Palhaço
O circo
Contorço-me para procurar
no fundo obscuro dos pensamentos
uma forma de libertação de minhas incertezas.
Sinto-me tão leve
Que posso ver meus pés no topo da cabeça.
Agora sim estou solta,
Desenibida e nada pode me conter.
Meus movimentos tão sincronizados
me mostram com clareza a simetria da vida.
Ao ver as bolas caindo
palmo a palmo em minhas mãos entendo que
não podemos realizar duas tarefas ao mesmo tempo,
pois não serão executadas com dedicação total.
A corda bamba de inicio é desafiadora,
Persistência e dedicação são elementos fundamentais
para alcançar o equilíbrio e chegar ao inesperado:
A perfeição.
O sorriso da criança sempre estará estampado
Porque o nariz vermelho e as botas arredondadas
ensinam-me a juventude eterna.
A terapia da movimentação que esse mundo mágico me proporciona
Me faz capaz de me transormar em Panacéia
e alquimista formulando o meu próprio Elixir.
De dançarina, contorcionista, malabarista, equilibrista e palhaça..
Passo por um processo metamórfico
Viro apenas uma menina, que tirou bom proveito dessa fantasia
Atingindo ao processo de plenitude total
E me beneficiando do mais puro êxtase do aprendizado.
"Nos palcos da vida, as vezes sou papel principal, as vezes coadjuvante, as vezes sou o herói, outras o vilão, as vezes sou platéia em outras sou o palhaço, mas o show tem que continuar."
Sou o sorriso do palhaço a alegria da criança a euforia da primeira dança.
Sou o acidente que sobrevivi, o amor que vivi o amigo que perdi.
Sou feito do desespero do momento, da caricia na hora certa e da alegria de um aumento.
Sou um pedaço de todos que por mim passaram, dos que me entristeceram e dos que me alegraram.
Sou o primeiro beijo que eu roubei, sou o machucado que curei, sou a frase engasgada que não falei.
Sou feito de amigos, metade mocinho, metade bandido.
Sou o gol que fez meu time campeão, sou as páginas do livro que mudaram minha vida, sou a notícia que quase me matou do coração.
Sou a saudade que tenho da infância, sou a falta que sinto de casa, sou metade paciência, metade intolerância.
Sou aquele amor perdido, sou o amor encontrado, sou tudo aquilo que deu certo e um pouco mais do que deu de errado.
Sou cada lagrima que derrubei, cada sorriso que eu dei e cada abraço apertado que eu ganhei.
Sou um pedaço da razão e 80% da emoção, sou toda a saudade, bondade e sonhos que ainda vive em meu coração.
Sorria como palhaço, brinque como uma criança, chore, beije, morra de amor como uma mulher apaixonada, sonhe, grite como uma louca mas acima de tudo viva. E veja que o fim nem sempre é o final, as vezes o final pode ser o começo de uma nova chegada. Sabemos que vivemos em um mundo em que o passado nem sempre passa, onde o presente nem sempre é agora e o futuro nem sempre chegará..
Quatro palhaços
Dançam contente
Soltos no ar
Feito meninos.
Quatro palhaços
Fracos,franzinos
Dançam num móbile
Cheios de sinos.
Quatro palhaços
-De jeito ladino-
Tocam viola
E violino.
Quatro palhaços
Estao dormindo
Dentro dos olhos
De um menino.
Odeio esses caras-palhaços que tentam fazer da minha vida amorosa um verdadeiro circo. Aí é que eu me esforço para soltar as minhas feras, seguir em frente e, no final de tudo, quando o circo estiver pegando fogo, fazer o que todo palhaço gosta: Rir da cara dele!
Eu não sou humorista muito menos palhaço, tiro sorrisos do seu rosto pra não ver lágrimas dele cair.
Nem mesmo o palhaço, com todo seu disfarce, conseguiu esconder as lágrimas. Imagina eu, que não sei disfarçar.
Aquele palhaço morreu, depois que percebi que a única coisa que você queria de mim, era sorrir das minhas palhaçadas.
Meninas dos lábios bem tracejados
Me faz de bobo e de palhaço
Não me quer longe
Sente falta dos meus abraços, fico danado
Se te beijo diz que não somos namorados
Evita chamegos, me querendo sempre do teu lado
Eita menina dos lábios tracejados.
Quem pensa que o palhaço é bobo não sabe quanto é necessário entender o coração do ser humano para conseguir, do nada, criar um sorriso no rosto de uma pessoa.
Circo
Neste circo da vida
Prefiro ser o palhaço
Sem se equilibrar
Numa corda de aço
Sem o perigo do globo da morte
Ou ser engolido dentro da jaula
Ser livre no picadeiro da vida
Dentro da lona do telhado rasgado
Na arquibancada da vida
Sentamos na ultima tabua
No canto a corda bamba
E o teto de lona rasgada
Na vida atrevida
Na lagrima dissolvida
Da mentira não se duvida
E a tristeza mal resolvida
