Para que Tanta Mentira Magoa e Dor
Ingratidão: A Era do Vazio
Vivemos em tempos marcados pela ingratidão, onde as pessoas parecem cronicamente insatisfeitas consigo mesmas.
É uma era estranha, na qual se luta incansavelmente para conquistar algo, apenas para, ao alcançar, sentir um vazio imediato, como se o esforço não tivesse valor.
É o ciclo do “consegui… e agora?”, onde o objetivo ou pessoa se torna rapidamente irrelevante.
Estamos cercados por pessoas que não sabem o que realmente querem, e, quando finalmente conseguem, falham em reconhecer o peso e o valor de suas próprias conquistas.
Falta reflexão, falta apreciação, falta conexão com o que foi alcançado.
Que triste constatação: viver como se nada fosse suficiente, como se cada vitória fosse um fardo, e não uma celebração.
Que vazio é não valorizar os frutos do próprio esforço. Que derrota é conquistar e não reconhecer a grandeza do feito.
É um convite à vergonha, mas, acima de tudo, à mudança.
Que possamos aprender a valorizar o que temos e a ser gratos por quem nos tornamos ao longo do caminho.
Gratidão não é só virtude; é a base de uma vida mais plena.
Ela é mar inteiro.
Seus olhos são a comporta, a janela da alma.
Tem dia que ela jorra e noutros ela goteja... letra a letra do seu par de oceanos negros.
Um dia, de tanto jorrar, se afogou no mar de emoções (em si mesma). Era sentimento de não caber mais.
Quem iria represá-la? Quem conteria sua fúria? Seu tsunami interior…
(...), então, ela se identificava com um pequeno lago a nutrir apenas quem está às margens. E o que é a essência de um mar represado num pequeno lago? É a dor da contenção oceânica.
Quer saber como ela sente?
Entrelace bem forte os dedos das mãos. Agora faça muita força para descruzá-los, mas não deixe que isso aconteça - MAIS FORÇA!!!! - até que seu corpo estremeça por completo. A vontade de se libertar dessa amarra é a única coisa que importa agora.
Os ossos doem, os dentes enrijecem, você precisa de espaço, precisa fluir, se expandir. É assim, exatamente assim, que ela se sente muitas vezes.
Com a imensa necessidade e fúria de romper as barragens, de abrir caminhos, de marejar poros afora toda essa água represada.
O que mais dói em uma traição, é que aquele que a fez, foi a pessoa em que você tinha uma confiança grande. Se fosse por um inimigo não me surpreenderia.
Vermelho,
Verdadeiro...
Luzes...
Bastidores...!
Palavras apenas...!
Vazio do peito...
Queimação,
Mares navegantes...
Céus que elaboram os ventos,
Elementos,
Frio e calor...
Chuvas torrenciais...
Sentimentos que transcendem...
Voz que inundam,
Desilusão,
Mares nas sombras,
Sentimentos que navegam...
Arte nua e crua...
Lágrimas que nunca mais voltei a sentir,
O vasto sistema da alma...
Os labirintos do abismo...
As consequências...
O fazer poético,
No embasado do frasco primordial...
Sopro do interior...
Seus traços ressaltam...
Eu estraguei tudo, eu não deveria ter amado assim tão intensamente, eu deveria ter controlado tudo isto, não ter permitido que você mora-se em meus sonhos desta forma, tanto amor assim e o meu castigo.
Em presença de um acontecimento desgraçado já ocorrido, no qual, por conseguinte, não se pode mudar nada, não devemos nos abandonar à ideia de que poderia ser de outra maneira; menos ainda refletir sobre o que poderia ter sido feito para que fosse diferente. Porque isso simplesmente intensifica a dor até o ponto em que se torna insuportável, e assim nos tornamos "aquele que atormenta a si próprio". Pelo contrário, devemos estalar os dedos e nunca mais pensar nisso. Aquele que não é bastante leve de intelecto para conduzir-se dessa maneira deve refugiar-se no fatalismo e convencer-se da verdade de que tudo que ocorre, ocorre necessariamente e, portanto, inevitavelmente.
Não obstante, essa regra só tem valor em um sentido. Em um caso de infortúnio, é útil para nos proporcionar alívio e consolo imediatos; porém, quando, como acontece muitas vezes, a culpa é de nossa própria negligência ou irreflexão, então a meditação repetida e dolorosa dos meios que poderiam ter impedido o acontecimento é uma autodisciplina saudável que nos serve como lição e aprendizado, isto é, para o futuro. Não devemos tentar desculpar, atenuar ou diminuir as faltas de que somos evidentemente responsáveis, mas confessá-las e trazê-las claramente ante nossos olhos em toda a sua extensão a fim de tomar a firme decisão de evitá-las futuramente. Temos, é verdade, de nos infligir o doloroso sentimento do descontentamento de si mesmos; entretanto, o homem não castigado, não aprende.
O DIA QUE EU MAIS CHOREI
Quando embalsamei o meu corpo
No elixir sagrado - Vinho Panteístico
Que os deuses sorvem do ''místico''
Rebanho - salguei-me, absorto!
Chovia em todo meu ser, navalhas,
Perfurando-me o peito e os olhos;
E o mar, que chocalhava-me os ossos,
Chocalhava também as minhas falhas.
E só, no se ir das ondas, eu naufraguei
Meu barco nos corais: tanta beleza
Tinha no olhar, tanta sede; - Afundei
No azul de um céu que encontrei...
E ao beber de minha própria profundeza,
M'embriaguei, Tornei-me Deus, e me afoguei!
Itamar FS
Enquanto minhas lágrimas percorrem junto com a água do chuveiro
Percebo que estou só;
Só eu, e mais ninguém.
Ninguém para presenciar minha dor,
Nem meu grito ensurdecedor.
Nos meus piores dias,
Tive que me curar sozinha.
Ainda dói bastante.
Um dia, talvez...eu encontre
Um antídoto nessa estante.
Tem coisas que vão doer e te tirar o chão.
E não tem outro jeito!
O problema não é sofrer e sim querer viver sem dor, não tolerar um vazio, não saber lidar com as frustrações, perdas, incertezas, rejeições e por aí vai.
É não aceitar o inevitável lado avesso da vida e das emoções.
Quando aceitamos a dor, ela atravessa a gente e sabe o que acontece?
Ela PASSA e tudo se ajeita.
O difícil na vida não é viver feliz, é antes conseguir manter a felicidade, mesmo que não haja motivos para viver com dor.
Perdoe-me mas não pude evitar a força dos pensamentos, é que os sentimentos tem sido mais forte do que eu, confesso que tentei leitura mas pensei em você na noite passada de novo.
Era muito tarde e já estava deitada na cama, foi no escuro do quarto, com o silêncio solene que fechei os olhos e entrei em meu mundo, e você estava lá de novo.
Podíamos ser os donos do mundo, e ali éramos.
Corremos de mãos dadas na areia da praia num fim de tarde no meio da semana, o céu está colorido e a cor que se destaca é o laranja com rosa, o vento corre forte e tem pássaros seguindo seu rumo na leveza de seu voo, há pessoas fechando seus guarda-sóis e ambulantes indo embora, a sensação de viver isso é tão incrível que tudo parece estar devagar e o tempo parece querer parar pra nos admirar...
Apesar de segurar forte tua mão, soltaste a minha no meio da corrida, e o mar gelado tocou meu corpo primeiro, e antes que me virasse, você abraçou a si mesmo. Seus olhos fixo no mar o fez hesitar em entrar na água com medo da sua impetuosidade, mas eu estava lá pra te abraçar, eu sempre estive aqui pra te abraçar, mas você nunca veio.
Estou com teu rosto no meu e sinto toda a tua vibração, teu corpo chega a tremer de frio, suas mãos estão rígidas quase que paralisadas, te puxo pra mim com força e te beijo com vontade no intuito de nos esquentar, embora quisesse mesmo incendiar nossas almas até que se consumissem pela a chama desse amor insano que sinto mas que pra muitos é inverosímil existir.
As ondas nos envolve sem força alguma de nos tirar do lugar, estamos fortes o bastante pra continuarmos juntos.
Estamos nos beijando...
Estamos caindo na areia...
Estamos nos amando...
Estamos nos dissipando na alta consumação de tudo que sentimos...
Estamos nos tornando um só outra vez...
Estamos desaparecendo, e antes que eu abra os olhos quero que sinta na pele como é se sentir vivo de novo, mostrar pro mundo que ele precisa de você pras suas cores terem algum sentido.
E deitados naquela areia, envolvidos por toda aquela brisa, olhando as pequenas estrelas a surgir que te vi suspirar fundo e sorrir, apertei sua mão ainda mais forte mas você estava se esvaindo junto da areia do mar.
"Somos imbatíveis, eu te a...", te ouvir dizer baixinho, mas eu abri os olhos.
Pensei tanto que pesou o travesseiro, não consegui dormir, e não consegui voltar.