Para Educadores de Infância

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É engraçado como algumas coisas marcam a nossa infância. Minha mãe me ensinou desde muito cedo a cumprimentar as pessoas, dar beijo, bom dia, boa tarde, boa noite. É por isso que acho que certas coisas são de berço. Educação não vende em prateleira do supermercado. Espero poder ter a clareza, a firmeza, a sanidade e a serenidade para transmitir para os meus filhos a infinidade de coisas boas que recebi.

Lágrimas

Chorei pq percebi o quão bom eram os anos da infância e como tornou-se amargo o presente.
Chorei por perceber que algumas das pessoas que amo foram tomadas de mim pela distância.
Chorei por que senti, com dor e sofrimento a falta que elas me fazem, não só hoje, mas sempre.
Chorei pq vi que sou tola, não gosto de quem realiza meus planos! Sim de alguém que não possui palavras.
Chorei para perceber que a solidão machuca! É um peso sobre as asas da liberdade!
Mas não chorei de saudades! Pois o sentimento de novo amor brotou no caminho. Algo misterioso e fora dos planos, mas algo novo!
Chorei e derramei as lágrimas que escreveram versos sobre o papel.
E ali selaram meu pranto para uma noite de paz.
Nada como amigos para se melhorar.
Nada como amores para recordar.
Nada como saber esperar!

Tempos de infância

O meu pensamento vai
Onde a vista não alcança
Recordando o meu passado
Doces tempos de criança
A saudade dos coleguinhas
Nunca me sai da lembrança
A mente da gente vôa
Parece que vejo a lagoa
Com a agua sempre mansa


Recordo a professora
A salinha onde estudava
A estrada beirando a mata
Onde correndo a igrejinha
E a bandinha que tocava
Para mim foi como um sonho
Vi ate o rosto risonho
Da menina que me amava

Na mente eu vi nesta hora
A paisagem desenhada
Os antigos companheiros
Cada um seguiu uma estrada
Hoje vivo com saudade
Nesta longa caminhada
Tudo isto eu recordei
Os caminhos que passei
Estou no fim da jornada

Na tela do pensamento
Sempre trazemos guardada
Doces momentos da infancia
Que sera sempre lembrada
O perfume de uma flor
Faz lembrar horas passadas
Na planicie e nas montanhas
Esta saudade acompanha
Até a ultima morada.

Ter sobrinhos é dádiva recebida por Deus que nos permite retornar a infância e partilhar de momentos únicos e intensos.
Ter sobrinhos é receber a oportunidade de amar sem limites um novo ser que acabara de nascer e se permitir todas as loucuras e excessos sem culpa, por ter a certeza que só por hoje nada fará mal.
É fazer vista grossa, permitir as brincadeiras, as manhas e as “traquinezas” apenas para ter o prazer de vê-los sorrir e dizer "Titia, amo você".

Infância

Hoje pensei em como a infância era gostosa!Com suas brincadeiras e despreocupações.De olhos arregalados e corpo esticado viamos as horas passar, sem se preocupar com o tempo que perdiamos.A folha da árvore que virava catavento.O chinelo qe tornava-se um lindo avião. O sorriso singelo.Os amigos do parquinho.A vontade de ter um cachorro que fizesse tudo que os Rin tin tin's fazem.Essa inocência perdeu-se no tempo, no tornar-se adulto.A sensibilidade, a simplicidade de rabiscar no chão, mesmo que linhas imaginárias o que na nossa cabeça era um emaranhado de idéias.Espiar entre os dedos, fingir que estava dormindo.Levar flores para a professora ou simplesmente ganhar um abraço dela.Brincar na areia, subir em árvores!Tudo faziamos e agora olhamos com recordações.Apreciar as pequenas coisas é deixar a alma permanecer infantil, é olhar com ternura para aqueles que ainda não descobriram que o mundo adulto é tão assustador.É apaixonar-se por um olhar pequenino.Por uma atitude de criança travessa que diz "obrigada".É achar que ganhou o dia pq conseguiu algo que achava impossível.É acreditar que o amanhã será melhor.É brincar com borboletas!É chorar se preciso, é buscar o melhor!é ficar horas procurando desenhos em nuvens!É ter curiosidade!
Que eu nunca deixe, Deus, de ter sede de poeta e alma de criança!!

Foi uma infância...
De brincar com
bolhas de sabão.
Vestir vestidos rodados.
Correr no mato.
Viver a liberdade!

"Recordo-me das lembranças ingênuas da infância e adolescência e não há dúvidas, foram as fases mais marcantes. Crescer, amadurecer e ter outras responsabilidades não é abandonar o que foi bom para tomar uma caminhada com pesos e perturbações. Dê à sua vida o toque leve de ser simples, brincar, sorrir e ser feliz."

-Aline Lopes

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Saudade

Saudade da minha infância
Quando aniversário era bolo, brigadeiro, todos os avós e os dois bisos.
Daquele tempo que eram as fadas e eu brincando na inocência
E de lembrança tinha muitos risos.

Mas tudo o que é bom dura pouco...
E quando se cresce até as coisas boas passam muito rápido.
Aí comento, trabalho, viajo na minha mente como um louco
Muitas vezes deixando sem querer alguém ferido.

E se saudade é a dor da ausência de algo bom,
quero deixá-lá no ambom,
Atear fogo para consumi-la e livrar-me de uma vez
Das coisas que me fazem remoer o bom que deixei por estupidez.

São sempre enormes as coisas da infância, as maiores que teremos na vida, eu penso. As mais inesquecíveis. Talvez, as mais sentidas como verdadeiras. Passamos o resto do tempo atrás dessa sensação.

Carla Madeira
Véspera. Rio de Janeiro: Record, 2021.

Da minha infância ainda levo todos os sonhos, gostos e cheiros, sorrisos e pés descalços...
Para que eu nunca deixe morrer a magia da “pura felicidade”.

Não fossem os amigos de infância e o espelho, a gente nunca saberia que está ficando velho.

Lá na infância
Qualquer pessoa que já tenha se separado e tenha filhos sabe como a gente se preocupa com a reação deles e procura amenizar qualquer estrago provocado por essa desestruturação. É preciso munir-se de muito respeito, delicadeza e amor para que essa ruptura seja bem assimilada e não produza traumas e inseguranças.

Muito do que somos hoje, do que sofremos e do que superamos, tem a ver com aquele lugar chamado "infância", que nem sempre é um paraíso. Por mais que tenhamos brincado e recebido afeto, é lá na infância que começamos a nos formar e a nos deformar através de medos, dúvidas, sensações de abandono e, principalmente, através da busca de identidade.

Por tudo isso, estou até agora encantada com a leitura de Marcas de Nascença, fenomenal livro da canadense Nancy Huston e que deixo como dica antes de sair de férias. O livro é narrado por quatro crianças de uma mesma família, em épocas diferentes, todas quando tinham seis anos: primeiro, um garotinho totalmente presunçoso, morador da Califórnia, em 2004. Depois, o relato do pai dele, quando este também tinha seis anos, em 1982. A seguir, a avó, em 1962, e por fim a bisavó, em 1944. Ou seja, é um romance genealogicamente invertido, começando logo após o 11 de Setembro e terminando durante a Segunda Guerra Mundial, mas é também um romance psicanalítico, e é aí que se torna genial: relata com bom humor e sem sentimentalismo todo o caldeirão de emoções da infância, mostrando como nossas feridas infantis seguem abertas a longo prazo, como as fendas familiares determinam nossos futuros ódios e preconceitos e como somos "construídos" a partir das nossas dores e das nossas ilusões. Mas tudo isso numa narrativa sem ranço, absolutamente cativante, diria até alegre, mesmo diante dessas pequenas tragédias íntimas.
A autora é bastante conhecida fora do Brasil e ela própria, aos seis anos, foi abandonada pela mãe, o que explica muito do seu fascínio sobre as marcas que a infância nos impõe vida afora. É incrível como ela consegue traduzir os pensamentos infantis (que muitas vezes são adultos demais para a idade dos personagens, mas tudo bem), demonstrando que toda criança é uma observadora perspicaz do universo e que não despreza nada do que capta: toda informação e todo sentimento será transformado em traço de personalidade.

Comecei falando de separação, que é o fantasma familiar mais comum, mas há diversas outras questões que são consideradas "linhas de falha" pela autora e que são transmitidas de geração para geração. Permissividade demais gerando criaturinhas manipuladoras, mudanças constantes de endereço e de cidade provocando um desenraizamento perturbador, o testemunho constante de brigas entre pessoas que se dizem amar, promessas não-cumpridas, pais que trabalham excessivamente, a religião despertando culpas, a política induzindo a discordâncias e exílios, até mesmo uma boneca muito desejada que nunca chegou às nossas mãos: tudo o que nos aconteceu na infância ou o que não nos aconteceu acaba deixando marcas para sempre. Fazer o quê? Em vez de tentar escapar de certas lembranças, o melhor é mergulhar nelas e voltar à tona com menos desespero e mais sabedoria. Todos temos nossas dores de estimação. O que nos diferencia uns dos outros é a capacidade de conviver amigavelmente com elas.

Eu queria ter um lugar onde eu pudesse criar tudo o que eu nunca tive na minha infância.

⁠Eu descobri por que os dramas que via na minha infância terminavam no momento do beijo. Porque o beijo e o casamento não são um final feliz, eles são o começo de tudo. É a partir disso que começa a realidade.

Freud estava certíssimo quando dizia que a maturidade é para poucos e viver uma infância retardada é um modo "seguro" de não enfrentar a vida adulta, que é sofrida, incerta, injusta e inviável.

A infância é curta e a maturidade é eterna.

⁠Na nebulosa da infância, a sensitiva já procurava bondade e beleza. Mas a bondade e a beleza são conceitos do homem. E a menina não encontrava a verdade e a beleza por onde procurava. Talvez porque já caminhasse fora dos conceitos humanos.

Sempre tem aquela amiga de infância que nada consegue apagar. Insubstituível, encantadora, essencial. Essas são umas das poucas palavras que eu encontro para descrevê-la. Mexendo em papéis antigos, encontrei cartas que trocávamos a fim de demonstrar o carinho existente na nossa amizade.
Nessas cartas descrevíamos acontecimentos do cotidiano como coisas sobrenaturais e conseguíamos torná-las, não apenas rotinas, mas acontecimentos históricos... Especiais. Agora distante, às vezes sem nenhum tipo de contato, que percebemos a importância e a saudade que ela proporciona. Mas a amizade nos une. A irmandade prevalece.
Irmandade. Talvez seja essa a palavra que melhor descreva uma velha e boa amizade. Mais forte que o tempo e capaz de atravessar a imensidão do espaço e transcender os limites da vida. Ainda lembro-me das palavras e das risadas, das lágrimas e da dor. Foram várias as cartas, todas encantadoras e significativas. Palavras que às vezes releio na expectativa de defenestrar a nostalgia que sinto.
A amizade sincera nunca é esquecida, apenas cristalizada para um momento qualquer. Seus gestos, suas manias, suas brincadeiras, seu nome... Ficará para sempre gravado em minha memória e em meu coração. Jéssica Asami.

Esse tédio que me perseguia desde a infância era possivelmente o vazio existencial que eu buscava compensar não tendo plano algum de vida.