Paragrafos de Amor
Amigos poucos temos,mas esses poucos nunca nos irão abandonar,pois,amigos estarão sempre em nossa vidas nos ajudando no que precisarmos.
Amigo (a) você é o melhor que existe em mim. A escolha mais certa que fiz. A chama da eterna saudade que sinto. Ninguém conhece mais a ferrugem de meu sorriso quando disfarço e o esforço repentino quando me disfaço nem amizade maior do que aquela que temos!
A dança é o melhor ritmo da vida. O coração dá o compasso, faz pulsar a valsa, encanta a platéia e só termina o espetáculo quando a vida lhe tirar o fôlego!
Eu sou a soma dos erros que cometi, a subtração dos obstáculos que superei, a multiplicação do bem que recebi e a divisão do amor que convosco compartilhei...
Quando a insensatez torna o desiderato infame e a torpeza ganha ares de destreza, percebemos que a pureza não está naquilo que se vê, mas na grandeza de um simples olhar para si mesmo.
O caráter de um homem é destinado a acompanhá-lo pela vida toda. Não pode mover-se para fora dele tampouco reduzir-se senão pela própria grandeza de sua alma.
Que importância é essa que constantemente atribuímos as circunstâncias alheias a nós, se são elas próprias, formadoras de opiniões deterministas, condizentes às pressões sociais, regidas por tantos modismos vulgares e imperialistas, quase sempre, tão fugazes quanto a arbitrariedade que os alimenta?
Se a condição humana fosse tão somente dotada de sentidos, o que constituiria o homem senão um mero conjunto de impulsos elétricos estimulados pelas leis da física?
Não lamente ao descobrir que não pode fazer o que quiser, mas não hesite em tentar realizar tudo que pode.
Afinal, o que significa "mal entendido"? Seria a própria negação do entendimento (e portanto, um não-entendido para ser mais preciso) ou seria a assimilação erronêa de um fato mal interpretado? Em ambos a comunicação é deturpada, corrompida pelo pensamento daquele que recebe uma mensagem externa. O adjetivo mal comporta "tudo aquilo que é diverso a uma expectativa". Não importa se ela (expectativa) é totalmente incompreendida ou parcialmente correspondida. Em ambos há frustração. Em ambos alguém se machuca. Uma meia verdade é na verdade uma mentira completa, uma inverdade, uma falácia, pois, como já sabemos uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo. Disto só podemos concluir uma coisa, meus caros leitores: para um bom entendedor...Será mesmo?
DEUS TRISTE
Eis que Deus
Está triste!
- Ah, se você O visse! (?) -
Encabulado, pensativo,
Desolado, apreensivo...
Decepcionado com o baita disparate
- Solto, à mercê, sem rumo e sem classe -,
Dada à enorme disparada
Das dívidas contraídas;
Do pouco que se empreendeu;
Na adversa evolução propagante e às pressas,
Para com a nítida e solícita lição,
Tão recomendada a cada um
Dos amados filhos seus.
Ei-Lo, lá em cima,
Com suas sacras orientações,
Enviando-as aos cérebros, às mentes,
Aos conscientes corações,
Mas, inconformado com o acrescer do inverso.
Com o desrespeito,
O desleixo, o desapreço veemente.
Com tamanha falta de consideração.
Eis Ele, lá do Alto,
A ver tanto destrato!
A observar quem não é
Nem o esboço de um santo
E sim um mini-pedaço gostoso
Do bolo do mundo grandioso;
Um simples punhado de pó apenas;
Uma porção de cinza
Alçada ao mar, ao lago, ao ar,
Ou, então, reclusa num pequeno receptáculo,
Reservado à sua memória, à sua menção.
Querendo, o metido a Mecenas;
Na verdade, o desmedido inculto,
Ser o maior a qualquer custo,
Com seu dedo em riste insinuante,
Como se fosse um rei predominante,
A possuir o privilégio régio
De desejar mandar,
No todo, em tudo.
Eis que Ele...
Que Deus está triste!
Perplexo ante os flashes do funesto descrédito.
Impassível, sem descanso
Para com os fortes solavancos
Desembestados pelo incrível avanço do desdém.
Preocupado com a acintosa proporção de deslizes
Em série e, por tabela,
Transportados sobre descuidadas selas;
Com a gigantesca escalada da crise,
Forçando, intransigente,
Em concretizar a maldita façanha:
De, prosseguindo adiante, avante, além...
Querer fazer frente
À já tão corroída montanha
Do Amor e do Bem.
Eis que, assim,
Desfaz-se dos avisos - já passados e ao vivo -;
Desliga-se dos recados imparciais;
Idênticos, iguais. Convencionais ou virtuais,
Transmitidos aos fora-de-sintonia,
Com a ora desantenada, desconectada,
E errônea idolatria dos tais
Que julgam ter muito, quando nada têm.
Que, desleixados, inflexíveis,
Atolados até o pescoço,
- Remexendo-se entre a lama e a roer o duro osso -
Deixam fácil que as desqualificações da avaria
Tomem bastante conta daquilo
- Mas, que gosto pelo desgosto!
- Que vacilo, hein! -
Que eles acham,
Tremendamente, que lhes convém.
Hei! É chegada à hora!
É mais que agora e pode bem ser para você:
Se for um dos elementos dessa toda ofensa, aí;
Caso faça parte dessa turma,
Dessa massa sem graça,
Que se envolve, se agrupa, se abraça,
Para bulhufas, para o vazio de uma inservível busca,
Por favor, sai já, daí!
Pare! Arrêter! Stop!
Dê um basta para isso que tanto o afasta!
Dê o bote, o choque,
O ultimato, o firme golpe,
Neste que se dá de bacana
Para atrair e envenenar a alma insana,
E resgate, pelo braço, com eficiente contato,
Um outro que teima não haver mais defesa;
Que pensa que a ajuda intensa já não vem.
Que não vê o quanto está cheio
De recheio de embaraços,
Para que caia fora, também.
É conquista alcançada!
É triunfo exuberante, alvissareiro, celeste!
É só seguir as pegadas do Mestre!
É barbada, é tão legal!
Enfim, é o pró que dá fim ao mal,
Quando SÓ se quer O SIM!
Que ASSIM SEJA!
AMÉM !!!
De: editoria@oregional.com.br
Para: rizzo.3004@terra.com.br
Olá Rizzo!
Como sempre, impecável no dom de lidar com as palavras.
Adorei o poema "Deus Triste"; tão realista; triste ver a que ponto chegamos, não? Já sem tempo para as coisas mais simples que outrora nos deixavam tão felizes, como uma simples conversa de poucos minutos.
É o preço que pagamos, meu amigo, em nome dessa tal modernidade, que confunde necessidade e busca desenfreada pelo dinheiro.
Bem, deixe-me parar de filosofar...
Espero receber sempre seus poemas, que com certeza enriquecem muito mais o nosso jornal.
Abraço de sua amiga
Vânia Afonso
Editora-Chefe
Do Jornal “O Regional”
Catanduva – SP.
