Palavra Sábia

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UM DIA ESPCIAL!!!!
A foma amorosa de viver o amor é uma sabedoria,
arte até,de muitos poucos e raros seguidores:consiste
em faser feliz a quem se ama.

E se hoje não deu certo, continue tentando; nunca se sabe o que pode acontecer amanhã.

Melhor não saber o fim da história… Mas tentar viver cada segundo dela.

… tudo passará um dia, quem sabe tão de repente quanto veio, ou lentamente, não importa.

Sabe o que falta em algumas mulheres hoje em dia? Amor próprio.

Quem nunca escreveu o nome de quem gostava no papel de bala e fez ‘Amor, ódio, paixão’, não sabe o que é ter esperança.

Sabe de uma coisa? Às vezes as pessoas se preocupam demais, e eu acho que isso é amor.

Todo mundo sabe como falar, e ninguém sabe o que dizer.

A imaginação nunca saberia inventar tão diversas contrariedades como as que há naturalmente no coração de cada um.

Antes de me mandar indireta, procure saber se eu me preocupo com a sua opinião, ok ?

Liderança requer muito conhecimento e sabedoria. Liderar é persuadir sem impor, opinar sem mandar, mas o diferencial do líder é a Habilidade em como fazer tudo isso.

Mas pra quem tem pensamento forte, o impossível e só questão de opinião; e disso os loucos sabem, só os loucos sabem!

Chorão

Nota: Trecho da música Só os loucos sabem.

Safadão adverte: me passe o número da sua opinião, quem sabe eu ligue pra ela.

A opinião que os outros têm de você é problema deles,não seu. Isto é muito importante saber. Se você tem uma clara consciência e está fazendo o seu trabalho com amor, outros vão cuspir em você e tentar fazer sua vida miserável.

Um amigo quando é verdadeiro
sabe ouvir e compreender,
mesmo q sua opinião seja contrária
ao que escutou!
Muitas vezes tem medo de magoar,
mas precisa ser sincero em suas opiniões!
Saber definir o amor de um amigo é saber que qdo vc chora seu amigo está ali para segurar em suas mãos e te ajudar como pode, é por isso q se diz um amigo é verdadeiro quando vc escrever ele com A maiúsculo!

Um homem com convicção pode superar uma centena que tem apenas opiniões.

Antes ser louco por seu próprio critério, que sábio segundo a opinião dos outros!

Um grão de ouro é capaz de dourar uma grande superfície, mas não tão grande como um grão de sabedoria.

NO CENTRO DO FURACÃO

Vórtice, voragem, vertigem: qualquer abismo nas estrelas de papel brilhante no teto.
Queria tanto poder usar a palavra voragem. Poder não, não quero poder nenhum, queria saber. Saber não, não quero saber nada, queria conseguir. Conseguir também não — sem esforço, é como eu queria. Queria sentir, tão dentro, tão fundo que quando ela, a palavra, viesse à tona, desviaria da razão e evitaria o intelecto para corromper o ar com seu som perverso. A-racional, abismal. Não me basta escrevê-la — que estou escrevendo agora e sou capaz de encher pilhas de papel repetindo voragem voragem voragem voragem voragem voragem voragem sete vezes ao infinito até perder o sentido e nada mais significar — não é dessa forma que eu a desejo. Ah essa palavra de desgrenhados cabelos, enormes olhos e trêmulas mãos. Melodramática palavra, de voz rouca igual à daquelas mulheres que, como dizia John Fante, só a adquirem depois de muitos conhaques e muitos cigarros. Eu quero sê-la, voragem.
Espio no dicionário seu significado oficial, tentativa inútil de exorcizar o encantamento maligno. O que leio, inquieta ainda mais: “Aquilo que sorve ou devora”. E vejo um redemoinho lamacento de areias movediças à superfície do qual uma única mão se crispa. Vórtice, penso, numa vertigem. Repito, hipnotizado: vertigem, vórtice, voragem. “Qualquer abismo” — continuo a ler. Os abismos de rosas, os abismos de urzes, e aqueles abismos à beira do qual duas crianças correm perigo, protegidas pelas asas do Anjo da Guarda. Os abismos de estrelas falsas no falso céu do teto do meu quarto, os abismos de beijos e desejos, o abismo onde se detém o rei daquela história zen para abrir o anel que lhe deu o monge, onde está guardado o condão capaz de salvá-lo — e o condão é a frase “isto também passará”. Sim, e leio então: “Tudo que subverte ou consome” — paixões, ideologias, ódios, feitiçarias, vocações, ilusões, morte e vida. Essas outras palavras de maiúsculas implícitas — vorazes, voragem—, abismais.
Eu estava lá, no centro do furacão. E repito palavras que são e não são minhas enquanto o porteiro do edifício em frente toca violão e canta, e a chuva desaba outra vez, e peço: por favor, me socorre, me socorre que hoje estou sentido e português, lusitano e melancólico. Me ajuda que hoje tenho certeza absoluta que já fui Pessoa ou Virginia Woolf em outras vidas, e filósofo em tupi-guarani, enganado pelos búzios, pelas cartas, pelos astros, pelas fadas. Me puxa para fora deste túnel, me mostra o caminho para baixo da quaresmeira em flor que eu quero encostar em seu tronco o lótus de mil pétalas do topo da minha cabeça tonta para sair de mim e respirar aliviado de por um instante não ser mais eu, que hoje e não me suporto nem me perdoo de ser como sou e não ter solução. Me ajuda, peço, quando Excalibur afunda sem volta no lago.
Ela se debruça sobre mim, me beija com sua grande boca vermelha movediça. Tenho medo mas abro minha boca para me perder.
Ela repete baixinho em meus ouvidos nomes cheios de sangue — Galizia, Ana Cristina, Júlio Barroso — enquanto contemplo o céu no teto do meu quarto, girando intergaláctico em direção a ER-8, a estrela de bilhões de anos, o cadáver insepulto para sempre da estrela perdida nos confins do Universo. Choro sozinho no escuro, e você não enxuga as minhas lágrimas. Você não quer ver a minha infância. Solto nesse abismo onde só brilham as estrelas de papel no teto, desguardado do anjo com suas mornas asas abertas. Você não me ouve nem vê, e se ouvisse e visse não compreenderia quando eu abrir os braços para Ela e saudar, amável e desesperado como quem dá boas-vindas ao terror consentido: voragem, bem-vinda.
Voragem, vórtice, vertigem: ego. Farpas e trapos. Quero um solo de guitarra rasgando a madrugada. Te espero aqui onde estou, abismo, no centro do furacão. Em movimento, águas.

O Estado de S. Paulo, 4/2/1987

Caminhe com leveza na primavera.
A Mãe Terra está grávida.