Parabens Mario Quintana
"Liberdade, como plenitude do ato humano, implica a ética, do contrário é a lei das selvas. A liberdade sem ética é a falsa liberdade porque ofende a liberdade alheia."
Quanto mais negras são as trevas, mais brilham as estrelas.
O amor é como o sol, está sempre brilhando, embora nem sempre percebido.
A noite uivam os lobos, pela manhã os pássaros cantarão.
O sonho é o vento, a atiçar a cada momento, o fogo da conquista.
São nas trevas negrejantes que a luz faz o seu brilhar.
O que o coração não sente, os olhos não choram.
Quando trilhares o caminho do amor, então terás trilhado o caminho da verdade. O amor pode não enxergas todos os motivos, mas atinge ao objetivo, que a verdade, sem o amor, não pode atingir.
Condenar é humano, perdoar é divino.
Todas as barreiras são palhas para as chamas de um grade amor.
É no meio de areia e pedregulhos que se encontram diamantes raros.
A felicidade nasce nos caminhos do coração, quando não deixamos pedras de mágoas nos impedirem de amar.
É curioso: sou um isolado que conhece meio mundo, um desclassificado que não tem uma dívida, uma nódoa - que todos consideram, e que entretanto em parte alguma é adimitido (...) Nos próprios meios onde me tenho embrenhado, não sei por que senti-me sempre um estranho...
A liberdade do homem não é um mal, mas um bem. O mal está no uso dessa liberdade para fins afastados do bem superior. O que não se pode deixar de considerar é que toda e qualquer posição que negue a possibilidade de uma retribuição extraterrena coloca o homem em situação de máxima perplexidade, que só o pode levar do pessimismo ao desespero.
Enquanto alguns psicólogos permanecem manuseando palavras mortas, os artistas fazem psicologia. Comunicar uma alma a outra é o trabalho dos estetas. Nunca, como agora, numa época em que a escala de valores puramente utilitária predomina na sociedade, mais carecemos de artistas. A arte é um estímulo para a vida.
Esse espírito de entardecer, de crepúsculo, que não permite ver a imensa heterogeneidade que há nas causas intrínsecas e extrínsecas dos fatos, nos fatores que cooperam para que ele seja o que ele é.
O marxismo na Rússia não conseguiu abolir o Estado nem sequer diminuir seu poder. Não evitou a polícia nem o exército, muito menos a burocracia. O aumento da produtividade foi risível. Não comunizou a propriedade, não evitou a desigualdade, pior, a acentuou. Não aniquilou o amor à pátria nem estimulou o internacionalismo. Não proscreveu as insígnias honoríficas, mas criou novas e fez ressurgir outras. Não construiu a liberdade, mas a maior opressão registrada na história.
Os exemplos de homens que não podem em estado normal vencer seus ímpetos não é suficiente, porque há aqueles que podem vencer. O que se revela aí é uma fraqueza da vontade.
A melhor propaganda é a do ato, e a cooperação só pode impor-se pela prática, assim como a liberdade só se torna prática pela prática da própria liberdade.
A suscetibilidade é um sintoma da ignorância. Os homens exageradamente suscetíveis, que tudo os ofende ou magoa, são sempre espíritos medíocres. A suscetibilidade é, assim, um dos recursos que a mediocridade usa para esconder ou desviar sua pequenez.
Preciso marcar uma consulta para meu cachorro com minha psicóloga, antes que ele marque uma consulta para mim com o veterinário dele.
Eu bailo em poemas, multicolorido! Palhaço! Mago! Louco! Juiz! Criancinha! Sou dançarino brasileiro!
São os famintos de prestígio e que não sabem sofrer a sua fraqueza, os complexados de poder, complexados de inferioridade, que buscam obter um cargo que os torne grandes, porque não são grandes.
Quem é grande não procura ocupar o cargo grande. Quem realmente é grande cria para si a própria grandeza. É grande porque é grande, e não porque ocupa um cargo grande.
Diferentemente do comunismo, um mito capaz de seduzir muita gente com seu sonho igualitarista, o fundamentalismo religioso islâmico, hoje o principal adversário da civilização, só pode convencer os já convencidos.
Que melhor demonstração de que não há nem houve nem nunca haverá "países felizes"? A felicidade não é coletiva, mas individual e privada — o que faz feliz uma pessoa pode fazer infelizes muitas outras, e vice-versa — e a história recente está infestada de exemplos que demonstram que todas as tentativas de criar sociedades felizes — trazendo o paraíso à Terra — criaram verdadeiros infernos. Os Governos devem estabelecer como objetivo assegurar a liberdade e a justiça, a educação e a saúde, criar igualdade de oportunidades, mobilidade social, reduzir ao mínimo a corrupção, mas não se imiscuir em temas como a felicidade, a vocação, o amor, a salvação e as crenças, que pertencem à esfera privada e nos quais se manifesta a feliz diversidade humana. Esta deve ser respeitada, porque toda tentativa de regulamentá-la sempre foi fonte de infortúnio e frustração.
Vez ou outra há uma tendência, quando se vai falar em política, de a pessoa dizer: "Ah, não quero falar sobre isso, isso não é da minha conta". Cuidado. A política é da sua conta e é da minha. Partido é uma coisa que a pessoa decide se tem ou não. Política é da nossa conta o tempo todo. Colocar-se como neutro é um ato político. Porque, como a política é a tentativa de acerto de interesses que nem sempre coincidem, colocar-se neutro é ficar sempre do lado de quem é mais poderoso. Se alguém vê um menino de 15 anos disputando uma bala com um menino de 5 anos e diz: "Não vou me meter", bem, já se meteu. Porque ficar omisso é ficar do lado de quem vai ganhar. É claro que o menino de 15 anos tem mais força que o menino de 5.
É sempre bom insistir: não se confunda tradicional com arcaico. Nem tudo o que vem do passado é tradicional; tradição é o que deve ser preservado, protegido, levado adiante (como a atenção aos conteúdos e à competência docente), enquanto que o arcaico é o que precisa ser superado, descartado, deixado de lado (como o autoritarismo e a meritocracia angustiante). Por outro lado, nem tudo o que parece moderno o é; às vezes apresenta-se como simples modismo ou mera novidade passageira.