Passado Deus
De uma maneira humanamente inexplicável, mas de um jeito planejado divinamente, transitamos pelos domínios do tempo, participando de fatos durante anos, meses, dias, minutos, segundos, breves momentos, outros mais demorados, lugares físicos, lúdicos, dentro de abraços e de sentimentos, vários mundos temporários, pacíficos ou adversos.
A partir deste prisma, podemos pensar que talvez as quatro estações sejam as emoções e ânimos temporais, tendo em vista que cada uma delas possui uma sentimentalidade mais característica como se fosse uma alusão à temporalidade de cada emoção e sua periodicidade.
No verão, uma sensação de grande entusiasmo, uma porção de vitalidade, a primavera traz um florescer de felicidade, de dever cumprido mostrando graças a Deus o que se tem de melhor, que valeu a pena não ter desistido, já com a chegada do outono, vem desprendimento do que não tem mais tanta relevância como teve outrora e, por fim, durante o inverno, os trato sinceros e calorosos são mais necessários e valiosos.
E neste mundo temporal, o passado, o presente e o futuro estão juntos num fluxo contínuo, onde no momento certo, um assume o lugar do outro, o futuro vira presente, este passa a ser passado e logo trocarão de postos novamente e continuarão coexistindo pois cada um carrega pelo menos um pouco do outro consigo.
Como sempre, o Tempo segue determinado, nunca se cansa e ainda parece estar cada vez rápido, passando por dias, meses e anos em segundos, minutos, e horas por uma constância de futuro, presente e passado, o que pra ele não importa, já que tudo isso está conectado.
Nós por outro lado, sentimos muito o impacto inevitável da temporalidade, gradativamente envelhecemos, saboreamos o cansaço, seguimos num ritmo lento, desacelerado, se compararmos com velocidade incansável do Tempo.
Muito diferente do Tempo, não somos eternos, entretanto, podemos usufruir intensamente alguns pontos da sua passagem, desperdiçando a nossa brevidade o mínimo possível, mantendo o máximo da nossa jovialidade, guiados por Deus, nutrindo amor, veemência e simplicidade.
Viver é um ato emocionante, um verbo que precisa ser frequentemente conjugado, aproveitar o presente, dar valor a cada instante, não se prender ao passado, estar com pessoas imperfeitas, porém, cativantes, divertidas, sinceras, gratas, amorosas, sensatas e passar por lugares diferenciados, uma natureza deslumbrante, representada pela flora, pela fauna, pelos ares, terras, águas vívidas entre rios e mares, vivendo de uma maneira sábia e intensamente, reconhecendo que a vida terrena é uma dádiva, mas não é permanente, graça de Deus e o futuro a Ele pertence.
Toda a nossa atenção deve estar no que está por diante, e não no que ficou para trás; porque viver com a mente no passado nos impede de caminhar em direção à Vida Eterna.
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