Pais e Educacao Rubem Alves
Na vida não há amigos e nem
o amor de nossas vidas e sim
momentos com pessoas que nos
tornam felizes e infelizes.
Os Três Amores
I
Minh’alma é como a fronte sonhadora
Do louco bardo, que Ferrara chora...
Sou Tasso!... a primavera de teus risos
De minha vida as solidões enflora...
Longe de ti eu bebo os teus perfumes,
Sigo na terra de teu passo os lumes...
— Tu és Eleonora...
II
Meu coração desmaia pensativo,
Cismando em tua rosa predileta.
Sou teu pálido amante vaporoso,
Sou teu Romeu... teu lânguido poeta!...
Sonho-te às vezes virgem... seminua...
Roubo-te um casto beijo à luz da lua...
— E tu és Julieta...
III
Na volúpia das noites andaluzas
O sangue ardente em minhas veias rola...
Sou D. Juan!... Donzelas amorosas,
Vós conheceis-me os trenos na viola!
Sobre o leito do amor teu seio brilha...
Eu morro, se desfaço-te a mantilha...
Tu és — Júlia, a Espanhola!...
Quando eu te mandar calar a boca, se cale. Pois, nem todo mundo está afim de ouvir opiniões de idiota.
@LwzyAlves
O PASSARINHO TONTO
Lá vem o passarinho tonto
Parece que se perdeu da mãe
-voa pra cá, voa pra lá,
-para onde irá o passarinho tonto?
O menino corre atrás do passarinho tonto...
...O passarinho tonto
Tonteia, tonteia e cai.
-Mãe, fás uma gaiola pra ele?
-Não filho, os passarinhos nasceram
para voar.
O menino corre, corre, corre! Cansa.
Mãe, assa o passarinho pra eu comer!
FLOCOS DE NEVE
Cai a neve na areia
Em floquinhos coloridos
Parece anjos sorrindo
Ou encanto de sereia.
Teu sorriso que passeia
Na neve que vem caindo
Quantos flocos que vem vindo
E toda terra semeia;
É lindo ver a sorrir
Estrelas que vão surgir
Qual grãozinhos prateados
Lá no céu a refletir
Como quem já vai dormir
Pra não sonhar acordado.
O PROFETA FILOSOFO
Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? Por que razão me mostra a iniquidade, e me fazes ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo, e a justiça se manifesta distorcida”. (Habacuque 1:2-4).
Habacuque sentia-se perturbado a cerca da intensa impiedade de Judá. Mas, em contraste com seu contemporâneo, Jeremias, preocupava-se mais com a aparente relutância de Deus em julgar, do que com a falta de arrependimento do povo.
Destruição, violência e desconsideração para com a lei de Deus floresciam de forma desenfreada, a despeito dos ardentes apelos do profeta para a intervenção de Deus.
Deus explicou a Habacuque que ele não teria de esperar por muito tempo para receber a resposta: Os velozes e violentos Caldeus (babilônicos) seriam a vara que Deus usaria para castigar e açoitar a Judá.
“Vede entre os gentios e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizarei em vossos dias uma obra que vós não crereis, quando for contada. Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcha sobre a largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas” Habacuque 1:5,6).
Em lugar de suspender a carga do profeta, essa resposta a aumentou, pois Habacuque se viu as voltas com um segundo e mais complicado problema: Como é que Deus cujos olhos são por demais puros para contemplar o erro, ficaria impassivo enquanto uma nação ímpia e sedenta de sangue engolfaria um povo mais justo que ela?
“Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar. Por que olhas para os que procedem aleivosamente, e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele? “(Habacuque 1:13).
E o profeta procurou um lugar solitário para esperar pela resposta de Deus
“SOBRE a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei e vigiarei, para ver o que falará a mim, e o que eu responderei quando eu for arguido.” (Habacuque 2:1)
A resposta é dada numa das mais grandiosas declarações das escrituras: O justo viverá pela fé (fidelidade). Os justos serão preservados no dia da tribulação, visto terem dependido de Deus, pelo que também Deus pode depender deles.
Retribuição subida e certa será a porção dos ativos invasores, que assim compreenderão a inutilidade da tirania e a vaidade da idolatria (Habacuque 2:6-19).
A resposta termina com uma ordem de silêncio universal perante o soberano Senhor
“Mas o SENHOR está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra.” (Habacuque 2:20).
Sendo-lhe assegurado que a justiça triunfará, o profeta eleva seu coração numa oração para que Deus opere novamente uma obra poderosa. Conforme operara no Êxodo e no monte Sinai (Habacuque 3:2-15).
Após contemplar o majestático resplendor do onipotente, Habacuque reafirma sua confiança no Deus de sua salvação em uma das mais comoventes confissões das Escrituras Sagradas (Habacuque 3:1719).
Deus Abençoe!
Sejam quais forem as circunstancias, sinta-se privilegiado! Não se desespere. Pelo contrario, mantenha a calma e a serenidade! Confie! Arregace as mangas! Vá à luta! Deus nunca vai esquecer de você! Nunca!
Todas as forças do Universo estão sempre prontas pra preencher o seu vazio.
Todas as forcas querem substituir a sua tristeza por uma alegria verdadeira,
Perda por ganho, morte pelo renascimento! Faça a sua parte e colabore!
Quando uma porta se fecha, outra se abre. Espere confiante e com alegria no bem que está reservado. Liberte-se do passado! Principalmente dos acontecimentos ruins.
Esqueça! Perdoe!
Pra que fugir
Tentar me encontrar nas mãos de outra pessoa
Porque não desistir
E para de enganar seu coração atoa
O AMOR
As coisas tomam formam com o amor, assim também acontece com as virtudes. A luz realça na sombra. O amor trás alegria onde há tristeza, saúde onde há enfermidade, força onde há fraqueza.
O amor não espera que os outros peçam, mas investiga a necessidade e doa, antes de ser procurado. Quem ama doa sem ser percebido, para ninguém saber, pois Deus que vê em secreto, em secreto nos dará recompensa.
ESTRANHA MUDANÇA
Moradores de um vale perdido. Tinham como sustento as caças ligeiras, que pegava com seus passos lentos e firmes. Suas casas eram as cavernas, construídas ao querer do tempo.
Suas diversões, a alegria do companheirismo. Seus prazeres puderem ver cada dia, o inicio de um novo horizonte.
Não tinham energia. Carros não os possuíam. Assim sendo, não precisavam desmatar as florestas para construção de novas estradas.
As noites eram silenciosas, ouvia-se de vez enquanto o sorriso de uma criança feliz, que brincava com um javali domesticado.
Moradores de um vale perdido. Passaram a ver durante a noite, luzes, milhares delas. Luzes coloridas, multicores. Carros, computadores.
Um mundo completamente informatizado, televisionado, violado!
Um a um; deixaram as suas caças ligeiras, e os seus passos lentos, suas cavernas úmidas, porém seguras, seu companheirismo, prazeres e alegria.
Suas diversões, agora seriam outras.
Um após outro, trocaram o silêncio do vale, pelo barulho da cidade enfumaçada.
Hoje; já não se encontra o vale perdido. Nem tão pouco os homens das cavernas.
Entre esse povo civilizados.
Homem do Mar
Enquanto eu canto, tentando encantar, sou esquecido em um canto, ou em algum lugar.
Sinto- me amado pela saudade, pois de mim não se afasta,
Preciso sentir seu toque no menor espaço de tempo, entretanto sinto você mais longe de mim em vários momentos.
Será que cada vez que o mar te leva pro horizonte, menos de você fica aqui ao meu lado?
Deixe-me viver o Outono, deixe que minhas folhas amarelem, deixe que elas caiam, preciso poupar energia para o inverno humano, que anda cada vez mais rigoroso, e o amor cada vez mais frio.
Não sou do 'Penso, logo existo', sou do ser, estar, sentir. Posso mesmo existir sem sentir um mínimo do que é a vida?
Seria uma existência vazia, um choro abafado, interno, soluçando na minha cabeça; mas eu não consigo colocar pra fora e, talvez, nem queira. Meu orgulho é solitário e as palavras são afiadas demais pra compartilhar.
Converso com pessoas, sorrio, até mesmo gargalho... É uma máscara necessária. Não consigo, e não posso, permitir que o outro veja a nudez de sentimentos que há em mim. Meu corpo sentimental vem vestido de luzes vacilantes e dos meus olhos esvaecem as últimas gotas de vida. Mesmo assim estou de pé.
Não há mutualismo no sentimento, não há divisão de dores ou multiplicação de sorrisos, há apenas um mar de gente, tão cinzas e vazias quanto eu.
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