenas no combate, o homem vive apenas se arrisca a vida.

Não é por ter sido honesto uma vez que se pode passar o resto da vida a descansar.

O que me interessa, é a vida dos homens que falharam visto significar isso que tentaram ir para além das suas possibilidades.

Todas as especulações são pardas, certamente, mas eternamente verde é a árvore de ouro da vida.

Os bens supérfluos tornam a vida supérflua.

O amor e o seu reverso, o ódio, constituem o verdadeiro estudo da vida, porque só eles tiram as consequências dos outros indivíduos.

E assim sem saber quanto tempo me resta vou levando minha vida. Meu passado ainda me traz muitas lembranças, todas as marcas que trago e não consigo apagar me castigam de alguma forma, é um sentimento sufocante que me prende a situações que não quero mais viver. Nunca fui bom em me cuidar, sempre fiz tudo ao extremo e passei muitas vezes dos limites e transgredi algumas regras pensando que ser rebelde era provar que eu era maior. Meu maior engano era pensar que fazendo isso seria feliz, meus amigos ficariam impressionados, não medi o mal que isso a mim causava.
Olho hoje pro presente sem muitos anseios, queria apenas aquietar meus demônios e aprender a conviver pacificamente com aquilo que não sou.
Hoje me vejo egoísta e sem vontade de apreciar futilidades que outras pessoas veneram. Me tornei ser inquietante, em busca de uma explicação maior pro que aparentemente é a vida em sociedade. Muitas vezes me pego pensando em me isolar, mas me basta um dia inteiro em minha própria companhia pra ver que seria insuportável aceitar essa condição.
Não procuro ninguém quando saio na noite, tento me encontrar em meio aos sorrisos e abraços de amigos e amantes que vejo na minha frente, será que me pus tanto a me encontrar que toda essa gente me é chata? Sou ser instrospectivo que se permite mostrar os dentes quando tento em uma roda de pessoas que não vejo graça nenhuma mostrar algum interesse, minha vontade só é sair dali o mais rápido possível.
Penso todo dia que tenho cada vez menos tempo pra realizar, mas me sinto incapaz de mudar a situação, de fazer, de sair do conforto e enfrentar a felicidade plena de me encontrar naquilo que creio fará algum sentido na minha vida. Ando vazio, amores vazios, garrafas vazias, coração cheio de emoções que se aprisionam com medo de mais uma vez se desapontar ao se entregar.
Ando meio assim, meio assado, meio levando com a barriga, levo do jeito que vão me guiando, vou levando e cada vez mais recluso, perdendo cada dia mais minha identidade que agora questiono se algum dia tive. A tristeza me é recorrente, se tornou amiga, permiti que muitas pessoas levassem meu melhor e me sinto vazio.
Trago a tristeza dos outros, as angústias, os medos, anseios e absorvi isso ao longo dos anos, de pessoas que passaram na minha vida, queria ser o salvador, mostrar a felicidade que trazia, e por fim aceitava os sentimentos negativos como recompensa.
Sempre me doei mais do que podia, me sinto esgotado, entreguei minha alma algumas vezes nesse caminho, toquei pessoas aonde já não existia mais vontade de se viver, mas meu castigo foi perder a minha própria vida.
E sem saber como viver esses tempos difíceis vou levando, um dia de cada vez que é pra não me assustar.
Engraçado como tenho me permitido, deixo pessoas entrarem na minha vida de forma natural e novamente chego à conclusão que eles só vem pegar o que querem, depois me deixam vazio e vão embora sem dizer adeus.
Esse mundo se tornou frio, tudo se consegue facilmente na outra esquina, em outra pessoa, em outro coração, não se precisa mais ter zelo, paciência, a vida realmente foi reduzida a momentos e nada mais.
Eu quero mais que isso, quero pelo menos a chance de tentar, de me mostrar, que não pare no meio.
Ando meio frustrado com os aspectos e consequências que uma vida pensante me causa, sinto dor e tristeza toda vez que me exponho, mas não aprendo, sou literal, quem sabe um dia cruze alguém com as mesmas características, quem sabe exista alguém disposto a ser mais que momento, que seja mais que até logo.

Mesmo quando você não sabe para onde vai, ajuda saber que você não está indo sozinha. Ninguém tem todas as respostas. Às vezes, o melhor que podemos fazer é pedir desculpas, e deixar o passado no passado. Outras vezes, precisamos olhar para o futuro e saber que, mesmo quando achamos que vimos de tudo, a vida ainda pode nos surpreender, e ainda podemos surpreender a nós mesmos.

Noite de um inverno

De repente, sinto que estou triste.
Triste pelo que sou,
Triste por tudo que não fui.
Mas, não me aborrece
Essa tristeza ,que vem
E que flui através
Do cinza-azulado da fumaça
Do cigarro, projetada no teto
Mal pintado de meu quarto.
O silêncio amigo que habita
Meu apartamento
Divide comigo o frio da noite,
Que também se vai.
Penso em voltar, penso em partir,
Em estar contigo,
Em dividir essa tristeza
A dois…
Que grita dentro de mim,
Dentro do quarto quieto,
Frio, de ar viciado
De teto mal pintado.
Vejo as marcas incertas
Do pincel,
Como a arranharem
Também dentro de mim
A saudade do que era
E a ansiedade do que será.
Fecho os olhos,
Molhados
E penso num poema que faria,
Se meus olhos molhados
Não estivessem cansados,
Fechados,
Tentando esquecer
Essa tristeza….

Preocupar-se é ocupar-se previamente com algo que ainda não está acontecendo. Assim, quando o acontecimento se der, estaremos sem a suficiente e necessária energia para enfrentá-lo, pois a mesma foi desperdiçada antes do tempo. Em outras palavras: se nossa mente está presa a lembranças do passado ou a ideias do futuro, não estamos vivos, mas adormecidos, pois a vida se passa no presente, no aqui e agora.

Espirais do tempo

Em grandes vôos espirais
procurei nos espaços
descobrir meu futuro,
mas os pontos cardiais
me conduziam, aos pedaços,
a lugares sem nada, obscuros.
Desiludido, cortei as asas
e afundei no mar opaco
que escondia o passado.
Para compreendê-lo, fui fundo,
pouco a pouco, em regressão.
Havia uma criança que não podia
entender, nem aceitar a morte.
Sufocado, busquei a tona
nadando através do tempo
que esse mar revolto escondia.
Vi um jovem atormentado
que desenhava e escrevia.
Sorri e acenei, mas não sorria
e sem me dirigir um olhar
desapareceu na densa bruma.
Continuei subindo e vi o homem
que amava, mas não compreendia
o amor e. por isso, sofria.
Deixei-me então ficar submerso
sem mais coragem de olhar
e,uma vez mais fugi, sem respostas.

Círculos viciosos

Eu lia, mas não sabia ler,
e tudo que eu lia,
porque não sabia,
não fazia sentido
dentro de mim.
Procurei a ponta condutora,
qual um filão
do entendimento.
Nada!
Busquei fantasmas
em cada negativa.
Vi mortos-vivos,
de passados tão presentes
e mergulhei no fundo,
mais íntimo,
em um reflexo de ternura.
Vi, na minha imagem
um enorme vazio
que transformou meu sonho
na dureza fria
da realidade.
Seria maldade,
ou o desejo de um fortalecimento?
E, afinal, eu vi,
mas não sabia ver.
E tudo que eu via,
porque não sabia
não impressionava
o negativo de minha alma.
E, assim, caminhei passos
sem saber,
e, porque não sabia caminhar
meus passos a nada me conduziam.
E, ainda sem saber,
retornei ao ponto de partida,
sem mais esperanças.

No meio da estrada

No meio da estrada,
parado,
olho à frente;
o desconhecido,
olho atrás;
o nada.
Tudo é nebuloso
em figuras dispersas.
A década perfeita
dos anos dourados,
perdida.
Procurei nos teus olhos
minha própria certeza
esquecida
em alguma esquina de nós.
E, no passar do tempo
ao nos vermos
já não seremos os mesmos
amantes de outrora,
encantados,
encantadores,
mas sombras de um passado
varrido da memória,
mas presente nos corpos.