Padre Fabio de Melo Cultivo

Cerca de 116547 frases e pensamentos: Padre Fabio de Melo Cultivo

Não tenho medo de amar, não tenho medo de gostar, de se apaixonar e depois quebrar a cara. Medo de se iludir? Claro que não, pra que mais ilusória que a própria vida? Quebrar a cara é preciso, para nos tornar pessoas fortes e sábias, que não tem medo de nada, que não tem medo de se entregar! Vai menina, mergulha nisso tudo, faz o que tiver vontade... se der certo bem, se não é aprendizado. Pense que um dia tudo isso vai passar e mais na frente você vai se perguntar: "Poxa vida porque eu não fiz aquilo?" "Como seria se eu tivesse ido?" Eai? Nada feito! Antes acordar arrependido do que dormir na vontade!

Ando muito antipático, um tanto antissocial e com a estranha sensação de que nada de novo chega. Eu canso das coisas radicalmente, ignoro com facilidade. Meu comportamento é tão vago, que nenhum psicólogo sabe sequer dizer do que se trata.

Mesmo quando a vida nos exige pressa é preciso calmaria . Os obstáculos se tornam menores quando enfrentados de maneira tranquila e inundados de paz.

Das coisas boas da vida, se sentir amado é uma das melhores dela.

Os amigos podem deixar você bem na fita, ou não, então escolha bem seus amigos, eles podem te ferrar.

⁠Não se esqueça das lágrimas que derramastes, nem dos risos que te trouxeram a vida. Tudo tem um propósito! Das tristezas aos risos, tudo é escola, tudo é vida.

⁠Se...

Se fosse possível, eu daria aquele abraço de despedida
Diria tudo aquilo que não pôde ser dito no último encontro
Aquilo que por algum motivo, ficou preso em minha garganta.

Ah, se eu podesse, se soubesse que era o fim da sua caminhada...

Faria você saber o quão foi importante ter você em minha vida
O quanto você é especial, para os seus que aqui ficaram...
Se eu podesse eternizaria em mil fotografias aquele sorriso
Gravaria o som daquela risada, especialmente sua.

Ah, se fosse possível, se eu soubesse que era o fim da sua jornada..

Com um forte abraço, tentaria diminuir as dores da tua alma
Falaria de amor, do bem que você fazia, e da saudade que sinto todos os dias.

⁠Se Deus te deu um fardo um pouco mais pesado, é porque sabe da tua força. Não se deixe enganar pelo laço do medo ou da falta de fé. Lembre-se que para cada dia difícil há um anoitecer para teu descanso, e um novo dia para um recomeço. Creia!

Peão de Boiadeiro

Como vaqueiro,
Tocando o rebanho,
Ahooo chão batido,
Peão de Boiadeiro,
É de poeira,
É de raça,
Sou sulista,
Sou brasileiro,
Laço na anca do potro,
Espora de prata de enfeite,
Chapéu de Panamá,
Me cobrindo do Sol,
Na sombra da poesia,
Café quente na lata,
Fogueira no roçado,
O gado descansa e se alimenta no banhado,
Sertanejo puro,
Nascido no campo,
Berrante sedento,
Cavalo selado com alimentos,
Astuto e matuto,
Profissão do coração,
Atravessando fronteiras,
Ferradura no casco,
Batendo no lajeado,
Bota de couro nos pés,
Prestigiado e respeitado,
Cowboy e herói,
Por trilhas marcadas,
Percorrendo estados,
Em terras pantaneiras,
Estilo campeiro,
Ameaçado por coices da vida,
Vou me livrando dos perigos,
Apoiado pelos céus,
Raspando e rasgando,
Cortinados e véus,
Na face uma luta,
Embarcando saudades,
Estradas empoeiradas,
Demarcando o sertão,
Rios, córregos e lagoas,
Chuva fria e verão,
Boiadeiro desbravado,
Poeta e rédeas na mão,
Duas décadas vividas,
Numa vida caipira assistida.

⁠O silêncio assusta mais que o estardalhaço das palavras, com ele vem a falta de interesse, de argumentos e da vontade de lutar.

⁠Meu coração pensa, a
mente pulsa e a poesia
fala; não precisa entender
a minha língua, só sinta os
arrepios que ela te provoca.

⁠No dançar da poesia....
Em ritmos desconhecidos se faz....
Passos ritmados.....
Muitas vezez...
Até fora do compasso....
O vento que sopra.....
Vem o lamento....
Lamentos e sussuros.....
Urram e escoam....
A alegria se contempla.....
A música toca....
E tudo vira poesia....
Vibra na alma....
E transborda em euforia....
Trazendo-me mais vida....
Nos meus dias…
Danço com passáros....
Na orquetra.....
Uma sinfonia.....
Onde meu poema talhado...
Se espraia e grita.....
Do bolero ao tango....
Danço manso e valsando....
Do reg á catira.....
Vou marcando chão em riscas....
Danço com as mãos.....
Pés firmes....
E cabeça nas escritas.....
Coração segue flutuando.....
Com aderência nesse chão...
Tão meu...
Quanto seu.....
Atrás da poeira do tempo...
Outra vez…
Danço com minha alma.....
Bailando no céu......
Num frenético......
E escandaloso moral....
Danço com violão....
Minha guitarra.....
Vai surgindo algazarras.....
Danço com as minhas vontades....
Danço sozinho....
Nem que seja....
Restos de alegrias....
O que importa....
É que são somente minhas....
Danço com meu passado.....
Num futuro do meu presente......
Danço a dança possível.....
Chego do inverno.....
E fico no paraíso....
Fragmentado....
Danço com meus poemas....
Pra muitos...
Ou só pra você…
Nesse rebolo.....
Danço dentro do meu consolo.....

Autor Ricardo Melo

⁠Eu me chamo Caminhoneiro

Olá!
Boa noite!
Me chamo ilusão,
E você ?
Qua é o seu nome?
Opa!
Boa noite!
Eu?
Eu me chamo Caminhoneiro,
Você ja ouviu falar de mim?
Não , não ! Na verdade é a primeira vez,

Então vou te falar quem eu sou,

Eu!
Eu sou aquele que levanta cedo e dirige uma carreta ou um caminhão,
Eu!
Eu sou aquele que deixo minha família para fomentar outras famílias,
Eu!
Eu sou aquele chega na empresa,
E recebo ordens para viajar sem data para voltar,
Eu !
Eu sou aquele que levanta cedo e saio caminhando,
E não sei se vontarei vivo para minha esposa beijar,
Eu!
Eu sou aquele que ando pelas estradas,
Enfrentando humilhações da polícia, fiscalização, alfândegas e etc..
E fico correndo risco de ser multado e assaltado,
Eu!
Eu sou aquele que quando o sono bate,
Paro e cochilo,
Pois dormir direito eu não posso,
Pois a alma vaga de tanta preocupação com quem deixei na minha cidade,
Eu!
Também me chamo ilusão,
Esse volante é macio,
Ele manipula dois pneus dianteiros,
E sabe o que eles me dizem?
Nada!
Apenas fortifica as ordens que recebi dos patrões,...(Vá logo antes que eu coloque outro em seu lugar,)
Eu!
Eu sou uma exclamação que clama e reclama sem direito de abrir a boca para ouvirem a minha voz,
Eu!
Eu sou uma interrogação perpétua,
Não sei quando vou,
Não sei quando eu volto,
Não sei para onde irei,
Não conheço essas estradas,
Quando estou indo,
Estão encarpetadas,
Quando estou voltando,
Estão esburacadas,
Eu!
Eu conheço bem o sol e a chuva,
Eu conheço a manhãs,tardes e as noites,
Eu conheço na palma da mão todas as madrugadas,
Eu conheço cada km rodado,
Conheço cada neblina fria e embaçada,
Até o ronco do motor do meu trem de força que está judiado,
Conheço serras e baixadas,
Tuneis e pontes,
Pinguelas e passarelas,
Desse chão calado que nos meus ouvidos são tagarelas,
Conheço essas cordas,
E cada nó bem dado e traçado,
É um sonho sonhado,
Quando os desatos,
É um sonho relizado,
Sabe porquê?
Mais um transporte carregado,
E será descarregado em breve,
Tudo isso,
Por uma missão,
Uma profissão,
Está vendo essa máquina moço?
Pois é!
Ela é um objeto que tem rodas,
Assim como qualquer um outro,
Mas sem o motorista,
Ela é um difunto esperando ser enterrado vivo ou morto,
Quer saber mais?
Continue !
Existem viagens,
Que não conhecemos ninguém,
Não sabemos o horário do almoço,
Não sabemos se iremos almoçar ,
Não sabemos se tomaremos banhos,
Não sabemos se somos ou não,
Bichos ou seres humanos,
Agora,
Eu não continuarei essa conversa,
Vou parar por aqui,
Mas antes,
Se nessa estrada você for continuar,
Vá,
E Leve esse recado meu,
Pegue aqui esse trocado,
Compre crédito para o seu celular ou um cartão telefônico.,
Ligue para esses números,
O primeiro é da minha casa,
Mande para minha família um beijo bem dado e um forte abraço meu,
Esse outro é de Brasília,
Leve também essa escrita,
Digam a eles,
Que ainda estou suportando,
Tudo que esse asfalto vai me proporcionando,
Diga a cada um dos parlamentares,
Que nós todos deixamos nossos lares,
Para carregar essa país
Para todos os lugares,
E não esqueça de falar sobre esse último rascunho,
Ele foi feito á próprio punho,
Fala para eles,
O que faço é por amor,
Não por valores,
Recebo pouco da empresa que trabalho,
Mas é com dignidade e honra que pego nesse volante,
Não só por prazer,
É porque parei de estudar,
Só para ser viajante,
Com intuito de contribuir e levar
Essa nação adiante....



Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

⁠Sempre haverá um amanhã.
"Não importa quão grande tenha sido a guerra, ou batalha; não importa o quão grande tenha sido a devastação deixada por ela. Sempre haverá um amanhã, um novo dia, um novo amanhecer; a chuva virá, e com ela o arco-íris; o verde ficará mais verde, e com ele as flores, o canto e o colorido dos pássaros; o sol brilhará, e com ele a sublime luz ; virá a noite, e com ela, a lua e as estrelas; então virá o descanso, nos preparando para mais um novo dia."

Saga Nordestina
Da vida do meu pai pouco sei.
Mas pelos seus olhos pude ver toda alegria e tristeza
e sobre essas contarei.

Por disputas de terras nos anos trinta,
mais uma família brasileira seria extinta.

De linhagem pequena devastada pela saga nordestina
Os Melo se foram em uma chacina,
Ficando para a vida, somente o menino e a menina.

Criado com mais uma dúzia de outra família, fez do sonho sua rotina.
Já que a realidade era perversa e até ali a vida lhe foi cretina.

Não posso imaginar que vida foi aquela,
Mas sei o cenário, pois tudo se passou em Pernambuco,
Exatamente em Casa Amarela.

Mas homem de fé não desanima,
É o que reza a lenda e conto em rima.

Para servir a sua pátria mãe gentil
Aos 18, rumo a uma nova vida partiu.

O recomeçar veio divino, em uma ilha de esplendida beleza,
Mais que uma nova vida, amigos encontrou na fortaleza.

Foi soldado onde não havia guerra,
Serviu ao Brasil
no maior paraíso já visto na terra.

Em Noronha, entre peixes e tartarugas viveu
Foi tão feliz que até das mazelas da infância esqueceu.

No quartel era soldado,
na igreja era fiel,
nos bares para um brinde esperado
e as noites acabavam no bordel.

De pesca e Futebol ele gostava
Mas segundo minha mãe, ofício nunca aprendeu.
Ele dizia que na Ilha tinha tanta coisa boa
Que apesar de passar anos, o tempo não deu.

Ainda na casa dos 20 percebeu,
que na sua porta, uma nova prova bateu
Para febre amarela, os cabelos e amigos perdeu
e mais uma vez quase morreu.

Queria uma nova chance
Precisava de um novo sonho que estivesse ao seu alcance

Tomou uma atitude que julgou vitoriosa,
Trocou o canto das sereias
Pelo mito da cidade Maravilhosa.

Das sereias e seus encantos já sabia de defender
Das dificuldades de um emigrante na cidade grande,
teve que aprender.

Procurava trabalho e uma vida boa sob o sol da Guanabara
Alegria até encontrou, mas a felicidade foi o preço cobrado por Iara.

Na estiva trabalhou e sob o sol suava
Pelo dinheiro pouco que ganhava
Para a pinga até que dava,
E para nada mais sobrava.

Voltar não era opção,
tinha que seguir em frente,
trabalhando para comprar o pão,
assim conheceu muita gente.

Se foi certo ou errado, não cabe a mim julgar
Um pouco dele vive em mim, no meu modo de sonhar

Do jeito dele me amou,
não há o como duvidar
Se foi real tudo o que se passou,
não tenho como provar

Um repente fraco sobre a vida de gente forte
Que mostra que para sobreviver à saga Nordestina,
precisa ter mais que força, precisa ter sorte.

Para fazer valer a sua estrada e deixar uma história,
Mesmo que seja após a sua morte.

Como disse, se tudo é verdade não tenho certeza.
Mas isso não tira da história a sua beleza

Pois não fala do sonho de um homem
e sim da saga de um povo e da sua grandeza.

O ganancioso consome sua vida afogado num dilúvio de ilusões.
Mas o pobre vive toda sua vida na arca da simplicidade...

Tratar as pessoas com discriminação e ódio não vai te tornar grande ou superior.
A prepotência e arrogância irão afastar as pessoas de você...

Construir um castelo requer a mesma força e poder que uma casa simples.
Mas construir um reino que é ETERNO , exige muita fé...

Graciliano, José de Alencar, Alvares de Azevedo, Machado ou Drummond, que seja Quintana ou Lispector, que seja ainda, meus simplórios textos. Suas leituras me encantam.

Quando olho nos seus olhos . . .

Quando olho nos seus olhos e beijo sua boca
Percebo que você descobriu a cor dos meus sonhos
Encobriu a sombra dos meus medos e a dor no meu peito

Quando olho nos seus olhos e beijo sua boca
Me sinto com a alma limpa, com o coração calmo
Percebo a volto dos brilhos nos meus olhos e a cor dos meus lábios

Você me deu caminhos para seguir
Devolveu ritmo ao que bate aqui do lado esquerdo do peito
Me ensinou que é mais fácil ser como realmente somos
Sempre buscando refúgio um no outro.

Quando olho nos seus olhos . . .
Vejo refletindo o que há de melhor em mim,
E é tão bom se ver através da pessoa que amamos.
Sou forte, firme, amigo, amante . . . sou o amor !

E somente quando beijo sua boca
Inicio uma viagem só de ida
Vou aos céus, toco nas estrelas, pego uma para você.

Antes de te conhecer eu vivia sem chão,
E ao invés de você me dar um . . .
Me deu asas para poder voar.

Venha, pegue na minha mão e vamos ali buscar a estrela que escolhi.