Palavras de Paz
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Quando um 'ninguém' deseja que o outro seja 'alguém', ele deixou de ser 'qualquer um'.
Tem pessoas que conseguem viver sem respirar. São as mesmas que sufocam os sonhos alheios.
Não há nada mais violento e fundador que a inteligência. Sobre a ignorância (ou preconceito), não se conhece nada mais totalitário e brutal.
A indiferença é o sintoma obscuro do desafeto.
Um dia olhei profundamente para o corpo e pensei: a revolução não se faz com aspas.
A meia gratidão, derivação medíocre da ingratidão, é a estrutura materna (enraizada, uterina) encontrada no traidor para justificar sua mais nova investida de fraqueza de caráter.
É na ponta dos dedos que medimos o tamanho das palavras escritas, na ponta da língua que as dizemos, com todo o corpo que as ressignificamos.
O choro é bonito. O pranto não é. O choro é o silêncio de dentro da gente que transborda e o pranto é o grito em desespero que deságua.
Ensinar (assim como aprender) é um ato político a favor da vida e não uma política de educação em favorecimento de partidos.
A fotografia é a arte do fixo mover-se.
Ou acorda ou a corda há de enforcar o despertar.
O poeta, o que faz? Ele é solitário na escrita e solidário com as palavras.
A forma de olhar para um corpo depende das lentes de cada cultura.
Escrever menos pro umbigo e mais com o ventre.
Duas palavras insuportáveis no mundo contemporâneo: reunião e projeto.
Pensador vivo tem que parecer póstumo para ter valor social.
De nada adianta o sol bater na sua janela e você não abri-la.
Gostaria de ter sentado à mesa com Jesus e Nietzsche. Obviamente, Deus no centro da mesa como pauta da refeição.
Para atacar um ponto de vista, precisa-se primeiramente ver o ponto e depois entender a vista.
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