Padre Fabio de Melo Cultivo

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Desprezos há, e de pessoas tais, que honram muito os desprezados.

As crenças religiosas fixam as opiniões dos homens, as teorias filosóficas perturbam-nas e confundem.

Quem está ausente, teme e tem todos os males.

Uma casa sem mulher não tem tormentos nem glória.

O homem de palavra é aquele que menos fala.

Há muita gente boa e feliz, porque não tem suficiente liberdade para se fazer má e desgraçada.

A familiaridade tira o disfarce e descobre os defeitos.

Ser-se livre não é nada fazer, é ser-se o único árbitro daquilo que se faz ou daquilo que se não faz.

Na cidade, a lua:
a jóia branca que bóia
na lama da rua.

Ninguém se conhece tão bem como aquele que mais desconfia de si próprio.

O erro máximo dos filósofos foi pretender sempre que os povos filosofassem.

Sonho Oriental

Sonho-me ás vezes rei, n'alguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsamica e fulgente
E a lua cheia sobre as aguas brilha...

O aroma da magnolia e da baunilha
Paira no ar diaphano e dormente...
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha...

E emquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto n'um scismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,

Do profundo jardim pelas clareiras,
Ou descanças debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar.

Antero de Quental
Os Sonetos Completos de Antero de Quental

Nunca comeces o casamento por uma violação.

Podemos estrangular os clamores, mas como vingarmo-nos do silêncio?.

A memória dos velhos é menos pronta, porque o seu arquivo é muito extenso.

A dissimulação algumas vezes denota prudência, mas ordinariamente fraqueza.

De todos os sentimentos, o mais difícil de simular é o orgulho.

Um homem que acaba de arranjar um emprego já não faz uso do espírito e da razão para regrar a sua conduta e as suas atitudes perante os outros: toma de empréstimo a regra do seu posto e da sua situação; donde o esquecimento, a altivez, a arrogância, a dureza e a ingratidão.

Amar a dor é tentar Deus.

O valor que não tem por fundamento a prudência chama-se temeridade, e as façanhas dos temerários devem atribuir-se mais à sorte do que à coragem.