Padre Fabio de Melo Coragem
De repente num interlúdio de pássaros ví uma clareira de formigas dançando de mãos dadas, era sobre a chuva daquelas esquinas esquecidas e entre pássaros e formigas que cantavam, as anêmonas esverdeadas dançavam canções de sereias do mar que já molhadas estavam.
A manhã debruça na janela como simples dia de janeiro, enquanto as avozinhas dormem seus sonhos e os relógios não marcam outro tempo se não o da felicidade cotidiana. Vão se os mundos, caem as chuvas e as peraltagens de crianças nas ruas.
O vento comunica na dispersão de harmonizar polaridades, traz vida e leva possibilidade de novas formas para todos seres vivos. O alento divino em todas direções, a pisada que levanta poeira e move, move para criar na sua invisibilidade, mas que nos permite sentir num frescor de alma sentida, ornamentada. Não para, segue-se movendo, transformando toda lividez.
Uma voz, um canto nascido para o encanto de onde se chega e no ar se vai em branco. Leva pois essa voz onde estiveres nesse presente que te recebes estrela, onde repousam todos inícios límpidos e puro.
Não vamos deixar o tempo passar entre nós, há muito orgulho pairando sobre o amor que é a verdadeira fortaleza.
Uma vez construí um castelo de areia para nele abrigar meu desengano. Quando as ondas chegaram seus segredos foram levados para o horizonte, num todo querer de abandono. Fiquei ali parado entre o âmbar do céu e toda névoa de areia e sal. Toda imensidão de vidas entre eu e meus mundos refletia também um vazio cantante. Mas vazio de que? Como a vida que talvez repousasse também não seguia premente suas decisões em tantos tons de anil? Voltarei amanhã e quiçá não encontre uma concha marinha onde em seus labirintos escute o que não vim buscar...
Maritacas verdes fazem morada nesse telhado de estrelas e todas manhãs saem cantantes para suas vidas pássaros de ser.
Não prescindia nada além do refúgio de estar consigo mesma. Aprendera desde criança que podia estar em qualquer lugar quando fechasse os olhos. Faria grandes viagens para dentro si e descobriria o que não lera em livro algum. Na verdade tudo já fora escrito, mas disso ela não sabia, ainda. Em seu seguir distraída deparou-se com o grilo falante, portento grilo. Foi então que ele lhe cantou aquela primavera que destoava seu pequeno mundo naquele frágil instante de percepções. Quando voou ela compreendera que havia muitas flores naquela composição melódica e que ao abrir as janelas deveria se juntar aos seus pares num prenúncio do belo que haveria de ser. Aquele canto não estava escrito ainda, foi assim que ela descobriu.
Então eu senti sua sombra, mas ela não me assusta, percebes?! Eu já encontrei a escuridão e quase perdi minha luz, num dia tão claro como esse. Há muito sobre nossa força desconhecida, num timbre capaz de incitar nossa coragem diante às armadilhas do caminho. Resgate pois então qualquer fagulha que o sol amanhecer.
O sabor vital torna-se mais vivo quando o sol baixando convida pássaros num pôr-de-sol a cantarem mais uma vez antes de dormirem estrelas todo engano do mundo.
Eram duas espontaneidades que brincavam no tempo. Toda e qualquer expressão eram peripécias de areia e mar; eu renascia sol e luar.
Cada existir realmente acaba um dia? Se o espaço parece tão infinito, que me caberia dizer do tempo? Mas se toda existência não acabasse, qual propósito teria para o espírito em sua continuidade? Já me peguei acordado enquanto a cidade dormia toda sua forma humana, atravessando espírito alegre que no seguinte repousar seguia sendo sobre a vida; uma compreensão de amor tardio e vasto para aquelas horas. O que havia para amar naquele silêncio e tão grande escuridão? Era meu próprio existir efêmero fulminante que simplesmente transladava barreiras silenciosas no compasso de cada respiração do que viria a descobrir depois.
Cantarei todo caminho indicado na apreciação da consciência que relega classificações desejáveis por qualquer um; tipo canto de acontecimento para acalmar dúvidas enganosas. No abismo onde o silêncio fora lançado ver a vida com sua capacidade em desdobrar todo lugar desabrochando um ensaio significante de toda minuciosa circunstância com vigor das aparições de tudo que falta diante a mínima constatação de preenchimento. Cantar o contínuo aproximando-se de qualquer exemplo vivo.
Aquela manhã abriria seus resposteiros no encontro daquele desejável sonho?! Seria essa história reveladora de merecimento todo azul?! Não sei, talvez nunca saiba e nem queria saber. Basta a verdade não estar escondida; minha observação é o instrumento perceptível diante o que é.
Subitamente o digno alvorecer começava sem nenhuma hesitação; típica habilidade natural de tudo que não requer tentativas para existir.
" Eu posso ser o seu Romeu
Já que ele prefere os amigos
larga dele e fica comigo
que eu te amarei e farei carinho,
cante para eu dormir aquela lá do cachorrinho..."
Corpo aberto para você ler; sorriso estendido, olhos molhados, forma inseto na permissão de ser. Sou meu próprio respiro, a viagem, o caminho irrompido... A orquestra começou e nos relâmpagos deixarei meus cantos no socorro daquilo que for ... e que seja... por amor.
Quem sabe num adormecer mundo o despertar do amanhã seja sobre um pensamento lúcido das crianças no próximo século brincando todas suas histórias em galhos de um tempo que sempre existiu... Quem sabe!
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