Ossos do Ofício
Morte pela espada. Morte por ossos quebrados. Morte por esmagamento. Não há muita diferença, certo? Você morre no final.
A culpa é diferente da vergonha. Tem um peso diferente. A vergonha pesa sobre os ossos, de uma forma muito insinuante, transformando-os em uma geleia densa e salgada. A culpa, porém, é rápida, quente e prateada, e flui através de você com o pulso regular e medido de uma corrente elétrica, animando tudo dentro de você a fazer algo, qualquer coisa, para fazer o choque parar.
Dedicatória:
Ao verme que comeu a minha carne, roeu os meus ossos, e destruiu o meu coração minhas póstumas, você me tornou frio
Deitou sobre mim, como se eu fosse cama. Nem meus ossos a atrapalhavam. Fez morada aí, sobre meu corpo, como se já fosse seu, como se soubesse onde apoiar a cabeça e encaixar seu peito. Ocupou cada centímetro de minhas costas, meus braços e pernas: Acho que ela já me conhece tão bem quanto eu mesmo. Desviou-se do que poderia deixá-la desconfortável e delicadamente assentou sobre mim como se já morasse ali por anos.
Não falou nada, apenas respirava e a cada respiração mais sincronizávamos. E ali ficou, segundos, minutos, horas, dias, meses. Deitada sobre mim. Dormiu e eu aceitei seu sono, eu zelei por ele.
Em silêncio, calmamente ela se adonou de mim e eu senti como se a tivesse esperado pela vida toda. Era inegável que ela encaixava ali, como se em outras vidas, outros tempos já tivéssemos sido desenhados para morar assim, um no outro.
Louco, louco o mundão é tenebroso
O espírito abatido seca até os ossos
A gente mata, a gente morre, por histórias que distorcem
O inimigo não tem dó, até embarca nesse corre.
Certidão de óbito
Os ossos de nossos antepassados
colhem as nossas perenes lágrimas
pelos mortos de hoje.
Os olhos de nossos antepassados,
negras estrelas tingidas de sangue,
elevam-se das profundezas do tempo
cuidando de nossa dolorida memória.
A terra está coberta de valas
e a qualquer descuido da vida
a morte é certa.
A bala não erra o alvo, no escuro
um corpo negro bambeia e dança.
A certidão de óbito, os antigos sabem,
veio lavrada desde os negreiros.
Dedico-me à tempestade de Beethoven. À vibração das cores de Bach. A Chopin que me amolece os ossos.
LEVE COMO UMA PLUMA
O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos.
Nós os cristãos podemos nos sentir abatidos, preocupados em manter nossa dignidade. Esta é uma atitude estranha, pois somos unidos a um Deus que nos deu o Seu maravilhoso presente da alegria e riso.
É bom se divertir! Cada família diverte-se de forma diferente. Sou agradecido porque minha casa é cheia de risos. Guerras de água, competições, cócegas, brincadeiras hilárias eram comuns em nosso lar. A risada é um presente da bondade de Deus para nos ajudar a enfrentarmos os dias mais difíceis, “[…] porque a alegria do Senhor é a vossa força” (Neemias 8:10).
Quando o rei Davi trouxe a arca da aliança para Jerusalém da casa de Obede Edom, ele dançou “com todas as suas forças” na presença do Senhor (2 Samuel 6:14). A palavra hebraica tem a ideia de alegre exuberância e equivale a expressão “dançando e pulando”. Aliás, no verso 16 diz que Davi estava pulando e girando. Mical, a esposa de Davi, reprovou a ação de seu marido, achando-a indigna de um rei. A resposta de Davi foi que ele se tornaria ainda mais desprezível (v.22). Seu espírito encheu-se de ânimo e ele se sentiu “leve como uma pluma.”
Tire um tempo para rir (Eclesiastes 3:4). —DHR
O riso saudável faz bem para o rosto. David H. Roper
A PEDAGOGIA DA TRISTEZA
Quando a dor penetra a nossa alma e atravessa nossos ossos, tudo parece uma eternidade.
A brisa, que antes transportava suavidade, transforma-se num toque gélido e pesado.
O tempo nos arrasta feitos seres acorrentados em fatos e histórias tristes. São dias longos que exige de nós uma pausa. Perdemos a noção de tempo e espaço e não temos mais controle sobre coisa alguma, restando apenas tristeza em um olhar cansado e o desânimo nos braços de quem acreditava que a esperança e a fé triunfariam no final.
São dias difíceis em que o sol sufoca e a melancolia do frio se avizinha.
Contar os dias se torna uma tarefa muito mais difícil nos fazendo perceber que o tempo é relativo.
Aquele tão esperado sorriso, que agora teima em retornar, aos poucos se transforma em aprendizagem pedagógica, nos fazendo mais maduros, sensíveis e humanos.
Não é a esperança a última a morrer; e sim, a paciência.
Não Consigo Parar a Sensação
Eu tenho essa sensação dentro dos meus ossos
Eletrifica, ondulando quando eu a ligo
Por toda minha cidade, por toda minha casa
Estamos voando alto, sem limites, quando estamos na nossa área
Eu tenho esta luz do sol em meu bolso
Tenho aquela música boa em meus pés
Sinto este sangue quente pelo meu corpo quando soltam a batida
Não consigo tirar meus olhos disso, me mexendo de forma fenomenal
Todo mundo vidrado na forma que arrasamos, então não pare
Sob as luzes quando soltam a batida
Não tem lugar para se esconder quando te puxo para perto
Quando dançamos, bem, você já sabe
Então só imagine, só imagine, só imagine
Não vejo nada além de você quando você dança, dança, dança
Me sentindo bem, bem, dando em cima de você
Então apenas dance, dance, dance, vamos lá
Todas essas coisas que eu não deveria fazer
Mas você dança, dança, dança
E ninguém vai embora tão cedo, então continue dançando
Não consigo parar a sensação
Então, apenas dance, dance, dance
Não consigo parar a sensação
Então, apenas dance, dance, dance
Ooh, é algo mágico
Está no ar, está no meu sangue, está correndo por mim
Eu não preciso de nenhuma razão, não preciso de controle
Eu voo tão alto, sem teto, quando estou na minha área
Porque eu tenho esta luz do sol em meu bolso
Tenho esta música boa em meus pés
Sinto este sangue quente pelo meu corpo quando soltam a batida
Não consigo tirar meus olhos disso, me mexendo de forma fenomenal
Todo mundo vidrado na forma que arrasamos, então não pare
Sob as luzes quando soltam a batida
Não tem lugar para se esconder quando te puxo para perto
Quando dançamos, bem, você já sabe
Então só imagine, só imagine, só imagine
Não vejo nada além de você quando você dança, dança, dança
Me sentindo bem, bem, dando em cima de você
Então apenas dance, dance, dance, vamos lá
Todas essas coisas que eu não deveria fazer
Mas você dança, dança, dança
E ninguém vai embora tão cedo, então continue dançando
Não consigo parar a sensação
Então, apenas dance, dance, dance
Não consigo parar a sensação
Então, apenas dance, dance, dance
Não consigo parar a sensação
Então, apenas dance, dance, dance
Não consigo parar a sensação
Então, apenas dance, dance, dance
Não consigo parar, não consigo parar
Não consigo parar, não consigo parar
Não consigo parar a sensação
Não vejo nada além de você quando você dança, dança, dança
(Não consigo parar a sensação)
Me sentindo bem, bem, dando em cima de você
Então apenas dance, dance, dance, vamos lá
(Não consigo parar a sensação)
Todas essas coisas que eu não deveria fazer
Mas você dança, dança, dança
(Não consigo parar a sensação)
E ninguém vai embora tão cedo, então continue dançando
Cantem todos
(Não consigo parar a sensação)
Eu tenho essa sensação em meu corpo
(Não consigo parar a sensação)
Eu tenho essa sensação em meu corpo
(Não consigo parar a sensação)
Quero ver você mexer o corpo
(Não consigo parar a sensação)
Eu tenho essa sensação em meu corpo
Manda ver
Eu tenho essa sensação em meu corpo
Não consigo parar a sensação
Eu tenho essa sensação em meu corpo
Não consigo parar a sensação
Eu tenho essa sensação em meu corpo, vamos lá
Aos cães que ladram sobre meu corpo:
Fiquem e se regozijem com meus ossos.
Lambujem-se com minhas carnes
Matem sua sede com meu sangue,
Mas deixem meus sonhos em paz!
Somente podemos ser pessoas completas quando enterrarmos os ossos que nos obrigam a carregar durante toda uma vida. Ninguém, seja profissional ou não, pode se equiparar à dor pungente de um passado. Não se vive de passado, dizem, mas das dores emocionais profundas decorrentes dele. Tudo o mais que acontecer de bom não vai mudar ninguém, quando muito mascarar a dor com um sorriso forçado e seguir a vida como ela se nos apresenta. Seremos reféns eternos do que disseram e fizeram com nós num tempo onde não tínhamos como nos defender com palavras e sim somatizar uma emoção negativa atrás da outra. Isso serve para todos? Não. E parabéns para quem conseguiu se livrar dos grilhões. O resto, bem, é o mesmo resto onde sempre nos colocaram.
É A MORTE
É a morte que traz da terra
Todos os ossos lavrados
Negando o descanso do corpo
Na agonia deste instante
Onde reza com fé sem defesa
Que a dor passe em noites cãs
Nas pútridas manhãs da sua morte
Palavras forjadas em azedume
Vidas que se vão à sua sorte
Carne putrefacta agonizante
Purificada glória em poesia
Num amanhecer feito de paz
Numa vida perdida num raro dia ♥
Sempre aprenda poemas de cor. Eles têm que se tornar a medula em seus ossos. Como o flúor na água, eles tornarão sua alma imune à decadência suave do mundo.
Anatomia do Amor
"Se eu pudesse, te guardava dentro de mim.
Entre os meu ossos, pra você estar sempre protegida.
Perto do meu coração, pra você estar sempre aquecida.
Perto dos meus pulmões, pra que nunca te faltasse o ar.
Se eu pudesse, te guardava dentro de mim.
Te colocava dentro do meu cérebro, pra que eu nunca esquecesse de você.
Te colocava, perto do meu estomago, para que você nunca sentisse fome.
Te colocava, dentro do meu peito, pra você saber que nunca estaria só.
Se eu pudesse, te guardava dentro de mim.
E eu estaria dentro de você..noite e dia.
Te colocava na minha garganta, onde cada palavra fosse pra te alegrar.
Te guardava dentro dos meus olhos...onde cada imagem fosse de você sorrindo ao amanhecer.
Te colocava na palma de minhas mãos, onde carinho fosse teu.
Te colocava na minha boca, onde cada beijo e sussurro fosse teu.
Se eu pudesse, te guardava dentro de mim pra sempre.
Para que nunca houvesse a ausência de nos dois.”
Paulo Lima.
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