Paixão Amor
"A liberdade me atenta, com doçura me cerca.
Zomba dos meus grilhões, me olha através das barras de uma cela.
Zomba do tolo, que se aprisionou no amor, nas juras, nas falácias dela.
No fim, não existia magia nas estrelas cadentes, eram só pedras.
Roguei ao brilho, para me fazer estar junto dela.
A paixão, inspira parvos devaneios e certezas sobre coisa incertas.
A paixão é o flagelo dos poetas.
A felicidade mora nos lábios dela.
Templo de perdição, onde o meu eu, incompleto, se completa.
Já é tarde, acabou nosso tempo, me cansei das batalhas, perdi essa guerra.
Um clima lúgubre, tomou conta de nós, logo nós, que éramos festa.
Prisioneiro do seu amor, vem a liberdade e me atenta e com doçura me cerca.
E novamente, derrotado, não evito tais mazelas..."
Um encontro de almas é extremante raro. Dois corações na mesma sintonia caminham juntos mesmo que a quilômetros de distância. Tendo encontrado seu verdadeiro abrigo, permanecerá eternizada no mais puro sentimento e magia maior não há.
Meu corpo transborda de emoções, minha mente transcende a realidade e me faz ter ideias de como a perfeição pode existir em uma só pessoa.
E meu coração me faz ter certeza de que minha esperança tem um motivo pra ser feliz de verdade.
Palmas
Palmas que se dobram
Das lindas Palmeiras beira mar,
A ela aprendi a amar...
A Rosa dos ventos vem me tocar
Com brisa suave de um pensamento
Que hoje não lhe ouso revelar...
São ventos do leste que chegam ao oeste,
Se unem aos ventos do norte e partem
Levando o meu coração para o sul.
Palmas e palmeiras,
Ventos que sopram em todas as direções,
Agitam as ondas do mar e me põe a pensar.
O vento desta Rosa já vem me tocar
Dobra-me de novo pra nela pensar...
Edney Valentim Araújo
1994...
" Porque viver é reconstruir castelos
sonhar faz parte
os nossos são de areia
e a insistência
o melhor que possuímos...
Menina do sorriso sereno e dos olhos pequenos, tens um coração grande que quase não cabes no peito, tu me facinas com esse teu jeito.
Com ela é tiro, porrada e bomba, estás suave na nave, ela caí de cara e vence qualquer entrave. Encara qualquer coisa de frente, com ela é assim, siga em frente ou enfrente!
Ela é do tamanho de Davi, com o coração do tamanho de Golias. E aliás, sei que no mundo não tens igual jamais. Ela é ela, mulher sagaz, pessoa raza não à satisfaz. Ela sabe o que quer, ela é ela, incrível mulher!
Éramos ótimos como amigos, mas péssimos como casal. Nos amávamos como bichos, até que o nosso melhor sexo transformou nossa paixão em um sentimento estorvo.
"Quando eu te chamei pela primeira vez eu projeitei, imaginei, criei, inventei tantos sonhos e fantasias em minha cabeça, que hoje você arrancou sem dó alguma."
Em um passado remoto que não ouso datar, duas pessoas se cruzaram, diria que o destino se encarregou para que isso acontecesse, houve flerte no olhar... aconteceu uma conexão. Neste instante, só neste instante, o cupido acertou, a flechada foi certeira, essas duas vidas se conectaram de um jeito indizível. Foi surreal. Os olhares ficaram mais intensos. Os dedos se entrelaçaram. A conexão de almas foi incrível. Transcendeu. Os corações batiam a todo vapor. Batiam com pressa de chegar. Não queriam parar. Queriam viver, apenas. Viver intensamente aquele momento único. Viver a entrega. Ah! como é lindo tudo isso... o toque. O primeiro toque. O afago. A doçura de viver àquilo jamais vivido. O encontro de almas. Sim. Existe. Acredite. Já viveu? Se não, não queira viver sem antes está preparado. Só que nunca estamos preparados para viver momentos assim. É tudo tão rápido... tão real. Quando você percebe, você está se afogando naquilo que você nunca imaginou que se afogaria. Que mar é esse? Que loucura! Sufocam-me! Sufoca-me! Vem! Já viveu? Se sim, esteja preparado para viver novamente algo inédito, não será a mesma coisa. As dimensões serão outras. De proporções inimagináveis. Venha conhecer. Venha se jogar neste mar árido e indestrutível. No fundo há algo tenebroso, de fazer as pernas ficarem bambas até você tombar, mas também pode ser o contrário, este mar não habitado pode te dar asas, pode fazer você voar para lugares incríveis, para a terra de aquém. A terra prometida. O destino da flechada do cupido. Se me perguntares qual é o destino, não sabereis te responder. Mas deixo um conselho: deixe fluir, viva, apenas viva o momento, sinta o momento! São esses momentos que virarão gotas para completar este vasto oceano que você está a criar. Não perca tempo. O oceano pode secar. Veja. Olhe para a imensidão que este oceano está a te oferecer. Consegues perceber? Se sim... tenho certeza que alguém já te pescou. A isca foi o amor. O enlace perfeito. Você foi capturado. Raptaram-te. Você caiu na rede, na armadilha. Tenha cuidado neste novo oceano que desbravarás. Lá é incrível. Permita-se. Jogue-se. Mergulhe. Afogue-se. Caia de cabeça sem medo de morrer, quem sabe você não encontrará a vida, o sentido da vida... o significado do amor.
Ninguém me entendeu. Não quiseram me ouvir, me decifrar. Eu só queria viver. Viver um momento. Um encontro do EU. Dos EUs que há em mim. Precisava de um momento para navegar em mim, para me reconectar as nuances por mim vividas outrora, a minha essência. No fundo, emudeceu. Petrificou. Solidificou. Tento resgatar. Trazer a tona. Lapidar a rocha que se formou. Esculpir aquilo que quero, que desejo. Para isso, preciso olhar pro horizonte, pro céu, pro espelho. Olhar para algo que não tem fim. Acho que no espelho encontrarei os caminhos, lá verei um reflexo de um dos EUs que há em mim. Vi tantas coisas... vi o sepulcro. Quantas coisas eu sepultei contra minha própria vontade... quantos EUs abandonados eu pude vê. Alguns choravam a minha procura. Alguns choravam aos prantos por motivos que não caberiam aqui em uma linha. Deparei-me diante de um cemitério, do meu sepulcro. Tenho que exumar os meus EUs. Aqueles que eu matei por outrem. Aqueles que eu suicidei por motivos bobos. Olho no espelho novamente... agora vejo os EUs que, antes choravam, estão a sorrir para mim com aquele semblante de esperança, de saber que puderam me encontrar novamente, que eles terão uma segunda chance para serem quem sempre quiseram ser. Paro. Penso. Olho para um EU que está em um canto refletindo. Encontro-o. Vou ao seu encontro. Convido-o para sair dessa bolha. A bolha que o aprisionou. As cadeias mentais que o deixaram estagnado, parado, sem vida, sem cor. Sorri. Sorrimos. Nos demos as mãos. Nos abraçamos. Choramos. Fizemos as pazes. Nos reconciliamos. Foi tão lindo... a lágrima rolou. Desceu em cascata ao encontro do rio. Borrifou em mim o desejo de viver esse EU. A quimera. De ser esse EU. O EU que fui um dia. Encontrei-me. EU.
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